Arquivo mensal: Novembro 2016

EDITORIAL Nº 696 – 15/11/2016

foto editorialfinal
Caro Leitor
No passado mês de outubro e início deste mês, ocorreu no nosso concelho de Mangualde, uma sondagem sobre os melhores candidatos a Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, incluindo os nomes de João Azevedo, atual Presidente, eu Serafim Tavares, Joaquim Messias, Rui Vaz e Fernando Campos. Destes nomes aqui referidos e depois de os ouvir, foi-me dito que não foram contatados para tal sondagem, assim como eu também não. Desconheço quem a encomendou, se o Partido Social Democrata, o Partido Socialista, o CDS - Partido Popular, o PCP ou outros.
Posto isto, quero dizer que: não sou candidato a nada. O futuro a Deus pertence. Afirmo o que já aqui disse na edição nº 681 de 15/3/2016, mas reitero a frase do povo “deve ser candidato aquele que tiver melhores provas na vida”.

Agora, vamos ao Orçamento de Estado para o ano de 2017 que já foi discutido na Assembleia da República.
A política Económica do atual Governo vai pelas ruas da amargura. Está no espelho deste orçamento.
Sem conseguirmos estabilidade económica, não atraímos investidores que possam acreditar em Portugal e assim, não saímos da recessão e a geringonça anda para trás. Cresceu mais a nossa vizinha Espanha sem Governo do que nós. Outros países, que enfrentaram circunstâncias idênticas à nossa, estão a crescer mais.
Este Governo prefere crescer pouco e manter o apoio das esquerdas, penalizando assim o crescimento a médio e longo prazo.
Se a estratégia do Governo é sobreviver, o país fica para trás e quem vai pagar a fatura somos todos nós. Fala em aumento de pensões, a verdade, é que não beneficia as pensões mais baixas, pelo contrário, joga com o tempo que falta para as eleições autárquicas. O estado quer fazer bonito para as próximas eleições e assim, faz lembrar Sócrates, que baixou o IVA antes das eleições para imediatamente a seguir o subir, causando custos irreparáveis para o país.
Governar um país, é mais do que governar uma Câmara Municipal, ou a própria casa, mas os incompetentes existem e, os que não sabem governar a sua casa, nunca devem governar o povo.

Abraço amigo

SANFONINAS

dr. jose
As botinhas de criança
Estava uma manhã morrinhenta e eu olhava pró chão, a caminhar. De repente, as botinhas! Jaziam ali, uma ao lado da outra, arrumadinhas, protegidas pelo tronco nodoso do ulmeiro em fase outonal de folhas amarelecidas. Pequeninas, seriam de um bebé de meses, a quem deixaram de servir, e a mãe veio pô-las ali, por onde tantos passamos no dia-a-dia. Talvez a alguém pudessem servir. Delas se exalava um hálito quente de ternura, na morrinha fresca desse final de manhã. Não ousei tocar-lhes, porque meus netos já são grandes e meus sobrinhos-netos também. E veio-me de imediato ao pensamento Augusto Gil: «… e noto, por entre os mais, os traços miniaturais duns pezitos de criança… E descalcinhos, doridos…a neve deixa inda vê-los…». Neve, aqui, não há. Crianças descalcinhas, isso sim. E eu fico na esperança de que alguém, minutos depois, horas depois, amanhã, passe ali, pare e diga de si para consigo «destas botinhas eu preciso»…
Estiveram lá dois dias. E choveu. Não sei se o varredor as levou, se mesmo alguém que delas necessitava. Oxalá tenham servido. E louvei o gesto de quem ali as deixara, à vista de todos, na esperança de acalentar um conforto.
Eu fora, dias antes, à loja social que a Junta de Freguesia decidiu abrir para receber roupas, calçado, ‘coisas’ da casa de que os fregueses já não careciam e ali punham à disposição de quem os quisesse vir comprar. «Comprar», escrevi. Nem que apenas por um euro ou cinquenta cêntimos. Ao que é oferecido nem sempre, infelizmente, se dá valor. Levámos sacos com muita roupa e calçado que já não servia e ainda estava em bom estado e poderia ser agasalho de quem não tem. Dessa dita «classe média» envergonhada, por exemplo, em que marido e mulher ficaram sem emprego e há filhos e até netos para sustentar e casa para pagar e prestações a vencer e nem vinte cêntimos sobejam para matar a fome…
Tinham bons atacadores as botinhas de criança. Estava tudo muito bom para voltar a ser usado, como, entre os nossos amigos, trocamos amiúde roupinhas de bebé e até as caminhas e tanta coisa que apenas serviu pouco tempo e agora tanto jeito dá! Minha filha até o leite – que tinha em abundância – partilhou com a amiga que o não tinha – e eu ganhei uma «neta de leite»!...
Sensibilizaram-me as botinhas. Senti-me mais cidadão numa sociedade em carência… e em solidariedade crescente! Benza-a Deus!

TEMPO SECO

663
A Magia das Cinzas (IV)
Numa ajumentada iniciativa, de quem nada sabe sobre os reais problemas da floresta portuguesa, o Governo decidiu legislar sobre a criação de um banco de terras, que passará a integrar os terrenos privados sem dono reconhecido. Esta iniciativa governamental, igual a tantas outras de cariz idêntico, que não visa resolver problema algum, mas tão somente dar origem a mais uma “instituição de caridade” altamente politizada, para dar guarida a mais uns quantos desocupados do costume; porquanto a prevenção natural dos incêndios é feita através da remoção da biomassa da floresta e não pela titularização da propriedade.
Na realidade, a remoção e o aproveitamento, industrial ou não, da biomassa é uma tarefa tão diversa e gigantesca, que deve ser organizada por gente com elevada capacidade técnica e audácia, sendo necessária a intervenção duma investigação idónea, capaz de remeter a diversidade das espécies, para o destino mais útil e rentável, para cada uma delas. Se é certo que o seu aproveitamento é essencialmente energético, existem algumas espécies que poderão ser conduzidas a várias, outras, aplicações. As universidades poderão dar um contributo muito válido, no estudo dessa seleção.
Este é um projeto, ou projetos, mais estruturantes, que desafiam a nossa capacidade intelectual e criativa. Com ele poderemos resolver, toda a problemática do desemprego em Portugal, pondo a trabalhar toda a gente: os que querem, e os que não querem… Os israelitas transformaram uma vasta área de deserto, em terrenos altamente produtivos. A nossa tarefa não é tão dantesca como a deles. Infelizmente não podemos contar com nosso poder político para esta tarefa. O poder político em Portugal é demasiado básico, oportunista, inconsistente e ligth, que em nada ajuda, mas só atrapalha. Os privados deverão tomar a iniciativa, agrupando-se em associações locais e dispersas pelo pais fora, caso seja necessário.
São estes os projetos mais fiáveis e ousados, que garantirão o futuro dos nossos descendentes. Estes sim, merecem o apoio dos fundos comunitários do programa 20/20 e até dos fundos da Comissão de Investigação, Inovação e Ciência, chefiada pelo português Carlos Moedas.
Portugal não pode ficar à mercê, daqueles que nada querem, além do seu bem estar, e que esse bem estar lhes caia do céu. Tão pouco, pode ficar dependente de organizações e instituição, exageradamente politizadas, porquanto elas só visam, a promoção de políticos analfabetos e corruptos.
Termino este tema, que já vai no quarto artigo, relatando um pequeno episódio desenrolado, salvo erro, no dia 10 de Agosto de 2015, quando da ocorrência do incêndio que lavrou da Estação de Mangualde até à povoação de Cunha Alta: Juntamente com mais duas pessoas enfrentávamos, com ramos e terra escavada, uma frente de fogo numa área de mato, adjacente ao estradão térreo entre Almeidinha e Casal de Cima e a cerca de 1 Km desta última povoação. Passaram no local duas viaturas dos bombeiros, em direção de Casal de Cima, com intervalo de alguns minutos, a quem solicitamos apoio. Abrandaram marcha e seguiram para o centro da povoação, onde nada estava a arder. Passou uma outra viatura, no sentido contrário, a quem, e em vão também, pedimos apoio. Aquilo que nos levou cerca de uma hora e meia a combater; com a ajuda dos elementos de uma daquelas viaturas, levaria uns 15 minutos e a viatura nem precisava sair do estradão, por onde circulavam. Salvamos a área florestal que sucedia à área do mato. Ainda hoje lá está… Será de mais perguntar, que andavam esses combatentes, de consumo de combustível, a fazer? Esclareço que nenhuma das viatura pertencia à Cooperação de Mangualde. Mas, alguém os estava a comandar…

IMAGINANDO

francisco cabral
Imaginemos  uma das minhas últimas frases;
“não deixámos de ser a mesma energia embora separada num processo de experiência.”
E acrescento:
“O homem tem um espírito, mas é uma alma”, que comunica com a personalidade.
Chego, na minha modesta opinião, à conclusão que o homem  é Espírito, Alma e Personalidade, embora em planos diferentes (temporariamente),num Corpo Físico constituído por moléculas, energia deste vazio.
Voltemos ao Universo:
Perguntar-me-ão: Como é que o Universo sendo um vazio estamos aqui em matéria,bem como as grandes galáxias? Posso imaginar repetindo, que tudo é energia (como o cubo de gelo é água) e o conceito de realidade daquilo que Somos é virtual e vinda da Mente( ou Espírito) Universal. Foi essa Mente que Tudo criou. Tal como concebemos um objecto que nossa mente desenhou, o princípio partiu da Mente Universal que se experienciou em nós na sua aprendizagem, criando Ela mesma o que pretendia.
É através de fohat (força vital ou vida cósmica) que  a Mente Universal imprime na matéria, todas as suas criações ou se quiserem,  todas as suas ideias. O Universo é mental porque o Todo é a mente (ou Espírito) e quando focamos uma atenção estamos exatamente a atrair essa atenção. Por isso cuidado….. É uma das Leis do Universo. (A lei da Atração).Ele dá o que pensamos.
Sendo o Todo o grande Espírito Universal, que podemos apelidar, de  Absoluto, Deus ou outro nome conforme lhe queiramos chamar, não deixa de ser a mesma Energia que nos envolve. E essa energia possui planos, sendo considerado plano, a direção ou frequência vibratória para  o qual  o Espírito se projeta e  adquire  experiência em  diversos patamares. Vamos ter um pouco de atenção: não é o Espírito em si, mas sim a sua projeção. O Espírito está no 2º. plano, ou seja na parte mais subtil e no maior estado de pureza vibracional, enquanto o corpo físico se encontra no 7º. Plano, (de todos  o mais denso- Matéria) tal como nós nos constituímos. A razão do porquê, explicarei mais tarde.
Nesses planos existem  várias dimensões, e o ser humano  encontra-se na sua maioria  na terceira dimensão ou seja na matéria, embora alguns já tenham acessado às quarta e quinta dimensões. Explicarei isso oportunamente, ficando aberto para um diálogo construtivo. Apesar de todas estas fases continua a haver uma verdade sempre em foco: Somos Um com o Todo. (Exemplo: o Homem não deixa de ser o mesmo, por exercer  diversas funções)
Conclusão na minha imaginação: Só Existe  CRIAÇÃO ou TODO que na maioria chamamos de DEUS ou FONTE. É TUDO UNIVERSO.
Mais uma vez sublinho: Quanto Poder há em nós. Basta pensarmos e sê-lo.
fjcabral44@sapo.pt
fjcabral44@hotmail.com

CONSULTÓRIO

dr. raul
O QUE FAZER QUANDO SE ESQUECE DE TOMAR A PÍLULA?
Como gerir um esquecimento da pílula? Quais as regras básicas? Existem períodos com mais risco de gravidez do que outros?
A pílula é um dos meios de contracepção mais eficazes. Mas um esquecimento pode ser o suficiente para que uma gravidez se possa desenvolver.
A primeira coisa a ter em atenção é que a pílula deve ser sempre tomada à mesma hora. Deve-se encontrar o momento mais conveniente a fim de nunca se esquecer. Se necessário deve programar o despertador ou o telemóvel para avisar da hora da tomada da pílula.
Em seguida, tudo depende se toma uma pílula progestativa (ou microprogestativa) ou estroprogestativa (que contém progesterona e estrogénios)
Em caso de esquecimento de uma pílula progestativa:
Um esquecimento é considerado como tal quando tem 3 horas de atraso.
Se for esse o caso, tomar imediatamente a pílula esquecida.
Se teve uma relação sexual nos cinco dias que precederam o esquecimento deve, além de tomar a pílula esquecida, tomar a “pílula de dia seguinte”.
Em caso de relações sexuais nos 7 dias que seguem o do esquecimento é necessário utilizar um preservativo.
No caso da pílula progestativa não existe um período com mais risco do que outro. A pílula progestativa é uma pílula microdoseada que não bloqueia a ovulação e é por esta razão que deve ser tomada de forma continuada, sem semana de interrupção.
Em caso de esquecimento de uma pílula estroprogestativa:
Um esquecimento é considerado como tal quando tem 12 horas de atraso.
Os períodos de maior risco de gravidez, em caso de esquecimento de pílula, são a primeira semana (semana de retoma após os 7 dias de paragem) e a terceira semana (semana que será seguida de uma paragem de 7 dias). Como consequência:
Se o esquecimento se produz durante a primeira semana - tome imediatamente a ou as pílulas esquecidas. Se teve uma relação sexual nos cinco dias precedentes ao esquecimento, deve, além disso, tomar o mais rapidamente possível a “pílula do dia seguinte”. Em seguida são precisos 7 dias sob a pílula para estar de novo protegida. Em caso de relações nos sete dias que seguem o esquecimento é necessário usar um preservativo.
Se o esquecimento tem lugar durante a segunda semana - não existe risco de gravidez. Basta tomar a pílula esquecida e retomar a seguinte na hora prevista.
Se o esquecimento surge durante a terceira semana - tome imediatamente a ou as pílulas em falta e acabe as outras normalmente. Em seguida comece a placa de comprimido seguinte sem fazer interrupções. Atenção: se se trata de uma placa com 28 comprimidos (21 a 24 activos + 4 a 7 comprimidos inactivos de cor diferente), não tome os comprimidos inactivos e recomece uma nova placa.
Qual o espaço de tempo máximo que se dispõe para se tomar a “pílula do dia seguinte”?
A “pílula do dia seguinte” ou contracepção de urgência é mais eficaz no decorrer das 24 primeiras horas. A sua eficácia diminui em seguida, de forma progressiva, mas ainda é perfeitamente aceitável após 72 horas. Mas face a um risco de gravidez não desejada, pode ainda tentar-se para lá desse intervalo de tempo. Pode ainda tentar outros métodos de contracepção de urgência, como o esterilete, que só pode ser aplicado pelo seu médico. Esta contracepção de urgência é ainda mais eficaz que a pílula do dia seguinte e o efeito prolonga-se por cinco dias. O esterilete pode ficar guardado durante cinco anos se for bem suportado, ou então, pura e simplesmente retirado.
E-mail: amaralmarques2gmail.com

UMA QUESTÃO DE SAÚDE

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Maria
Entrou sorridente e feliz, há muito que ansiava por esta oportunidade de falar com a sua Médica de Família para lhe contar...
Nos últimos anos a rotina tinha-se apoderado do seu corpo e mente e quase se tinha tornado um autómato, escrava de uma lista diária de tarefas que em pouco se suavizavam nos fins-de-semana e férias. Pois claro que não havia um minuto para planear as suas refeições, nem para fazer um pouco de exercício físico. E por vezes o stress toldava-lhe a mente e era cigarro atrás de cigarro, aliás só isso lhe trazia um segundo de paz, um pouco de alívio e conforto. A certa altura, apercebia-se que ficava ainda mais irritada nas circunstâncias em que não podia fumar e chegava a interromper o seu trabalho vezes sem conta para fumar, chegava a acender o cigarro minutos após acordar e esquecer totalmente de tomar o pequeno-almoço. A tosse profunda e constante ressoava nos corredores do seu local de trabalho e acordava os seus filhos durante a noite. Ao subir a curta escadaria que dava acesso ao sótão, ficava ofegante e cansada. E só aumentava o stress, a pele enchia-se de rugas com o passar dos anos, os dentes tingiam de amarelo e apodreciam.
A Médica de Família não se cansava de lhe explicar que o tabaco aumenta o risco de cancro em todas as localizações do corpo, aumenta o risco de doença cardiovascular, provoca bronquite crónica... e ela já tinha até manifestações de algumas destas doenças, com apenas 45 anos de idade...
Um dia um Cardiologista avisou-a que as artérias do coração estavam a ficar entupidas.
Nessa noite o sono teimava em não vir. O coração batia acelerado, pensamentos rápidos invadiam-lhe a mente. Pensava em tudo o que ainda queria fazer na vida, pensava no que realmente importava para ela. Pensava nos seus filhos, adolescentes, com tantas exigências e necessidades, pensava no seu marido, companheiro e amigo, tantas vezes lhe pedira para deixar o tabaco... Pensava nos anos que a vida roubou ao seu convívio com o pai, falecido prematuramente por cancro na laringe, também ele grande fumador. Não sabia onde iria encontrar forças para isso, mas... tinha mesmo que o fazer...
No dia seguinte deixou de fumar.
Todos os dias continuava a sentir vontade de fumar e todos os dias decidia não o fazer.
Três meses depois, não tinha tosse e achou que seria capaz de iniciar um plano alimentar e de exercício. Sentia também aumento do rendimento no trabalho. Nos fins-de-semana, conseguia fazer longas caminhadas e jogar basketball com os filhos.
Os filhos reconheceram todo o esforço e dificuldades por que passou a mãe para vencer esta luta e levaram a mensagem para a escola que frequentavam. À custa disto nem eles nem alguns dos seus amigos quiseram nunca experimentar fumar o primeiro cigarro, apesar de toda a pressão social nesse sentido.
Agora as tensões estavam mais baixas, tinha até reduzido as doses dos medicamentos que tomava por indicação do seu Cardiologista.
Todos estavam orgulhosos dela, acima de tudo ela sentia-se muito melhor no seu próprio corpo, sentia-se mais feliz, mais bonita, mais saudável.
Esta jovem mãe deixou de fumar antes que uma doença debilitante ou fatal tomasse a decisão por ela. Não quer fazer o mesmo?

Hiperplasia Benigna da Próstata afeta 75% dos homens com mais de 65 anos

A próstata é uma glândula do tamanho de uma castanha e que faz parte do aparelho reprodutor masculino. Ela está localizada à frente do recto, abaixo da bexiga e envolve a uretra.
A Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) consiste no aumento das dimensões da próstata levando à compressão da uretra. A incidência de HBP aumenta com a idade, afetando de forma sintomática aproximadamente 25% dos homens com idade superior a 40 anos e cerca de 75% com mais de 65 anos.
Visto que a próstata envolve a uretra o aumento do seu tamanho pode levar à compressão da uretra e, consequente, à obstrução da bexiga. Se deixada sem tratamento, pode provocar alterações irreversíveis no funcionamento da bexiga bem como dos rins levando, inclusive, à insuficiência renal.
Os sintomas provocados pela HBP são o aumento da frequência urinária, quer durante o dia, quer durante a noite, a vontade súbita e inadiável de urinar, a incontinência, o gotejamento no final da micção, a dificuldade em iniciar a micção e a necessidade de esforço abdominal para urinar. Estes sintomas condicionam a atividade diária e o padrão de sono, alterando, drasticamente, a qualidade de vida destes doentes.
No entanto, não existe uma boa correlação entre os sintomas e o tamanho da próstata. Alguns homens com próstatas grandes (superiores a 100g) podem ter poucos sintomas que não interferem com a sua qualidade de vida e outros homens, com próstatas mais pequenas (30-40g) podem ter obstrução urinária que condiciona alterações graves na sintomatologia urinária.
O objectivo do tratamento não é curar a HBP, mas reduzir os sintomas e evitar as complicações da doença.
Podemos dividir o tratamento em 3 etapas.
A vigilância está indicada se a sintomatologia é ligeira e não tem interferência significativa na qualidade de vida. Quando os sintomas são mais acentuados as opções terapêuticas são o tratamento médico e cirúrgico.
O tratamento médico inclui várias opções.
A fitoterapia que consiste na terapêutica com extratos vegetais e pode ser útil em doentes com sintomas ligeiros ou moderados, com a vantagem de, praticamente, não ter efeitos laterais importantes.
Os bloqueadores dos recetores α1-adrenégicos, que incluem entre outros a alfuzosina, doxazosina, tamsulosina e silodozina, relaxam a musculatura prostática, o colo da bexiga e uretra proximal, e são os mais rápidos na diminuição dos sintomas.
Os inibidores da 5α-redutase (dutasteride e finasteride), bloqueiam a transformação na próstata da hormona masculina, testosterona em dihidrotestosterona. Diminuem parcialmente o volume deste órgão e os sintomas urinários, embora demorem algumas semanas a atuar e só sejam eficazes nas próstatas mais volumosas.
Mais recentemente, é consensual a utilização do tadalafil, um medicamento utilizado para o tratamento da disfunção eréctil, que tem vantagens nos doentes que tenham sintomas de HBP associados a problemas de ereção.
A cirurgia é outra opção terapêutica muito eficaz e inclui os procedimentos transuretrais e a cirurgia aberta/laparoscópica. Habitualmente, os procedimentos transuretrais estão reservados para as próstatas de menores dimensões (até 70/80g). Estes procedimentos podem ser realizados quer utilizando ansas com corrente elétrica ou utilizando diferentes tipos de lasers.
Para as próstatas mais volumosas a opção é a prostatectomia por via aberta. Mais recentemente, este procedimento tem sido substituido pela laparoscopia com iguais bons resultados.
Em qualquer destas cirurgias o objetivo é o mesmo: a remoção do tecido hipertrofiado e obstrutivo central responsável pela sintomatologia pelo que o risco de incontinência urinária e disfunção erétil são mínimos.
Artigo de opinião de Rui Borges, urologista do Hospital Lusíadas Porto

Mangualde acolheu 1ª prova do Circuito Municipal de Escolas de Natação

No passado domingo, dia 30 de outubro, as Piscinas Municipais de Mangualde acolheram a 1ª prova do Circuito Municipal de Escolas de Natação da temporada 2016/17. Esta concentração contou com aproximadamente 300 participantes, entre nadadores, juízes e cronometristas. A iniciativa contou com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Joaquim Patrício.
 Nas provas foram obtidos três recordes de escalão. A Escola Municipal de Natação de Mangualde demonstrou mais uma vez um excelente desempenho e obteve um 4.º lugar perfazendo 77 pontos. Esta classificação é resultado de 9 primeiros lugares, 2 segundos lugares, 5 terceiros lugares, 3 quartos lugares e 2 quintos lugares.
No final da prova, os nadadores mangualdenses Mónica Silva, António Fernandes e Ricardo Machado receberam pela mão do vice-presidente da Câmara Municipal de Mangualde o prémio de Nadadores do Ano 2016 nos respetivos escalões.