Arquivo diário: 16 de Novembro de 2015

EDITORIAL Nº 673 – 15/11/2015

SR

Caro leitor,

O Homem ou o País. Desta volta salva-se o homem, quando o país de Homem precisa. Põe a fé toda em si mesmo e procura convencer todos que é a pessoa certa para o recado, levar o país a bom porto, para lá do Cabo da Boa Esperança. Alia-se ao adamastor e segue todo pimpão de vento em popa. Acredite quem quiser.
António Guterres demitiu-se. Durão Barroso demitiu-se. José Sócrates demitiu-se. E até Vítor Gaspar se demitiu do executivo da coligação. Por motivos bem distintos, mas todos o fizeram por necessidade política ou pessoal. Mas António Costa, este senhor, cisma em ser Primeiro Ministro. Reconhece a perda de legitimidade mas abdica da honra política para chegar ao palco. Diz que é desta. Contudo, Costa não gosta de partilhar ribaltas. Costa quer um governo seu. Um governo que, ainda que possa ser instável e quiça insustentável no longo-prazo, não deixará de ser seu.
Não tenho nada contra a opção que se formou. Tem o condão de construir um governo histórico e dar a oportunidade de governação a partidos que sempre estiveram à margem de a ter. Ainda assim, paira no ar um ambiente de desonestidade política. Não sendo fruto de ilegalidade, este governo não é constituído pelo partido mais votado nas legislativas. Não foi a votos nas eleições. Mas na altura, um argumento demagógico criou a premissa necessária à esquerda e a esta opção de governo: “Porque a grande maioria dos portugueses não votaram na coligação”. Foi desonesto. Seguiu-se um jogo de cadeiras, na festa de Costa. Foi uma competição de boas impressões, mas também um fingir fazer de vontadinhas. Muita coisa não esteve certa.
Mudaram-se os jogadores e o jogo é o mesmo. Mas o resultado não se sabe. Será bem diferente. Ora, estes jogadores nunca jogaram juntos. É como se Portugal estivesse em condições de experimentar, nesta altura em que outro campeonato já ia longo. Onde já se viu! Finalmente restituímos direitos, mas equilibrem-nos com os deveres! Não ouvi palavras de investimento, crescimento ou emprego, a não como de costume.
Ora vejamos: toda a gente gosta de peixe, mas uma mentalidade de pescador também se veio a desenhar nestes anos difíceis. Não nos esqueçamos portanto de ensinar Portugal a pescar.

Um abraço amigo,

RECORDAÇÕES

ATLETAS

FERNANDO MAURÍCIO
1933-2003
Fernando Maurício nasceu na Mouraria, na Rua do Capelão, mesmo em frente à casa da Severa, em 1933 e faleceu no dia 15 de Julho de 2003. Oriundo de uma família centenária naquele bairro, com apenas 8 anos já cantava, em cima de uma pipa, numa taberna da sua rua. Até aos 13 anos cantou em associações de recreio, o que motivou o seu contrato aos fins de semana em várias casa de fado, como o Café Latino e o Retiro dos Marialvas. Foi apenas o início de um percurso que o levaria às melhores casas de fado de Lisboa como “A Adega Machado” e “O Faia”, à Emissora Nacional, RTP e também a alguns palcos no estrangeiro. Sem preocupações quanto a uma carreira discográfica regular, editou ainda assim seis álbuns em nome próprio, aos quais se juntaram inúmeras coletâneas do fado. Não foi uma vedeta, foi um fadista no verdadeiro sentido da palavra. Um homem simples no bairro onde nasceu, a Mouraria. O seu maior valor era cantar o fado na forma mais genuína, despojada e emotiva que acabou por fazer escola e angariou mais seguidores do que Amália. Infelizmente nunca conheceu o devido reconhecimento da cidade de Lisboa. Foi um estilista e deixou uma escola de fado, que influenciou muita gente, embora fosse muito difícil imitá-lo, aparecendo pouco na televisão, que não soube aproveitá-lo, deu poucas entrevistas. O Coliseu de Lisboa vinha abaixo quando ali cantava e então Fernando Maurício era um rei sob a chuva de aplausos de quem sabia amar o fado.
Na noite de 5 de Fevereiro de 2004, quase um ano após a sua morte, foi-lhe feita singela homenagem, prestada por 36 fadistas e músicos, a lembrar o fado mauriciano ou não tivesse sido o eterno fadista da Mouraria da Rua do Capelão onde nasceu e viveu.Tornar-se assinante para continuar a ler...

MAS… AFINAL O QUE É QUE MUDOU!!?

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Durante 4 anos e mais uns meses ouvimos o BE e o PCP , reclamarem da troika , da austeridade imposta pela troika, das imposições da zona Euro, das regras asfixiantes da UE, dos constrangimentos orçamentais ... de tudo e mais alguma coisa .
De repente nas ultimas semanas, nem PCP nem BE disseram uma palavra sobre os temas acima. Das duas uma ou ambos tiveram uma mudança repentina das suas convicções mais profundas, o que aos olhos dos Portugueses vai parecer muito estranho, mas que se justifica com aquela velha máxima de……..”em política o que hoje é uma verdade, amanhã pode ser mentira”. Ou reduz-se ao facto de António Costa ter enganado também os “responsáveis” pelos dois partidos, com a promessa de que faria virar a política com a qual esta comprometido perante os pares Europeus!
A dúvida mais contundente é como é que António Costa vai convencer o Sr. Presidente da Republica de que tem um acordo de estabilidade para um governo de 4 anos, com os mesmos actores que andam os 4 anos passados a dizer coisas como “mutaremos por uma saída controlada e gradual do euro”….. “e outras do género, ou como é que António Costa vai explicar que pode governar sem maioria, mas com o suporte desta gente que andou anos a reclamar das condições em que as reformas vêm a ser feitas, sabendo que há muitas delas que têm de continuar a ser operadas em áreas tão diversas como a segurança social. Sempre gostava de perceber como é que António Costa negociou os cortes necessários, na segurança social com o PCP e com o próprio BE, a menos que continue a pensar aumentar as portagens para financiar a segurança social que devo confessar, me levanta muitas dúvidas quanto à própria legalidade.
Quanto à legitimidade do BE e mesmo do PCP, há que dizer algumas coisas também, houve eleitores que não se identificando mais com o PCP, decidem votar no BE só porque nasceram de esquerda, mesmo assim o PCP tem uma clientela fiel, os 16, 17% do costume, já a flutuação nos votos do BE é explicada não pelas ideias que defendem…. São o que são, mas uns porque estão chateados com o PS e nunca votariam na Coligação, outros porque estão chateados com a Coligação e nunca votariam no PS. Imagine-se o que seria se tivéssemos tido 4 anos sem cortes nas pensões, sem ajustamentos nos vencimentos, sem troika……nesta altura não era só o PS que lutava pela sobrevivência mas toda a esquerda.
Como não se espera que o Sr. Presidente, acredite ser possível tal disparate, acredito que na próxima semana se saberá qual o futuro do País.Tornar-se assinante para continuar a ler...

GNR

Atividade operacional do fim-de-semana

A Guarda Nacional Republicana, para além da sua atividade operacional diária, levou a efeito um conjunto de operações, em todo o território nacional, no fim de semana de 14 e 15 de novembro, que visaram a prevenção e combate à criminalidade violenta, fiscalização rodoviária, entre outras, registando-se os seguintes dados operacionais:

  • Detenções:
  • 154 detidos em flagrante delito, destacando-se:
    • 100 por condução sob o efeito do álcool;
    • 12 por condução sem habilitação legal;
    • Seis por tráfico de estupefacientes;
    • Três por posse de arma proibida;
    • Dois por furto.
  • Apreensões:
  • 287 doses de haxixe;
  • Seis armas de fogo;
  • Cinco armas brancas;
  • 50 munições;
  • Dois veículos.
  • Trânsito:
  • 6 112 condutores fiscalizados e 1 941 infrações detetadas, destacando-se:
    • 1 270 excessos de velocidade;
    • 219 por condução com taxa de álcool no sangue superior ao permitido por lei;
    • 113 por falta ou incorreta utilização do cinto de segurança e/ou sistema de retenção para crianças;
    • 78 por falta de inspeção periódica obrigatória;
    • 57 por uso indevido do telemóvel no exercício da condução;
    • 40 por falta de seguro de responsabilidade civil obrigatório.

 

Operação Santo António

A Guarda Nacional Republicana (GNR), realiza entre o dia de hoje e o dia 29 de novembro, um conjunto de ações de sensibilização dirigidas a utilizadores de tratores agrícolas, alertando para a importância do cumprimento das regras de segurança.
As ações de sensibilização, serão levadas a cabo por militares dos Comandos Territoriais, com especial empenhamento das Secções de Programas Especiais, e serão materializadas através de contactos pessoais e ações em sala, no decorrer das quais serão transmitidos conselhos de segurança, com o objetivo de reduzir a sinistralidade resultante da utilização de tratores agrícolas.

Nos setores agrícola e florestal, ocorrem inúmeros acidentes, sendo o capotamento a principal causa de morte dos condutores de tratores:

2014 2015 (1º Semestre)
Total Acidentes Mortos Feridos Graves Total Acidentes Mortos Feridos Graves
Aveiro 7 1 3 3 1 1
Beja 9 2 2 6 1 2
Braga 10 4 0 4 4 0
Bragança 26 12 13 7 2 4
Castelo Branco 22 6 11 9 4 2
Coimbra 8 4 4 6 1 3
Évora 7 1 1 2 0 2
Faro 9 8 1 2 0 0
Guarda 18 5 9 2 1 0
Leiria 21 8 7 11 0 2
Lisboa 10 4 2 3 1 3
Portalegre 0 0 0 1 0 1
Porto 3 0 4 2 0 0
Santarém 19 7 5 6 3 0
Setúbal 4 0 3 1 0 1
Viana do Castelo 4 2 1 5 4 0
Vila Real 13 6 4 6 2 0
Viseu 20 10 9 15 3 6
Madeira 0 0 0 0 0 0
Açores 0 0 0 0 0 0
TOTAL 210 80 79 91 27 27

 

Para combater este flagelo, a GNR aconselha:

  • Lembre-se que as estruturas de proteção, como o arco de “Santo António”, podem evitar a morte do condutor ou reduzir a gravidade dos ferimentos;
  • Não esqueça a manutenção do veículo. O seu mau funcionamento ou falta de limpeza podem causar acidentes;
  • Utilize os acessórios de iluminação e sinalização, de acordo com a lei;
  • Frequente ações de formação teóricas e práticas. Conheça os riscos da condução de tratores agrícolas e circule com segurança;
  • Não conduza sob o efeito de álcool, fadiga ou com excesso de velocidade;
  • Respeite os limites do trator. Não sobrecarregue nem transporte passageiros “à pendura”. É proibido e perigoso.

CLUBE UMM PORTUGAL COMEMOROU 10º ANIVERSÁRIO COM ENCONTRO TODO-O-TERRENO EM MANGUALDE

 

EDIL MANGUALDENSE RECEBEU PARTICIPANTES NA AUTARQUIA

No passado sábado, 14 de novembro, o Clube UMM Portugal assinalou o seu 10º aniversário com um passeio todo-o-terreno em Mangualde. O Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, João Azevedo, fez questão de receber os cerca de 193 participantes na autarquia. Na cerimónia, que decorreu no salão nobre, marcou ainda presença Rui Ardérius, Vereador da autarquia mangualdense, Norberto Liberato, Presidente do Clube UMM e Sérgio Serra, organizador local do encontro.

O dia começou bem cedo com a concentração dos participantes no Largo das Festas de Fagilde. Seguiu-se um passeio pelos trilhos mangualdense com passagem na Barragem de Fagilde, em Canedo do Mato e na Ermida da Sra. do Castelo, onde se fez uma visita à Igreja situada no ponto mais alto de Mangualde. Seguiram rumo ao centro da cidade mangualdense, onde foram recebidos na autarquia, pelo edil mangualdense, João Azevedo. No fim, estes amamentes do todo-o-terreno, continuaram a sua jornada visitando a Roda, o Monte de Santo António dos Cabaços, Fornos de Maceira do Dão e o Convento de Maceira do Dão, em Vila Garcia, terminado o percurso no ponto de partida, Fagilde. No final do passeio realizou-se um animado almoço convívio no Restaurante “Cascata da Pedra”, em Mangualde, onde foram entregues lembranças a todos os participantes.

O Clube UMM tem como principais atividades a realização de passeios e organização de eventos que promovam a divulgação do Todo-o-Terreno.