Arquivo mensal: Fevereiro 2019

EDITORIAL Nº 748 – 15/2/2019

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Caro leitor

DISCURSO NOVA ALIANÇA - ÉVORA
Vou falar-vos do interior.
A maior parte de vós não me conhece, mas decerto que a minha história é partilhada por muitos.
Eu nasci, e cresci, no interior do nosso país. Na Freguesia do Avelal, pertencente ao concelho do Satão - Viseu. Vivendo eu no centro, as fronteiras deste mundo eram a minha escola num extremo da aldeia e a casa dos meus padrinhos no outro. Vivia, na altura, num mundo que para mim tinha apenas 40km2.
Trabalhavamos na agricultura e, no entretanto, brincavamos na rua: ao peão, à malha e a outros jogos inventados. Conhecíamos bem, muito bem, os nossos vizinhos, que viviam da mesma forma que nós. Quando a comida que cultivavamos não chegava íamos ao mercado da D. Maria vizinha e quando se estragavam as roupas pedíamos novas à minha mãe, que tambem era costureira nas horas vagas. Havia na rua principal uma igreja (esta ainda existe), um posto dos correios, um hospital, um lar, um posto da GNR, três mercearias e um café. Chegava. Havia vida nas ruas e nas terras. A maioria de nós não tinha emprego mas tínhamos trabalho, que nos alimentava e nos dava o essencial.
Querendo eu isso, mas também mais prosperidade, para ter uma vida melhor, saí da terra e ingressei na então Guarda Fiscal. Depois de correr parte do País mudei-me para Mangualde, onde construí uma casa, uma empresa e uma família. Como eu, muitos conterrâneos meus também migraram.
Desde então que mesmo em Mangualde se começa a notar a ausência da juventude. Migram para Viseu, Lisboa, Porto ou para outras cidades maiores, até mesmo para o estrangeiro. Poucos são os que voltam depois de concluírem a faculdade. Os habitantes do interior são já uma raridade: uma realidade em vias de extinção.
A par e passo com o declínio populacional, ressente-se o comércio tradicional, os ofícios de prestação de serviços públicos e a indústria. É uma bola de neve difícil de combater. Fica a minha geração, e as anteriores à minha, para contarem a história e dizerem, com razão nisto, “no meu tempo é que era”.
São terras que pacientemente aguardam uma injecção de vida, que não virá se nada for feito. Acredito que nós, Aliança, possamos ajudar para combater esta realidade. A falta de vida é mitigada quando o “bom filho a casa torna”, com as visitas dos emigrantes e dos familiares, que vivem longe, por ocasião de férias e das festas.
Nota-se o declínio da economia local e perdem-se lugares e tradições. Criam-se então paisagens fantasma do que outrora foi. A natureza reclama o seu espaço de volta e onde há mais pessoas é nos lares. É triste.
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Os serviços públicos do interior têm vindo a ser encerrados, como as escolas, os bancos e os correios. Digamos que não ajuda estas regiões serem detentoras de poucos eleitores. Dá pouco incentivo a quem tem o poder de melhorar as suas condições.
Por outro lado, no reverso da medalha, temos as grandes cidades, que com o aumento populacional, não conseguem fazer face às necessidades acrescidas de infraestruturas e à pouca oferta de habitação a preços razoáveis. O custo de vida tem aumentado de tal forma que os recentes migrantes se têm radicado na periferia das cidades, enquanto lidam diariamente com o congestionamento no trânsito e nos serviços públicos.
Resulta que a promessa de maior qualidade de vida é uma ilusão, que se tem perpetuado nas novas gerações. Caro Pedro Santana Lopes é aqui que o Aliança é nova esperança.
As empresas privadas escolhem sediar-se no litoral, por ser benéfico ao negócio. Têm, nas proximidades, mão-de-obra qualificada e empresas que as auxiliam na atividade empresarial. Também os jovens se direcionam desde cedo para as grandes cidades, onde sabem ser mais fácil encontrar o emprego qualificado, para o qual estudaram, junto destas empresas.
Trata-se de um ciclo vicioso, em que nenhuma das partes, empregados e empregadores, têm incentivo em radicar-se no interior. Seguem-se um ao outro e ambos estão mais presentes no litoral por oposição ao interior.
Deve-se dizer que é uma fantasia acreditar que benefícios fiscais no interior são suficientes para combater esta realidade. A descentralização passou várias competências para o foro local, mas falhou em alocar os recursos financeiros necessários para que os municípios tenham esta autonomia e, por conseguinte, iniciativa em fixar as empresas no interior. Uma alternativa será concentrar os esforços de requalificação em certas zonas do interior com um nível de urbanização razoável, por forma a criar pólos de investimento, público e privado, e atrair as empresas e a mão-de-obra com oportunidades benéficas. Atualmente, 82% dos jovens com menos de 25 anos vivem no litoral. É preciso haver uma estratégia concertada e investimento com dinheiros públicos para inverter esta tendência.
É aqui que a iniciativa política Nós Aliança pode fazer a diferença e advogar a mudança do paradigma que até hoje se tem mantido. Reconhecer a importância da distribuição populacional e do crescimento por todas as regiões do nosso Portugal. Temos de combater a falta de vida no interior e a falta da qualidade de vida no litoral. Temos de garantir a equidade social e económica para o bem das nossas regiões e assim vivenciar 100% do que Portugal tem para oferecer, em vez dos quase 100% que o litoral tem. Acredito que juntos, em Aliança, possamos fazer a diferença e ter esta questão como prioridade para todos nós. Acredito que possamos reabitar as regiões mais desertificadas e conseguir uma melhor qualidade de vida para todos. Em Aliança conseguimos! Viva Portugal e viva a aliança!
Muito obrigado a todos.

E por falar em tiróide…

Ana Cruz
Falar em doenças\ patologias endócrinas é cada vez mais frequente. Mas quem é leigo em Medicina pode sempre encostar à desculpa “ Não tenho de saber, nem tirei um curso de medicina….”. No entanto, e correndo o risco de ser redundante e exagerada, cada indivíduo deve zelar pelo seu estado de saúde e responsabilizar-se em inteirar acerca dos conceitos médicos associados à sua condição de saúde\doença. Especialmente, se padecem de uma mazela que até é fácil de controlar, mas por desconhecerem a origem e o controle da mesma, provocam desequilíbrios desnecessários na sua saúde e potencial diminuição da sua qualidade de vida. (Recordo-me de uma senhora diabética que mantinha-se a comer Nestum® Mel e todos os que não abdicam de comer os petiscos diários mas queixam do colesterol alto…Porque “Que hei-de comer então? Carne é que é bom, então aquele chouriço ao lanche.” diz o futuro (e se calhar até presente!) hipertenso!
Enfim… Retornando ao assunto das doenças endócrinas, a mais divulgada é a Diabetes, mas ultimamente têm surgido muitos casos de patologias da tiróide. Mas afinal o que é e para que serve a tiróide?
Antes de utilizar o famoso motor de busca da Internet e ler, de forma superficial, a resposta relativa à questão supracitada, deve prestar atenção aos sintomas provocados pelo mau funcionamento deste órgão\glândula. A tiróide é frequentemente desvalorizada devido aos sintomas serem subtis e por vezes gerarem confusão no diagnóstico. Assim, uma depressão crónica pode estar associada a uma má função tiróidea; um cansaço crónico (por vezes apontada depreciativamente como preguiça!) pode estar associado a uma má função da tiróide e um excesso de peso ou magreza extrema também pode ser sinal de uma tiróide incapaz.
A tiróide produz químicos denominados por hormonas (T3, T4 e calcitonina) que estimulam ou inibem a função de vários sistemas do corpo, tais como o sistema cardiovascular, gastrointestinal, nervoso entre outros. De fato, o termo “hormona” provém do grego que significa “pôr em movimento; excitar”, daí a sua influência no organismo. Mas para existir uma produção eficaz destas hormonas é necessária uma ingestão de iodo, sendo recomendado a sua suplementação durante a gravidez e amamentação exclusiva como prevenção de subdesenvolvimento do feto e criança. Normalmente quem tem uma dieta rica em peixe, leite e hortícolas não necessita de suplementar com iodo (Como tudo na vida, quando em exagero provoca um desequilíbrio, neste caso da tiroide). Quando existe uma diminuição da produção das hormonas, denomina-se por hipotiroidismo, e quando existe um aumento da produção das hormonas denomina-se hipertiroidismo. O diagnóstico é sempre definido pelo médico, mas reconhecer os sinais e comunica-los ao médico depende apenas da pessoa! Assim, se a tiroide tem uma função de regular a energia no nosso organismo, isto corresponde que quando temos hipotiroidismo podemos sentir mais lentificação nas nossas ações com sinais típicos de fadiga, letargia, aumento de peso, pensamentos depressivos, prisão de ventre (obstipação), falhas de memória (diminuição cognitiva), pele seca e queda de cabelo. Quase sempre quem sofre deste quadro de sintomas também tem colesterol alterado. E por conseguinte hipertiroidismo aumenta os níveis de gastos de energia corporal que corresponde a sinais como: palpitações (taquicardia), perda de peso repentina, ansiedade\ irritabilidade, insónias, aumento do suor (sudurese). Quase sempre quem sofre deste quadro de sintomas também batimentos cardíacos irregulares e tensão arterial elevada.
Sendo a tiroide uma glândula localizada no pescoço na zona frontal, (vulgarmente conhecida pela “maçã de Adão” mais proeminente nos homens), tendo uma forma de borboleta, em que cada lobo\ “asa” circunda a traqueia e laringe, é fácil visualizar quando existe um aumento (bócio). A dor ao engolir também é suspeita que a função de tiroide está alterada, e deverá o ser realizado uma palpação da tiroide para despiste.
São vários os fatores que precipitam a disfunção da tiroide, mas o meu foco é prevenção da carência de iodo, ou seja um fator facilmente controlado através do consumo de sal de cozinha iodado. Tão simples e internacionalmente recomendado, porque há estudos realizados em Portugal que demonstram que grávidas e lactentes têm deficiência de ingestão de iodo e consequente há grande probabilidade de os bebés terem distúrbios no desenvolvimento neurológico e cognitivo. Já existem estudos que associam os distúrbios comportamentais (deficit de atenção e hiperatividade) com carência de iodo e consequente diminuição das hormonas tiroideias no feto e recém-nascido.
Assim invés de julgar os atos e comportamentos alheios, devemos auxiliar quem não reconhece que uma fadiga ou inércia é diferente de preguiça; que uma pessoa nervosa e irritada nem sempre é sinal de implicância, que uma obesidade não é pura gula. A tiroide está presente em homens e mulheres, sendo estas as mais lesadas por disfunções da tiroide. Mas infelizmente a exposição ambiental (químicos introduzidos artificialmente na cadeia alimentar) está a tornar o sexo masculino mais sensível a problemas da tiroide. Não tenha receio de questionar o seu médico ou outro profissional de saúde. Afinal a saúde é sua, quem mais deve ser responsável pela sua manutenção?

REFLEXÕES

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Protecção animal em Mangualde
Episódio
NUM LARGO E PROFUNDO POÇO…
Chamavam-lhe o poceirão, por ter uma enorme bocarra, vinte metros, ou mais, de diâmetro. Pertencia a uma empresa de extração de pedra localizada na aldeia da Mesquitela e tinha aquele apêndice no Bairro da Estação. A sua presença era altamente perigosa porque havia casas muito próximas e por vezes estava cercado de mato que prejudicava a visibilidade…uma armadilha, um verdadeiro atentado à vida.
Um dia, num mês próximo do fim do Inverno, era sábado, cerca das dezanove horas, um vizinho bastante aflito, foi procurar-me a casa…” Ai não sei a quem recorrer, mas sei que a senhora protege animais e eu preciso muito da sua ajuda”… Mas que se passa? “ Olhe, sabe que à frente da minha casa está o poceirão…Desde quinta – feira que um cãozinho tem uivado muito de noite, nem deixa dormir. Desconfiei que estaria por lá, fui ver e sim, ele estava mesmo lá, muito no fundo a fazer equilíbrio numa pequena saliência de pedra ao nível da água que o poço acumulou, e que estará a cerca de quinze metros abaixo da superfície do terreno. Ainda arranjei um cesto preso com uma corda, pensando que ele poderia saltar para dentro, mas deu em nada!! Não sei como lhe acudir!...Estou muito aflito.” Bom, senhor Cabral, leve-me a ver isso imediatamente, porque começa a escurecer.
Quando chegamos à borda do poço deparei-me com uma situação de cortar a Alma. Lá no fundo, estava realmente um cãozinho deitado na pequena plataforma de pedra com aquela larga extensão de água esverdeada quase a tocar-lhe!!! Era de meter medo ! Fiquei numa angústia, aterrorizada… Senhor Cabral esta situação só com a ajuda dos bombeiros se poderá resolver. Como não havia os abençoados telemóveis, tive de me deslocar a cerca de 300 metros para os contactar pelo telefone de casa. Entretanto fez-se noite. Atendida pelos bombeiros estes foram inteiramente receptivos. Em poucos minutos chegaram ali, o senhor Presidente João Soares acompanhado por dois jovens bombeiros, para avaliar a situação. A partir deste momento gerou-se um verdadeiro reboliço porque a operação apresentava-se bastante difícil e perigosa. A descida até á água teria de ser feita por uma rampa cheia de cascalho que não dava nenhuma estabilidade e essa rampa lá muito no fundo desaparecia dentro da água não havendo qualquer hipótese de avaliar a sua profundidade!! A tentativa de descer por corda não resultou. Então, e muito bem, entenderam que só com um barco se conseguiria fazer a travessia daquele verdadeiro lago e chegar junto do animal. Teria que se encontrar um… entretanto já se aproximavam as dez horas da noite e uma chuva miudinha caía. Estas condições seriam susceptíveis de levar à desistência !!! MAS NÃO! Estávamos todos de pé firme empenhados no salvamento. O senhor presidente dos bombeiros - um jovem àquele tempo - decidiu que tinham de encontrar um barco entre os amigos. E seria também necessário trazer um veículo de apoio com o rolo da corda e holofotes. Tudo estes bravos bombeiros providenciaram.
Para meu espanto passada mais meia hora, surgiram com um barco da tropa bem resistente. Este seria bem amarrado à corda do carro dos bombeiros. Agora era preciso que um dos jovens fosse corajoso. Confesso que eu estava apavorada. Os jovens hesitavam, iam arriscar a vida … mas logo mostraram a sua força de carácter. O barco bem preso ao gancho da corda. Um dos rapazes salta para dentro e os outros vão- no fazendo deslizar rampa abaixo!! Holofotes apontados. Muita tensão. Indescritível …. O pobre animal que, quando três horas antes nos viu chegar à borda do poço, se entusiasmou conseguindo pôr-se de pé naquele pedacinho de pedra, abanando a cauda, voltou a deitar-se e não mais se mexeu. Depois de tantas horas achou que aquele alarido não seria por ele!...Mas já cerca da meia - noite o barco com o jovem bombeiro estava finalmente ali bem próximo, só que o animal nem se mexia, por mais que o jovem chamasse ele tinha perdido a esperança! Foi com grande esforço e correndo o grande risco de cair à água que esticando-se quanto pôde conseguiu finalmente puxá-lo pelo cachaço para dentro do barco. Passava da meia-noite, nós, cá no alto, respiramos de alívio, gritamos, batemos palmas, enfim, foi um entusiamo indescritível. Começando o movimento inverso passados mais uns infindáveis minutos ali estavam, o barco e o jovem bombeiro com o cão ao colo…!! ENTÃO, ENTÃO? QUEM É O DONO DO ANIMAL ?!!! Não tinha dono, mas ia ter. E foi-me colocado nos meus braços, encharcado, e encharcada cheguei a casa. Não sem antes agradecer muito emocionada aos nossos Homens da Paz, por este feito heróico. Quatro horas que pareceram infindáveis
Não soubemos se tinha sido atirado para lá ou se teria caído, no entanto foi graças ao amor pelos animais revelado por todos os intervenientes que em finais da década de 90 se conseguiu salvar com grande sacrifício e muito perigo, mais uma vida. Não dum cão, mas de uma cadela a quem dei o nome de “FELIZARDA”. Em agradecimento entreguei mais tarde aos Bombeiros como testemunho da sua abnegação, uma bonita fotografia dela já recuperada. Hoje alguns dos participantes ainda se lembrarão…
Foi uma tarefa memorável que deveria ser lembrada…para que conste.
Fevereiro 2019

IMAGINANDO

francisco cabral
PARTE 52
Lei da Atração-continuação
Passo a explicar como somos parte da  Consciência ou Mente Superior:
A Alma é o pré-consciente da Energia vital da Consciência Eterna (a Onda eletromagnética contida no Vácuo Quântico) e que traduzida  do latim significa “anima”. Ela traz  a soma de todas as informações de nossas vidas passadas (Registo Ackashico), sendo representada pela nossa mente consciente e a mente inconsciente que anima nosso corpo físico para novas experiências humanas. Conforme a Consciência Coletiva cocriou, nós como parte integrante Dela, também temos o poder de cocriar. E como? Nossa Consciência  começa a moldar a energia una através do  pensamento e sentimento, que pode ser (Positivo/Próton), (Neutro/Neutron-apático ou Negativo/Eletron), tornando-se probabilidade e posteriormente forma, através de Partícula/Informação. Ao pensarmos e em sintonia com o Sentimento realizamos, e aí damos forma para materializar. Somos totalmente responsáveis pelos átomos emanados através do pensamento.
Mais tarde, irei aprofundar mais pormenorizadamente este tema.
A Alma já traz potenciais de pré-consciência, porque a consciência é auto consciente. Já nascemos vindos de memórias ancestrais de vidas passadas, com potenciais experimentos para termos uma profissão, que podem ser de jogador de futebol, engenheiro, carpinteiro, médico etc. Mas para evidenciarmos esse potencial em nós, há que manifestar esta vontade. Essa manifestação só pode acontecer através do pensamento/sentimento. É só ir buscar, porque já lá está. Na gíria, costumamos dizer que aquela pessoa tem vocação para determinada profissão. Exatamente pelo potencial que ela está manifestando em sua própria consciência e que é bem visível por alguém que o acompanha diariamente.
Uma pequena observação: Nosso corpo físico é a consciência dos cinco sentidos: Visão, olfato, audição, tato e palato. Temos ainda o sexto sentido que é a nossa consciência.
Nossa Consciência não está em contacto com a MENTE SUPERIOR, mas sim o subconsciente. Por isso, há que saber dar forma pelo pensamento/Sentimento o que pretendemos, e com o maior rigôr para que o Subconsciente não baralhe, e ele é perito nisso, visto ser o armazém de todos os nossos pensamentos. A Mente Superior diz “SIM a tudo”. Reforço que o consciente tem de saber dar a ordem para o que pretende e com exatidão ao Subconsciente, porque este não aprofunda, nem distingue o bem do menos bem. Apenas passa uma informação. Para o subconsciente o mal é a ausência do bem, porque se trata da mesma energia em experiências diferentes. O leitor tenha em consideração que ao pensar começa a dar probabilidade para materializar. Passa uma informação, porque materializa quando reforça essa mesma informação, crendo que ela se vai realizar.
Posso exemplificar: Quando emite um pensamento do género: “Meu Deus me ajude porque estou sem dinheiro ou sem saúde, não paro de sofrer”. Está vibrando numa “frequência negativa”. “A do sofrimento, a de vítima”. Está a atraí-la, porque gera  um sentimento, tornando probabilidade para materializar. Ao focalizar-se nesse mesmo sentimento passa da probabilidade para realidade. Como a Mente Superior só atende através do Subconsciente e este não distingue, passa-lhe a seguinte informação: “Ele ou ela é sofrimento”. Repare o Leitor que o Subconsciente apenas enfatizou o “sofrer”.  Logo, recebe sofrimento em função da vibração emitida na frequência desse pensamento. E  porquê? Sofrimento é ilusão. Vibra em frequência negativa. Realço que tudo o que é negativo é ilusão. Para o Universo trata-se de experiências que se vão ultrapassando através de aprendizagens. Não existem o bom e o mau; Apenas energia. São criações que partem das nossas mentes e não da Mente Universal, corrigidas posteriormente e para equilíbrio, através da Lei Causa e Efeito.
A Mente Universal é Amor. Não entende ilusão. O medo, pânico e ansiedade também são ilusões porque quando entra neste paradigma,  para o Universo será um pedido para se experienciar, e Ele concede, porque como afirmei diz sim a tudo. Também demonstra que não tem coragem para entrar no Desconhecido e buscar o que deseja. Não se afirma. Tem sempre receio que algo menos bom aconteça. Ela/Ele emite essa ilusão porque ao experienciá-la vibra numa Frequência negativa ou ilusória, na condição de vítima. Mas repito, será uma opção. Não existem sofrimento e medo no Amor Universal. Amor engloba alegria, paz, entusiasmo, dedicação. É Energia pura.
Se pelo contrário, direcionar seu pensamento para uma afirmação e com convicção disser: Eu Sou a Riqueza ou Eu Sou a Saúde e agradecer como realizadas, solte-se e  espere. A Mente Superior é Sentimento e entende o seu desejo, porque o subconsciente com esta atitude, não vai baralhar ao passar a informação. Ela é objetiva, porque afirmou. Como vibrou na Sua Frequência, colapsa (torna real) na função  de Onda. Projeta o desejo, recebendo riqueza ou saúde. Não questione o modo como, porque Ela utiliza diversos processos. O “EU SOU” ,são duas palavras que ditam uma voz de comando e quando as afirmamos, NÓS SOMOS O QUE PENSAMOS, tanto para um lado como para outro. Arrisco dizer que simbolizam a Mente Universal. “Temos também como Seres Divinos  que somos, o poder de alterar as realidades”. Como somos feitos de Átomos, temos neutrons (apatia) e elétrons com polaridade negativa , mas podemos alterar para próton, polaridade positiva. Neste estado há uma harmonia pelos eletrons.
 “Temos a capacidade de Sermos observadores e controladores dos nossos próprios Pensamentos/Sentimentos. Vigie-se quando pronunciar as palavras EU SOU. São muito fortes”.
Uma frase de Buda Gautama diz-nos: “Nós Somos o que pensamos, tudo o que somos surge com nossos pensamentos, com nossos pensamentos fazemos o mundo”.Frase escrita no pórtico do Templo do Oráculo de Delphos, na antiga Grécia.  
 “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás todo o Universo e os Deuses, porque se o que tu procuras não encontrares primeiro dentro de ti mesmo, tu não encontrarás em lugar nenhum.
continua
fjcabral44@sapo.pt

HISTÓRIAS DENTRO DA HISTÓRIA

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O AVENTAL
O tear manual da tia Isabel era uma peça fundamental na feitura de inúmeros artefactos rurais. As suas belas colchas e mantas eram muito apreciadas pela população. Também o avental feito no tear, ou na costureira, de pano comprado na feira ou na loja da aldeia, normalmente comprido e largo, peça campeira que escondia e protegia parte da saia. De chita, pano cru, de merino ou até de seda conforme as posses e circunstancias, de cores garridas ou mais discreta, liso ou listado, o avental era uma peça que nunca abandonava a mulher do povo, para o trabalho, para festas ou romarias ou simplesmente para ao domingo ir á missa. No bolso do avental a rapariga usava o lenço como declaração de amor e que mais tarde ofereceria somente ao rapaz que amava como prova e compromisso do seu amor. Este então passá-lo-ia a usar ao pescoço com o nó para a frente ou no bolso do casaco do seu fato domingueiro. Esta vida é mais ampla que aquela que julgamos viver e a camponesa na simplicidade e singeleza do seu avental acudia aos filhos pequenos usando-o como capa em ocasião de uma chuva inesperada, limpava narizes ranhosos da criançada , guardava religiosamente no bolso uma côdea de pão que havia de enganar a fome, tapar o buraco no seu estômago mal aconchegado, e nele retinha o sol que haveria de dar á criação num grão de milho. No avental transportava do campo as batatas novas arrancadas ás escondidas, não fosse alguém com a sua cobiça invejar o batatal. Na arregaçada do avental escondia com algum pudor a oferta com que a senhora rica da aldeia lhe pagava pequenos favores ou grandes serviços. E na aldeia, terra de joviais donzelas, as meninas mais novas, na sua idade irreverente de fazer corar o dia, desejando agradar ao primeiro namorado, usavam o avental como simples peça de adorno e entre lânguidas súplicas e promessas aos santos da sua devoção, lá conseguiam que a mãe autorizasse a “feitoria“ de um mais pequenino, mais adornado de enfeites vistosos, ao jeito de quem quer dar nas vistas. As pessoas mais velhas, as mais pobres, não deixavam de criticar tão reduzida peça, porque no seu rural entender não tinha préstimo algum, não tinha tamanho que lhe permitisse cumprir a sua verdadeira missão. E assim o povo, na sua humilde sabedoria e fecunda imaginação baptizou esta peça como “avental tapa crica“. É esta a terra onde nasci, sagrada e tosca, fecunda, de verões quentes e invernos rigorosos, terra que no silencio das noites aperta nos braços suas místicas donzelas como farfalhudo ramo de frescos sorrisos, e quando no arraial das festas da Srª do Castelo, ouvindo o estalar dos foguetes, ofegantes sobem ao monte com suas saias matizadas e aventais garridos, vermelhos como papoilas, amarelos como malmequeres ou verdes, cinzentos ou castanhos como a ramagem das árvores vivenciando o ciclo de transformação das suas épocas. É esta a minha terra, que semeia e colhe, enxuga o suor á manga do futuro que veste o luto das amoras silvestres, convive com o rosado dos frutos maduros, terra povoada de velhinhas árvores que se desgrenham ao vento da loucura, mas que sempre sinto em flor com toda a fortaleza das cores faiscando na luz de um sol a pino do meio de um dia luminoso.

SANFONINAS

dr. jose
Perder tempo e morrer na miséria
– O tempo é sempre curto; vamos então, sem perdermos mais tempo, ouvir…
Chamou-me a atenção esta frase do locutor que, na manhã de 30 de Novembro do ano passado, entrevistava uma cantora na Antena Um.
Estava eu a tomar o pequeno-almoço e escrevi de imediato a frase num dos papelinhos que sempre me acompanham como «auxiliares da memória». Peguei nele agora, para partilhar a sensação desagradável que então senti. «Perder tempo»? O locutor ter-se-á apercebido bem do que disse? Falar com a cantora era… perder tempo? Nesse caso, o que era para ele ‘ganhar’? Ouvir a canção?
Recordo que, no dia anterior, numa assembleia em que se levantaram questões que um documento suscitara e que, no parecer do presidente, poderiam ser de interesse geral, houve uma voz que se ergueu:
– Para a outra vez, fazem favor de estudar esse assunto antes, que é para nós não estarmos aqui a perder tempo com pormenores.
E dei comigo a pensar no que significava, de facto, «perder tempo», quando me despertou o interesse um título: «Nobel morre na miséria».
O artigo, de Dieter Dellinger, datado de 15 de Outubro, p. p., contava que o físico americano Leon Lederman, Prémio Nobel em 1988, «um dos pais dos Neutrinos, nomeadamente do Myon-Neutrino e também um dos construtores da teoria das partículas elementares», morrera na miséria aos 96 anos, no dia 3. E explicava:
«O seguro de doença não cobria já as despesas médicas nem a estada numa casa para pessoas com a sua doença»; por isso, «teve de vender a sua medalha do Prémio Nobel, adquirida por favor pela sua universidade por 765 000 dólares e foi com essa quantia que se manteve nos últimos dez anos de vida».
Perguntei-me, alfim: será que Leon Max Lederman passou a sua vida a… perder tempo? E o que significa mesmo «perder tempo»? Não constitui essa frase mais uma daquelas visões negativas do nosso existir tão bem compendiada igualmente na frase assaz repetida no nosso quotidiano «Não tenho tempo, não tenho tempo!»?…
Não resisto, pois, a citar de novo o meu autor de cabeceira, Michel Quoist:

«Não digas a quem te visite: “Só posso receber-te por um instante, não te mando sentar… etc…”, enquanto o recebes um quarto de hora ocupando-te de outra coisa. Manda-o sentar e atende-o dez minutos, calmamente, dando-lhe a impressão que lhe dedicas todo o teu dia».

A Circulatura do Quadrado

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De repente a Sic resolve terminar com o Programa “ A Quadratura do Círculo”.
Não procurei as razões, nem vou procurar. O que é um facto é que eu e muitos milhares de portugueses via - mos há muitos anos o que era considerado um dos programas mais relevantes da política portuguesa. Ultimamente tem acontecido, o que revela uma grande falta de consideração para com os tele - espectadores, o cancelamento ou o adiamento de certos programas, às vezes por motivos secundaríssimos.
As televisões privadas vivem essencialmente dos portugueses que as vêm e dos programas que despertam interesse.
Portanto o programa morreu, viva o programa. A TVI bem maia atenta conseguiu uma coisa única. Recuperou o Programa, dando-lhe um nome parecido, os três comentadores e até o moderador. Fantástica recuperação para os amantes do Programa, nos quais me incluo e que agora todas as quintas feiras às 23 horas estarei na TVI .
A estreia do Programa “ Circulatura do Quadrado” no dia 7 foi um sucesso.
Recebeu a bênção do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, que com a sua inteligência e sentido de oportunidade marca sempre muitos pontos nos portugueses.
Marcelo é único. Onde está ofusca todo o espaço. Brilha e faz brilhar tudo em que toca. Foi o que aconteceu com esta estreia.
Jorge Coelho, um nosso amigo e conterrâneo, um grande defensor do Interior, prestou-lhe justa homenagem. Deu-lhe inclusive o seu voto. Isto só torna Jorge Coelho maior, mais apreciado pela sua sinceridade e pela liberdade com que actua.
Todos os outros estiveram bem. Até José Pacheco Pereira, grande critico do Presidente recuou um pouco. Aceitou as razões de Marcelo, que expôs com clareza, sem demagogias, sinceras. António Lopo Xavier, foi igual ao que costuma ser.
O moderador Carlos Andrade teve poucas oportunidades para intervir. Marcelo ocupava todo o espaço e não deixava hipóteses para intervenções.
Parabéns à TVI que não deixou órfãos uns largos milhares de portugueses.
Agora todas as quintas feiras às 23h os amantes do “ Circulatura do Quadrado” podem seguir o programa.

CONSULTÓRIO

dr. raul
MICOSE DAS UNHAS
As micoses são infecções causadas por fungos que podem fixar-se em qualquer parte do corpo. Um dos locais de eleição são as unhas, em particular as dos pés, originado uma lesão que se chama onicomicose.
São infecções difíceis de tratar, por isso mais vale evitá-las respeitando algumas regras de prevenção.
Micose das unhas, onicomicose ou, ainda, dermatofitose das unhas
Estas três denominações designam uma infecção das unhas provocada por um fungo (tricofito). Este fungo desenvolve-se no interior da unha provocando um espessamento, infiltração e deformação da unha. A unha pode destacar-se do leito ungueal, esboroar-se e cair.
Será uma micose das unhas?
Vigie atentamente as unhas à procura de índices que indiquem a proliferação de um fungo:
Descoloração da unha (branca, amarelo-acastanhado).
Fragilidade da unha ou, inversamente, espessamento.
Esboroamento.
Deformação da unha.
Presença de detritos sob a unha (particularmente sob o bordo livre).
No limite, descolamento e queda da unha.
Estes sinais podem manifestar-se numa ou em várias unhas, em simultâneo.
O diagnóstico definitivo assenta no retirar de uma amostra da unha lesada, a qual é examinada ao microscópio ou é feita uma cultura para identificar o fungo em causa.
Quem é que está mais em risco de sofrer de uma micose das unhas?
Caminhar descalço em lugares públicos aumenta o risco de desenvolver uma micose dos pés: vestiários, piscinas e outros lugares públicos húmidos e quentes, como nas saunas.
As pessoas com pé de atleta também correm o risco de sofrer de onicomicose. Com efeito, o pé de atleta, ou qualquer infecção a fungos que surja entre os dedos dos pés pode, por vezes, propagar-se e atingir, também, a unha.
As pessoas de idade, os diabéticos e as pessoas que apresentam uma má circulação sanguínea estão mais em risco de ter onicomicose.
Que tratamento contra a micose dos pés?
O tratamento baseia-se na aplicação de antifúngicos, que são medicamentos que actuam contra os fungos.
Em caso de infecção ligeira a moderada recorre-se a um antifúngico, sob a forma de um verniz, que se aplica directamente sobre a unha. Em caso de eficácia insuficiente, os antifúngicos são tomados por via oral (comprimidos). Em todos os casos, o tratamento é prolongado, alguns meses, com risco de recidiva.
O interesse dos vernizes é a quase ausência de efeitos secundários do tratamento, enquanto os antifúngicos por via oral podem ter efeitos indesejáveis ao nível do fígado.
Assim, podemos afirmar que mais vale prevenir as micoses das unhas ou, pelo menos, examinar regularmente as suas unhas a fim de consultar rapidamente o médico, antes que se instale uma forma avançada da infecção.
A prevenção, justamente…
Usar, sistematicamente, calçado ou sandálias junto às piscinas, nos vestiários ou na sauna.
Tratar rapidamente o pé de atleta.
Prevenir as recidivas de onicomicose aplicando um verniz antifúngico.
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