Caro leitor,
Sinceramente, para mim, hoje é dia não. Também há dias assim…
Dou comigo a pensar no mundo e em tudo o que nos rodeia e ás vezes no rescaldo disto dou comigo a deitar as mãos à cabeça, a deixar os braços cair e a dizer “estou farto, já chega”. Este turbilhão de ideias e confusão de mundo esmorece qualquer um que seja, até os que de meta em meta se mantêm fortes. O que acontece é que acaba por não existir nenhum rasgo ou rumo certo e, vivendo-se na incerteza do amanhã, ás vezes ela vem ao de cima.
Ainda assim, volvidos os necessários minutos, levanto os braços, olho novamente para este cenário e digo para mim mesmo: “Não, tenho que seguir. Tenho que ir à luta diária e deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrei, pois há irmãos que noutras paragens fazem o mesmo”. É difícil? Até sim. Estava melhor no sofá? Até estava. Ficava melhor se dissesse amén a tudo e a todos? Até ficava e até ficava bem visto. Sim, porque quem critica nunca fomenta a concórdia ou a boa imagem, ainda que as críticas possam ser construtivas, que é sempre o que deveria ir na alma das pessoas, e me vai na minha. Construir e nunca destruir, mas também não é ás vezes fácil encontrar quem nos compreenda, o que incentiva a desistência nestas alturas de desânimo.
Hoje nasceu o sol por entre montanhas e vales e é isto que sempre será igual para todos e que nos mantem também iguais. Porque se assim não fosse o mundo era só de alguns. Valha-nos a tranquilidade que advém deste conhecimento para continuarmos a nossa caminhada e a nossa missão. A missão da compreensão, do amor pelo próximo, da justiça, da igualdade, da união e da paz conjunta. Temos de todos nós ser artistas da construção e da beleza. Já existe tudo, só temos de lhe dar forma. Se procedermos um pouco assim, todos os dias serão belos, como são e não vemos, e aí não haverá tantos ou nenhum dia não.
Um abraço amigo,
