Arquivo diário: 15 de Abril de 2016

EDITORIAL Nº 683 – 15/04/2016

SR

Caro leitor,

Múltiplas situações marcam a nossa vida ao longo desta caminhada terrena.
Situações ou acontecimentos que nos acompanham e que a nossa memória jamais apagará, que se prendem na sua essência com memórias carinhosas, até das primeiras bofetadas, o primeiro dia de escola, as reguadas da professora, a primeira namorada, o primeiro trabalho, o amor, o casamento, o nascimento dos filhos, a morte de um familiar, a escolha profissional, etc.
Uma grande parte destas situações ocorre em fase de crescimento. Mais flagrantemente, a escolha profissional acontece numa época em que o adolescente ainda anda à procura de si próprio.
No 10º ano, o aluno vê-se confrontado com uma escolha, um caminho que será deveras importante para o seu futuro. Aqui conta o seio familiar com o seu apoio, contam os seus educandos, mas no final, só a cada um cabe e cada um conhece a sua vocação. Manifestamente que lhe cabe a ele o verdadeiro papel e protagonismo deste processo. A opção deve ser totalmente respeitada por quem o rodeia, embora se saiba que a adolescência é uma fase difícil com falta de experiência e uma certa crise de personalidade.
Impõe-se pois, que o adolescente faça um exame de consciência profundo, analise bem as suas capacidades e as suas limitações, e assim poder escolher livremente. Em tempos longínquos era fácil um homem fazer outro homem e nascia-se capacitado, engenheiro, economista, doutor, professor, carpinteiro, resineiro, agricultor, etc.
Atualmente não é assim tão fácil e é necessário ter os pés bem assentes na terra para poder vencer neste mundo de vastas e difíceis oportunidades. Assim, é necessário ter consciência da escolha que melhor se coaduna com a sua personalidade, interesse e capacidades para, no futuro, não ter de se queixar da sua sorte.

Um abraço amigo,

A AMELP em ação

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No passado dia 2 de abril, sábado, a AMELP- Associação dos Emigrantes Lesados Portugueses foi oficialmente apresentada na sala de festas da Câmara Municipal de Gentilly.
Nesta reunião estiveram presentes os principais membros da associação, o Presidente Sr. Luís Marques que se deslocou de Portugal, onde reside, a vice presidente Helena Batista, residente em Paris. Estiveram também presentes os advogados que se deslocaram a Paris, mais uma vez, Nuno da Silva Vieira do Gabinete Vieira & Associados, Advogados Maria do Carmo Pereira e António Pereira de Almeida do Gabinete Pereira de Almeida & Associados. Por motivos de saúde o advogado Miguel Reis do Gabinete M.R.A. chegou quase no final da reunião.
O Sr. Conselheiro da Câmara de Paris, Hermano Sanches Ruivo, fez questão de estar presente mais uma vez como apoiante desta incessante luta dos lesados do BES/Novo Banco.
Nesta reunião onde estiveram presentes mais de 300 emigrantes lesados e onde frase de ordem foi “nunca desistir” ficaram agendadas novas reuniões e marcadas as datas para as duas próximas manifestações. A 1ª já para o dia 14 de maio e, a 2ª para o dia 10 de junho, data importante para todos os portugueses, mesmo os emigrados e em que o Presidente da República se desloca a Paris para comemorar o Dia de Portugal.
Como reuniões agendadas  e neste momento já realizadas foram:
No dia 9 de abril, sábado, em Paris, reunião com o Sr. Paulo Pisco e o coordenador da secção do PS, Sr. Aurélio Pinto, onde foi feito o ponto de situação de todo o processo.
No dia 11 de abril, segunda-feira, em Lisboa reunião com a CMVM e o grupo parlamentar do BE.
No dia 14, quinta-feira, também em Lisboa, reunião com a Presidência da República e o grupo parlamentar do Partido Socialista.
Segundo a Vice-presidente da AMELP, Helena Batista, “Congratulamo-nos com a abertura da parte das várias entidades para negociações, mas aguardamos dados concretos”. Insistiu ainda que os emigrantes não têm nada a negociar com o BES uma vez que as suas contas estão no Novo Banco. A mesma afirmou ainda, “estamos abertos a negociações por parte do Governo e fazemos um apelo ao Governo, ao senhor Presidente da República e ao Banco de Portugal para que revejam a nossa situação”, já que este caso é “muito político”.
A imprensa, até há bem pouco tempo, ignorou a luta dos emigrantes falando apenas nos lesados do Papel Comercial mas hoje o silêncio acabou. Todos somos portugueses, todos fomos lesados, por isso, queremos o mesmo tratamento: A devolução daquilo que nos pertence! O slogan de todos os que estão em stand-by já há dois anos, neste processo politico-financeiro, continua a ser : “ Desistir nunca! “
A AMELP apela a todos os lesados para se inscreverem na associação porque “juntos venceremos”!
Durante uma recente curta estadia em Portugal tive a oportunidade de ouvir de várias pessoas que os emigrantes foram gananciosos quando subscreveram os produtos que hoje estão em causa. A estas pessoas mal informadas aconselho que não falem sobre assuntos que não conhecem e que respeitem a dor daqueles que foram enganados. Hoje são uns, amanhã serão outros ! Tal como disse um dia Fernando Pessoa, “O povo nunca é humanitário. O que há de mais fundamental na criatura do povo é a atenção estreita aos seus interesses e a exclusão cuidadosa praticada sempre que possível dos interesses alheios”! Depois de tantos anos ainda assim continua a ser!

RECORDAÇÕES

janeiras

ISABEL DE CASTRO
1931-2005
Isabel Maria de Castos Osório de Castro e Oliveira, de seu nome completo, nasceu, em Lisboa, no dia 1 de Agosto de 1931 e faleceu em Borba no dia 23 de Novembro de 2005, vítima de doença prolongada. Deixou-nos aos 74 anos e para trás ficou uma carreira feita de muito e bom trabalho, no entanto teve um inicio de trabalho precoce. Aos 7 anos escrevia ficção e aos 9 anos escrevia poesia. Aos 16 anos escreveu uma novela “Antes da Vida Começar» que foi publicada em 1951. Com apenas 14 anos entrou no filme “Ladrão Precisa-se” e representou 3 peças no Teatro Estúdio do Salitre. Depois foi conhecida no teatro e no cinema rodando 69 filmes.
Trabalhou nas maiores companhias do Teatro Português. E embora já muito debilitada conseguiu reunir forças Para rodar o que seria o seu último trabalho no filme “A Casa Encantada” que não chegou a estrear nos cinemas em Portugal. Do palco despediu-se em 2002 no Teatro Nacional de São João do Porto onde protagonizou a celebre tragédia “A Castro”.
Poucos actores tiveram o privilégio de trabalhar com tantos encenadores diferentes e de representar tantas peças de teatro passando pelos palcos do Teatro Avenida, Trindade, Experimental do Porto, Monumental, Cascais, Cornucópia, Teatro Aberto, Casa da Comédia e São Luis Cine. Por opção fez pouca televisão, no entanto nos anos 80 entrou nas series “Duarte & Cª “ e “Alves dos Reis” e nas novelas “A Grande Aposta” e “Anjo
Selvagem. Fez uma digressão a África, Angola e Moçambique. A sua beleza e o valor representativo invulgar chamou a atenção de produtores espanhóis que a chamaram ao país vizinho para rodar vários filmes, tais como, “Barrio” (1947), “El Gordo Que Viu Uma Estrela” (1955).
Em Portugal entrou em obras importantes como “Brandos Costumes” (1975), “Francisca” (1981), “Um Adeus a Portugal” (1986), “Chá Forte Com Limão” (1993) e muito especialmente no filme “o Destino Marca a Hora” ao lado de Tony de Matos e Anabela.
Chegou a recusar um convite para Hollywood numa altura que fazia cinema em Espanha.
Foi várias vezes premiada ao longo de uma carreira de 60 anos, sendo no ano de 2003 homenageada em Abrantes, um facto que passou despercebido no País mas apoiada pelos colegas e amigos.
Isabel de Castro também frequentou o Conservatório Nacional, uma escola na formação de grandes actores e actrizes, o que não acontece agora onde estes aparecem em telenovelas sem quaisquer preparação artística. É pena.

SANFONINAS

dr. jose

A tirania da Informática
O senhor pediu a palavra, levantou-se e declarou:
- Não dou parecer favorável, porque este relatório foi apreciado há um ano!
Estava a brincar, porque se tratava, naturalmente, de inofensiva gralha na data; contudo, era um documento oficial e havia mais adiante outros indícios de que se tivera, para poupar tempo, uma apressada atitude de «cópia e cola».
Dei comigo a pensar na tirania da Informática, que nos poupa, de facto, longas canseiras, mas nos causa, outras vezes, mui sérias dores de cabeça, mormente quando, perante um erro evidente, nos respondem:
- Foi o computador, não há nada a fazer!
No talão de multibanco daquela firma, há anos que a rua da sede vem indicada como sendo «de Mente Real» e é «de Monte Real»; mas… não há nada a fazer, «trata-se de um erro informático»!
Na escritura daquela clínica puseram-na como estando localizada num bairro e está bem no coração de um outro. E não há nada a fazer: «Trata-se de um erro informático»!
Na etiqueta de um produto sólido vem a informação de que pesa 300 ml. Chamei a atenção: mililitro é medida de capacidade! «Lamentamos, não se consegue corrigir, foi um erro informático!».
Noutra, vem escarrapachado que ‘contém 6 unidades’, mas… estão lá é 4! Temos pena, amigo, mas não pode ser corrigido: foi um erro informático!
A minha rua tem o código postal 662; a segunda transversal é a 663; a terceira, a 653; mas à primeira foi dado o código 560 e a do 561 está a… 1,7 km dela!... E a do 559 fica num bairro do outro lado da ribeira! Para lá se chegar, a pé, reza o Google maps que são precisos 25 minutos para percorrer esses 1,9 km! Chamei a atenção dos Correios. Lamentamos, senhor, foi um erro informático, não há nada a fazer!
Gramava mesmo que um «Senhor Computador» se enganasse – para mais! – no processamento dos nossos ordenados e depois alguém viesse proclamar alto e bom som: «Não há nada a fazer: trata-se de um erro informático!». Porque será que, num caso desses, o estapor do computador permitiria de imediato a correcção?!... Ná! Cá para mim, essa «do erro informático» é, amiúde, mais marosca do que realidade! Oh se é!..

As ESQUERDAS modernas

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As esquerdas modernas nascidas dos delírios marxistas, estalinista, leninista, trotskista e maoista conservam a consistência ideológica da gelatina. Aburguesaram-se, perderam-se no deslumbramento dos salões do poder que finalmente provaram e de que gostaram. Trocaram o fascínio dos jargões revolucionários pela conveniência do “socialismo” onde cabe tudo. E defendem, consoante as circunstâncias, uma coisa e o seu contrário, com a mesma facilidade com que acreditam que dois dias depois já ninguém se lembrará de coisa nenhuma.
De Portugal à Grécia, com a Espanha pelo caminho, vai sendo assim, o radicalismo que rendeu votos a Tsipras, Iglesias e Louçã, cedeu lugar à vontade de disputar o centro, na ilusão ou não da partilha dos “restos” do Posok, PSOE e por este caminho, do PS a prazo.
Há dias repuseram-se feriados, dois religiosos e dois civis, onde assistimos a tanta pompa e circunstância que até parece que o Primeiro Ministro anda em campanha eleitoral.
A vontade do PS com a abstenção do PSD e do CDS não surpreendeu. António Costa antecipou em campanha o que faria se fosse chefe de Governo e a ideia colheu simpatia no espaço político à sua direita.
Extraordinário, isso sim, foi o rejúbilo do BE.
Um partido que votou por feriados nascidos dos crentes, mas que há anos se esforça por banir cruxifixos e símbolos religiosos das escolas, padres e bispos de cerimónias públicas e se permite graçolas invocando o nome de Deus em cartazes deprimentes.
Também um partido que importou o líder do Podemos, para afirmação mediática de campanha nas últimas presidenciais. Do lado de lá da fronteira, recorde-se, o congénere do BE quer proibir o exército de participar em atos litúrgicos e tem entre os seus membros quem pretenda acabar com as procissões durante a Semana Santa.
A secretaria-geral do partido em Sevilha admitiu a hipótese de se terminar com as cerimónias se os cidadãos e as cidadãs o decidirem. A coligação – Participa Sevilha (Podemos) – apresentou uma moção de apoio à designada “Procissão Blasfema”, realizada em maio de 2014 com o objetivo de ofender as manifestações religiosas……. E o “circulo” do Podemos em Vindel, publicou no twitter: “Exigimos o fim das procissões. São atos que atrasam a nossa sociedade e ofendem os nossos irmãos muçulmanos - @Podemos_Vindel.”
Resta, claro, uma hipótese: A da súbita conversão do BE não ter que ver com fé a mais, mas com vontade de trabalho a menos.
Convém pensar nisto………

António Guterres

frederico
Muitas vezes conseguimos estar perante um simples e banal monitor de um computador, com mil ideias a fervilhar, com cem vontades de escrever, mas apenas com uma decisão para tomar: o que escrever?
Num mundo que passa a correr, onde a palavra devagar está cada vez mais em desuso e a vida é construída de forma altamente rotativa, por vezes, quem sabe, demasiadamente rotativa e veloz. É o mundo que temos e a sociedade que estamos a construir. Assim, nesta azáfama diária e neste turbilhão de informação constante com que diariamente somos brindados, não é fácil escolher um tema e um assunto para, perante vós, dar a minha humilde mas honesta opinião.
Nesta publicação decidi escrever um pouco sobre António Guterres. Como social-democrata convicto que sou, consigo rever-me em pessoas de alto gabarito intelectual e com fortes qualidades éticas e humanas. Nesse campo, António Guterres consegue dar cartas e ser um dos nossos melhores.
É certo que como Primeiro-Ministro não foi brilhante. Longe disso. Talvez por estar mal acompanhado, talvez por ser “bom demais”, talvez porque passou um forte drama pessoal e familiar durante esse tempo ou, simplesmente, porque a gestão efetiva de um país não fosse a sua verdadeira vocação. Contudo, todos os restantes cargos que desempenhou a nível internacional, desempenhou-os com elevada distinção, honrando Portugal, não só com o seu desempenho, mas também com a sua capacidade ímpar de construir consensos onde o humanismo e o respeito pela opinião do próximo são sempre a tónica dominante.
António Guterres tomou agora a decisão de se candidatar ao cargo de Secretário-Geral das Nações Unidas. Já prestou a sua audição (elemento obrigatório neste processo de candidatura) perante um júri representativo de 50 países. Como é seu timbre, a sua prestação perante a Assembleia Geral da ONU foi de elevada craveira, e as suas ideias e propostas foram elogiadas pela grande generalidade dos auditores.
Sinceramente, como patriota que sou, gostaria de o ver ocupar a cadeira à qual se candidata. Seria uma grande honra para o nosso país. A sua experiência como Alto Comissário das Nações Unidas para os refugiados seria, sem qualquer sobra de dúvidas, uma mais valia para o desempenho da função, principalmente tendo em conta os tempos difíceis que atualmente se vivem.

Funeral de criança –Casal de Cima

 

No dia 30 de Março deu a TVI uma notícia referente a um funeral duma criança na povoação de Casal de Cima, Mangualde. O mesmo fizeram alguns jornais, não respeitando a verdade e atacando o pároco e a Igreja.

Penso que é conveniente contar o que se passou e desfazer mentiras que foram propaladas:
1 - Apesar das crianças por baptizar não terem direito a funeral religioso e ser necessária autorização do bispo da diocese, o pároco prontificou-se a fazer o funeral. Ficou marcado, de acordo com a família para a igreja paroquial no dia 29 de Março, às 16 h.
2 - Deu autorização para colocarem o cadáver na capela de Casal de Cima .
Ficou combinado com a família receber o menino na igreja e aí fazer a celebração das exéquias prevista para as crianças.
3 - Explicou que as exéquias dos meninos são diferentes das dos adultos.
É habitual que nestes casos a criança seja trazida directamente para a igreja.
A Igreja não costuma celebrar missa pelas crianças pequenas, porque um menino baptizado ao morrer vai para o céu e não precisa que rezem por ele. Se não foi baptizado, a santa Missa também não pode ajudá-la porque não está no Purgatório.
4 - Os tios da criança insistiam que queriam missa e começaram a fazer ameaças.
5 - O pároco esteve à espera na igreja à hora combinada já paramentado e ficou muito surpreendido ao ver que tinham iludido outro sacerdote a fazer-lhes as exéquias na dita capela e acompanhá-la ao cemitério.
6 - Não admira muito que um grupito da referida povoação mais uma vez tenha aproveitado o caso para fazer guerra ao pároco e semear a confusão, servindo-se dos meios de comunicação, já useiros e vezeiros nos ataques à Igreja, que aproveitam pretensos escândalos de sacerdotes.
7 - As redes sociais muitas vezes espalham e deturpam notícias, caindo na má língua e divulgando falsidades.
Por tudo isto penso que é necessário esclarecer a verdade para conhecimento das pessoas de boa fé.

Perdoo a todos os que me tentaram prejudicar,
O pároco

CONSULTÓRIO

dr. raul

VARIZES E INSUFICIÊNCIA VENOSA: QUAIS OS RISCOS E AS COMPLICAÇÕES?
A insuficiência venosa está, muitas vezes, associada às varizes! E as varizes não são, apenas, sinónimo de umas pernas feias… a insuficiência venosa é mais complexa que isso e pode dar origem a problemas mais graves.
As varizes: a consequência mais conhecida
A insuficiência venosa caracteriza-se por uma acumulação de sangue nas veias das pernas. As varizes são a consequência mais conhecida.
Qual é a causa?
Em situação normal, o sangue é enviado do coração, através das artérias, para os diferentes órgãos e volta, de novo, ao coração, por via das veias.
Mas como é que o sangue consegue vencer a força da gravidade e não fica estagnado nas pernas, dilatando as veias?
Simplesmente porque as paredes das veias têm válvulas que impedem o retorno do sangue venoso. Por vezes, pode acontecer que este sistema se encontre defeituoso: o sangue reflui, por acção da gravidade, provocando dilatação das veias das pernas e, por consequência, varizes. As queixas podem, contudo, não se reduzir a umas pernas desagradáveis à vista.
Insuficiência venosa: quando os sintomas se agravam…
Os sintomas da insuficiência venosa são: sensação de peso e de fadiga nas pernas ao fim do dia, picadelas e sensação de formigueiro nas pernas, cãibras noturnas, vermelhidão e dor súbita ao nível de uma veia, etc…
Mas, num estado mais avançado, pode surgir edema dos tornozelos e calcanhares que, muitas vezes, desaparece durante a noite. Também podem surgir alterações na pele, porque esta deixa de ser convenientemente irrigada: desde uma coloração sombreada, ao eczema, à úlcera da perna…
Estas feridas, que não curam, não são dolorosas e apresentam um risco elevado de infecção.
Não vale a pena esperar que a doença se agrave – a partir do momento em que as varizes começam a provocar incómodo, o melhor a fazer é consultar o médico.
A insuficiência venosa aumenta, igualmente, o risco de flebite, também chamada Trombose Venosa Profunda (TVP) e que corresponde à formação de um coágulo de sangue dentro de uma veia. Mas, se este coágulo se destaca, pode originar uma embolia pulmonar, a complicação mais grave da flebite.
Embolia pulmonar - é o resultado de uma obstrução dum vaso situado nos pulmões.
Os sintomas desta afecção, potencialmente mortal, não são específicos – dificuldade respiratória, dor torácica, expectoração com sangue, febre, tosse, mal-estar… -. Daí a necessidade de diagnosticar precocemente a flebite e, ainda melhor, tratar de seguida a insuficiência venosa.
Como tratar a insuficiência venosa?
O uso de meias ou de “collants“ de contenção é, geralmente, a primeira etapa do tratamento da insuficiência venosa.
Ao mesmo tempo, pode iniciar-se um tratamento medicamentoso que vai reforçar as paredes das veias e permitir o combate da dor, da sensação de peso, das cãibras, do edema, etc.
Estes tratamentos devem associar-se, sempre a um modo de vida são e activo.
Quando estes tratamentos não são suficientes, pode ser necessário fazer-se um tratamento que vai secar, definitivamente, a veia lesionada (escleroterapia) ou, então, eliminar a variz cirurgicamente.
O tabaco e a pílula (contraceptiva)
As mulheres, que tomam a pílula e são fumadoras, têm um risco acrescido de sofrerem acidentes cardiovasculares. É que a pílula acentua os efeitos nefastos do tabaco sobre o aparelho cardiovascular aumentando o risco de enfarte do miocárdio, de trombose venosa profunda e, consequentemente, de embolia pulmonar.
Mais um motivo para se deixar de fumar!

amaralmarques@gmail.com