Arquivo mensal: Abril 2020

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COVID 19
RENASCIMENTO TROCOU ALGUMAS PALAVRAS COM O DR. SÉRGIO ALEIXO DA USF TERRAS DE AZURARA
Sempre com o objetivo de informar da melhor forma os seus leitores, Renascimento, trocou algumas palavras com o Coordenador da USF Terras de Azurara, Dr. Sérgio Aleixo, a quem desde já agradecemos a disponibilidade, sobre a atual situação e como esta tem sido contornada nesta Unidade de Saúde.
De referir que, da mesma forma contatamos a Coordenadora da USF de Mangualde, Drª. Martina Rocha, mas até ao fecho deste edição não obtivemos qualquer resposta.
REN. - Como é a situação atual do concelho no que respeita ao COVID19? Assim, em relação aos casos diagnosticados com a infeção/COVID-19, como atua a Unidade de Saúde? Como procede na sua orientação?
DR. SÉRGIO ALEIXO - Numa fase de mitigação, a nível nacional como no concelho, a situação é de disseminação na comunidade e, portanto, preocupante. Em Mangualde há que destacar o caso particular do Lar de S. José, em Santiago de Cassurrães, que contribuiu muito para o número de casos confirmados, e infelizmente com vítimas a lamentar.
Na USF Terras de Azurara, nos casos suspeitos ou confirmados de COVID-19, 80% dos utentes têm sintomas ligeiros ou moderados e estarão em isolamento no domicílio. A estes utentes a equipa estabelece contactos telefónicos regulares de forma a avaliar o seu quadro clínico até à resolução, e se necessário, orienta-os para observação na Área Dedicada ao Covid (ADC) de Mangualde ou do Serviço de Urgência do Hospital de Viseu.

REN. - De um momento para o outro, temos a imagem que todas as outras patologias deixaram de ter lugar ou de existir dando lugar ao COVID19, neste sentido, como se está a desenrolar o funcionamento da Unidade de Saúde?
DR. SÉRGIO ALEIXO - A USF Terras de Azurara está a assegurar os serviços mínimos assistenciais, nos quais se incluem a vigilância de grávidas, crianças até aos 2 anos de idade, o cumprimento do Plano Nacional de Vacinação, as necessidades na Saúde da Mulher, tratamentos de enfermagem inadiáveis e resposta às situações de doença aguda. Obviamente nestas últimas, as pessoas com sintomas suspeitos de infeção de SARS-Cov-2, deverão ser observadas nas ADC, para minimizar o risco de contágio de outros utentes e dos profissionais de saúde. Em todas as outras situações agudas, e que assim o exijam, naturalmente os utentes são observados e orientados. As outras doenças não foram “canceladas”. Mas é fundamental que as pessoas compreendam que tudo o que possa ser resolvido à distância, através de emails e contactos telefónicos, deverá ser privilegiado nesta fase.

REN. - E os mais idosos? Não será fácil explicar a certas pessoas com mais idade que não podem deslocar-se à Unidade?
DR. SÉRGIO ALEIXO - Obviamente há exceções, mas no geral os utentes têm sido exemplares. A informação nos meios de comunicação social, a pressão dos familiares e o próprio receio pela sua idade e doenças, no geral faz com que os idosos percebam a necessidade do isolamento e de só se deslocarem à Unidade em caso de necessidade. E se na grande maioria dos casos é um ótimo indicador, em determinadas situações em que se precisava de obter o resultado de uma determinada análise ou exame, é desafiante convencê-los a fazê-lo.

REN. - Outra área preocupante. Os cuidados de saúde a doentes acamados no domicílio. Como estão a proceder atualmente?
DR. SÉRGIO ALEIXO - A USF Terras de Azurara, dentro das suas particularidades e no contexto atual, tem mantido a realização de cuidados domiciliários, sobretudo de tratamentos de pensos inadiáveis. Para minimizar o risco de contágio pelos profissionais, a equipa de enfermagem tem procurado potenciar os familiares/cuidadores, que assim o queiram e consigam, deixando material e fazendo ensinos. Nos casos dos domicílios médicos, mais uma vez os contactos telefónicos determinam a avaliação da necessidade e relação risco-benefício da observação presencial.

REN. - Outras considerações que pretenda deixar, que julgue uteis e importantes para a sensibilização da sociedade.
DR. SÉRGIO ALEIXO - Normalmente as epidemias evoluem sem que haja vacinas ou imunidade de grupo, já sabemos. A partir do momento em que entrarmos na “descida da curva”, com o número de casos identificados e de mortes a diminuir, a (falsa) sensação de resolução, esperança e ânsia das pessoas e dos governos de regressarem à normalidade e recuperarem as economias nacionais e individuais, levará a que se levantem as medidas restritivas.
Mas não tenham dúvidas, muito provavelmente haverá uma segunda vaga. E sem os devidos cuidados, numa curva que poderá até ser superior à primeira.
Devemos entender que o vírus SARS-Cov-2 veio para ficar durante muito tempo. Os casos positivos, serão tratados com medicação eficaz que, entretanto, se descubra. A prevenção será com imunidade de grupo (se tivermos a sorte do vírus sofrer poucas mutações) ou vacinação sazonal, como a vacina da gripe. Com sorte, será erradicado com uma vacina “atómica” - como por exemplo a varíola - a incluir em planos nacionais de vacinação, a longo prazo.
Dito isto, sem histerismos e pessimismos, entendam que a Covid-19 não será eliminada com o levantamento do Estado de Emergência ou o ânimo do decréscimo de casos. Teremos todos de nos proteger durante muito tempo e adaptar a uma “nova normalidade”, com uso de máscaras, distanciamento social e etiqueta respiratória.

COMO SE VIVEU A ÉPOCA PASCAL EM TEMPO DE COVID 19

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Em diálogo com o Padre Paulo Domingues, o Renascimento descobre momentos da Páscoa vivida por um jovem Padre nas suas paróquias de Cunha Baixa e Mesquitela.
Segundo o Padre Domingues no Domingo de Ramos, celebrado, este ano, a 5 de Abril, a Igreja comemora a entrada do Senhor na cidade de Jerusalém. Assim, o sacerdote com toda a comunidade, junta-se fora da igreja e cada pessoa leva um ramo (alecrim, oliveira, ...) para que possa ser benzido. Assinala-se assim o início da Semana Santa em que se celebra o Mistério Pascal do Senhor, ou seja, a Sua Paixão, Morte e Ressurreição.
Na Semana Santa ou Semana Maior a Igreja celebra o Tríduo Pascal na Quinta-feira Santa, na Sexta-feira Santa e no Sábado Santo que se prolonga até ao Domingo de Páscoa. A Quinta-feira Santa tem dois momentos distintos: a Missa Crismal e a Missa Vespertina da Ceia do Senhor. Na Missa Crismal, presidida pelo Senhor Bispo, benzem-se os Santos Óleos - para a unção dos catecúmenos, dos enfermos e do crisma - e cada sacerdote renova as suas promessas sacerdotais, feitas pela primeira vez no dia da sua Ordenação Sacerdotal. Da parte da tarde celebramos, nas comunidades, a Missa Vespertina da Ceia do Senhor onde somos chamados a realizar o rito do Lava-pés. Recordando-se aqui três aspetos essenciais: a Eucaristia, o Sacerdócio e a Caridade.
Na Sexta-feira Santa celebramos a Paixão do Senhor, com a adoração da Cruz.
No Sábado Santo celebramos a Ressurreição do Senhor, na Vigília Pascal, na noite Santa. Esta celebração começa fora da igreja, com a bênção do lume novo, onde será aceso o Círio Pascal, que representa o Senhor Ressuscitado. Reza-se ou canta-se o Precónio Pascal. Na Liturgia da palavra proclamam-se as leituras do Antigo Testamento e os salmos, e canta-se o “Glória”. A seguir escuta-se a Epístola do Novo Testamento e canta-se o “Aleluia”. Segue-se o Evangelho e depois a homilia. Na Liturgia Batismal temos o canto das Ladainhas, a Bênção da Água e a aspersão da Assembleia, e algum batismo se for o caso.
No Domingo de Páscoa, temos, antes da Eucaristia, a Procissão da Ressurreição e, após a Eucaristia, o anúncio do Senhor Ressuscitado pelas ruas e de casa em casa, a chamada “visita Pascal”.
A Semana Santa com o Tríduo Pascal é o amago do Cristianismo e de onde tudo brota. Esta semana é a Fonte que sacia a sede a todos nós, cristãos. Ser um sacerdote jovem e a viver estes momentos com as suas comunidades é testemunhar o Amor de Deus, que é mais forte do que a própria Morte. Estas Celebrações estreitam laços e reforçam as amizades, tanto do pároco com as pessoas das comunidades, como também entre os próprios elementos da família e amigos, uma vez que há a partilha de sorrisos e de emoções à mesa nos momentos das refeições.
O COVID-19 veio alterar as nossas rotinas, diárias, ao nível do trabalho, da escola e também da forma como prestamos o culto a Deus, mas penso que na vida as dificuldades têm que ser encaradas como oportunidades de crescimento e de aperfeiçoamento do que não estará tão bem. O vírus obrigou-nos a ficar de quarentena e em confinamento, em casa e junto da nossa família. Como padre trouxe-me duas questões: como estar junto das comunidades que me foram confiadas, neste tempo de pandemia? Como é que o Centro Paroquial de Cunha Baixa vai prestar os seus cuidados agora?
No que diz respeito à vida paroquial com a Paróquia de Cunha Baixa (Abrunhosa do Mato e Cunha Baixa) e a Paróquia de Mesquitela (Mourilhe e Mesquitela) tive que reinventar a minha proximidade e a forma de me relacionar com as pessoas, comunicando por chamadas telefónicas, por email e usando os novos meios de comunicação tanto para a oração como para vivermos em Comunidade a Celebração das Eucaristias e do Tríduo Pascal, com ao padres António Clementino e Manuel Rocha.
Os católicos das paróquias, face às contingências do coronavírus, sentiram a Páscoa, como a Ressurreição de Jesus. Contudo, foi um fim de Quaresma diferente e uma Semana Santa diferente. Mas, como já foi dito, tivemos que reinventar e propor que cada família em suas casas fosse uma Igreja Doméstica, como nos recorda o Papa Francisco. Assim, surgiram propostas e dinâmicas, quer da nossa Diocese quer a título particular, para que cada família pudesse viver da forma mais profunda possível este Tempo Favorável, colocando cruzes nas suas portas ou jardins, com o desafio de as irem enfeitando, ou trocando o pano que as envolvia, consoante o dia e o momento litúrgico que estivéssemos a viver. A construção e ornamentação destas cruzes potenciou a criatividade e certamente o convívio familiar, tanto na construção como na elaboração de tantas mensagens sentidas, fruto de momentos de oração. Assim, inicialmente com um pano roxo, desde o Domingo de Ramos até à Quinta-feira Santa. Na Quinta-feira Santa propusemos a colocação de uma toalha, na Sexta-feira Santa uma coroa de espinhos e após a Vigília Pascal um pano branco em substituição do pano roxo, para marcarmos o momento da Ressurreição do Senhor. Estas dinâmicas tiveram uma adesão fenomenal por parte de milhares de famílias que aceitarem este desafio, a nível nacional e não só. Esta manifestação pública e atípica ajudou-me a compreender e testemunhar mais uma vez que para Deus nada é impossível. Agora estas cruzes ficarão com o pano Branco até ao Pentecostes.
Em relação ao Centro de Dia de Cunha Baixa, claro que foi um motivo de preocupação para a Direção da Instituição. Devido ao COVID-19 e por Decreto do Governo tivemos que colocar todos os nossos utentes que frequentavam a resposta de Centro de Dia em casa, passando, assim, a serem cuidados pelo Serviço de Apoio ao Domicílio. Mais tarde tivemos que reformular tanto as equipas de trabalho como a forma de cuidar dos nossos utentes, que foi mais um desafio que nos obrigou a usar a criatividade. Mas, Graças a Deus, a Instituição tem uma equipa coesa e forte. Após análises minuciosas, do contexto familiar dos nossos utentes, surgiu a ideia de criar um Call Center. Deste modo, pudemos ligar aos nossos utentes diariamente e garantir que se mantenham bem e que caso surja alguma necessidade, esta seja colmatada. Assim, pudemos estreitar ainda mais os laços com os familiares dos nossos utentes e conhecer ainda mais a sua realidade diária. Fomos caminhando e reorganizando os grupos de trabalho, o que despontou um maior esforço e dedicação por parte de todos, um ajuste das funções e uma humildade e coragem para a realização das tarefas diárias, tanto na Instituição como no Teletrabalho. E é assim que Deus nos dá as ferramentas para continuar de sorriso no rosto e ao final de cada dia com o sentido de missão cumprida.
Toda esta reorganização implicou também um desequilíbrio na conta corrente da Instituição. Contudo, sabemos que o Estado está atento e desejamos que a Segurança Social nos continue a apoiar e faça um esforço ainda maior nos próximos meses, porque somente juntos e em parceria é que poderemos continuar a assegurar os serviços de excelências da nossa IPSS, como também das outras IPSS e da Misericórdia do nosso Concelho.
Na relação que temos com os nosso paroquianos, sentimos uma boa relação, mas todos nós temos na vida obstáculos gerados pelas dúvidas e desânimos. Ninguém duvida, que as dificuldades destes tempos que vivemos, não sejam cruzes pesadas e muitas vezes “noites escuras” que sufocam a esperança. Mas, ao mesmo tempo, apontam para a possibilidade de uma vida nova e de um tempo novo, para a Páscoa onde a vida triunfa.
É importante não nos deixar vencer pelo cansaço, pela tristeza e pela desilusão, mas sim deixarmo-nos abrir à novidade, que Deus, constantemente traz para a vida de todos nós.
Hoje em dia, mais do que nunca, devemos imitar Maria, Mãe de Jesus. A hora, deste tempo em que vivemos, é de guardar todas as coisas no íntimo do nosso coração, de modo a não deixar passar em branco a transformação, que se realiza no coração e na vida de todos nós.
À Luz do Ressuscitado consigamos, também nós ter a coragem e determinação de continuar a viver. Cristo Vive e quer viver dentro de mim, de ti e de nós.
Vais impedir o Senhor Ressuscitado, de regenerar a tua vida?
Uma Santa Páscoa para todos!

À Vítima pascal
Ofereçam os cristãos
sacrifícios de louvor

O Cordeiro resgatou as ovelhas:
Cristo, o Inocente,
reconciliou com o Pai os pecadores.

A morte e a vida
travaram um admirável combate:
depois de morto,
vive e reina o Autor da vida.

Diz-nos, Maria:
Que viste no caminho?

Vi o sepulcro de Cristo vivo,
e a glória do Ressuscitado.
Vi as testemunhas dos Anjos,
vi o sudário e a mortalha.

Ressuscitou Cristo, minha esperança:
precederá os seus discípulos na Galileia.

Sabemos e acreditamos:
Cristo ressuscitou dos mortos:
Ó Rei vitorioso,
tende piedade de nós.
(Sequência Pascal, após a 2º leitura no Domingo de Páscoa)

combate À pandemia do COVID-19

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Mangualde regista à hora de fecho desta edição 73 casos de infeção por COVID19 e 7 óbitos.
Em sinal de luto, pesar e solidariedade para com União das Freguesias de Santiago de Cassurrães e Póvoa de Cervães e em especial com o Lar de S. José, a Câmara Municipal de Mangualde colocou a bandeira do Município a meia-haste. Um gesto simbólico que exprime a solidariedade do Município para com as famílias enlutadas, seus amigos e todos os mangualdenses atingidos por esta pandemia.
Renascimento, procurando manter os seus leitores devidamente informados sobre o ponto da situação no concelho de Mangualde, a exemplo da edição anterior, falou mais uma vez com Elísio Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de Mangualde que deixou a imagem atual do concelho de Mangualde em relação à situação epidemiológica.

RENASCIMENTO - Qual o ponto de situação no concelho de Mangualde?
DR. ELÍSIO OLIVEIRA - Até ao dia de hoje (26 de Abril), a Delegada de Saúde, de quem recebemos a informação oficial, comunicou-nos 73 casos.
Destes casos, 67 ocorreram na União das Freguesias de Santiago de Cassurrães e Póvoa de Cervães e 6 são dispersos pela restante comunidade. Por um lado temos um foco de casos positivos forte e intenso no Lar de São José, em Santiago de Cassurrães. Por outro lado, quando olhamos o restante território, constatamos no global, uma baixa dispersão e fraca intensidade do novo coronavírus.
Não podemos deixar de salientar 7 óbitos até ao momento. É certo que em geral eram pessoas com idade avançada e com várias patologias, mas foi o novo coronavírus que precipitou e antecipou o fim da vida destas pessoas. Manifestamos simbolicamente a nossa solidariedade, colocando a bandeira do município a meia haste. Uma atitude de profundo pesar e respeito que a nossa comunidade partilha com esta freguesia e com as famílias das vítimas.
Pela positiva podemos informar que 4 doentes infetados já recuperaram.
Estamos a viver um fenómeno surreal que marca este tempo e deixará impressões na nossa memória de forma duradoura.

REN. - As medidas tomadas pela Câmara Municipal de Mangualde para conter a propagação do coronavírus referidas na n/ última edição foram suficientes, ou daí para cá já houve necessidade de alguns ajustes? Já foram tomadas novas medidas?
DR. ELÍSIO OLIVEIRA -Mantemos todas as medidas já realçadas na última edição em pleno desenvolvimento. Nos últimos tempos as medidas a realçar prendem-se sobretudo com o caso do Lar de Santiago e com uma nova ação de entrega de equipamentos de proteção individual (EPI) às IPSS, aos Bombeiros e aos Serviços de Saúde.
Também estamos a contribuir para assegurar uma dinâmica de testes nas IPSS no quadro de um protocolo global que envolve as Câmaras, A CIM- Viseu dão Lafões e a Segurança Social, prática que vamos estender aos Bombeiros Voluntários de Mangualde. Já estivemos envolvidos nos testes da Santa Casa da Misericórdia, seguindo-se de imediato os Bombeiros e depois outras IPSS. Estes testes abrangem todos os funcionários das respetivas instituições, bem como, os utentes que apresentem sintomas.

Relativamente ao lar de Santiago são de realçar as seguintes medidas:
Confinamento dos funcionários que tiveram teste positivo, com o devido acompanhamento dos serviços de saúde
- Desinfeção imediata dos corredores de circulação do lar e dos espaços exteriores, por elementos da Unidade Local de Proteção Civil da União das Freguesias de Santiago de Cassurrães e Póvoa de Cervães, voluntários do agrupamento de escuteiros de Mangualde e equipas de desinfeção da câmara municipal e posterior desinfeção de todo o interior do edifício pela equipa da Unidade Especial de Proteção e Socorro (UEPS) especial da GNR.
- Transferência dos utentes com teste negativo para um edifício adjacente dentro do mesmo complexo.
- Instalação de 16 camas fornecidas pela câmara no edifício adjacente para a instalação dos utentes com teste negativo.
- Reforço dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) pela Câmara, pela Junta de Freguesia, pela Segurança Social e por donativos de várias empresas.
- Reforço das equipes de trabalho pela integração de 7 jovens voluntários, estudantes do último ano de enfermagem, da Escola Superior de saúde de Viseu, com o apoio do IEFP.
-Instalação de 7 camas no edifício da Associação de Contenças de Baixo para alojamento dos
voluntários, com roupa fornecida pela Associação dos Bombeiros Voluntários de Mangualde.
Fornecimento a cargo da Câmara de refeições a estes voluntários.
- Estabelecimento de uma reunião semanal de acompanhamento e apoio do Lar com a seguinte constituição: câmara municipal, junta de freguesia, proteção civil, direção do lar, médico e técnica do lar, delegada de saúde, equipa multiprofissional do Centro de Saúde de Mangualde. Já fizemos 3 reuniões, que têm sido muito úteis no acompanhamento do problema.
Relativamente à entrega dos equipamentos de proteção individual levamos a cabo uma ação de doação às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) visando reforçar as condições de atuação e proteção dos profissionais e dos utentes destas instituições mais frágeis e vulneráveis da sociedade.
Foram doadas a estas instituições 3.000 mascaras, 3.000 luvas e 6.000 aventais descartáveis e 14 termómetros eletrónicos, sem contacto. Foram contempladas os 4 Lares: Santa Casa da Misericórdia, Complexo Paroquial, Santiago de Cassurrães e Lar da Freixiosa; bem como os Centros de Dia com apoio domiciliário: Fornos de Maceira Dão, Alcafache, Centro Paroquial Cunha Baixa, Centro Abrunhosa-Velha e Centro Chãs de Tavares.
Também a Associação dos Bombeiros Voluntários de Mangualde, as Unidades de Saúde Familiar (USF) e a Unidade de Cuidados Comunitários (UCC) foram contemplados nesta ação com mais 2000 unidades.
Se o fornecimento destes equipamentos é importante, não menos importante é mantermos relações de proximidade e cooperação com esta rede de parceiros irmanados no mesmo propósito de servir a comunidade. Este conjunto de instituições constituem um ecossistema de proteção. O apoio às suas missões sociais, humanitárias e sanitárias robustece e protege o enquadramento em que vivemos. É também uma forma de agradecer e encorajar o trabalho destes profissionais que estão expostos ao risco.

REN. - Como está a população de Mangualde a responder ao que lhe é solicitado (medidas preventivas/isolamento social)? Tem sido necessária a intervenção dos agentes de segurança (GNR)?
DR. ELÍSIO OLIVEIRA -Em geral, as medidas tomadas pelo Governo, pela Câmara Municipal, bem como as recomendações da DGS têm tido um elevado grau de cumprimento. O isolamento e o distanciamento social em geral estão a ser cumpridos.
Há, no entanto alguns casos que são lamentáveis. Por exemplo, na época da Páscoa foram feitas cerca de 50 notificações pela GNR por incumprimento da proibição dos movimentos inter-concelhios e outros comportamentos inadequados. Também alguns encontros e fluxos sociais e familiares não recomendados. Até piqueniques foram encontrados pela GNR, ou tomadas de café fora das regras. Ainda há algum mau planeamento familiar de compras. Há quem vá todos os dias às compras. Quem vá mais que uma vez por dia.
Felizmente é pouca gente, mas não podemos deixar de enumerar estes casos e apelar para que estes comportamentos sejam corrigidos. Queria a este propósito enaltecer o papel vigilante e atuante da GNR, com quem temos uma boa e estreita relação neste combate.
O comportamento individual é fundamental para que globalmente estejamos protegidos e travarmos a contaminação.

REN.- Outras considerações que pretenda deixar e julgue serem necessárias e importantes para os munícipes do concelho de Mangualde?
DR. ELÍSIO OLIVEIRA -É fundamental insistir no cumprimento das recomendações da Direção Geral de Saúde, que pratiquem o isolamento e o distanciamento social, que usem os equipamentos de proteção individual nos ambientes em que são recomendados.
Que redobrem os cuidados de proteção no novo contexto que o governo já anunciou, de abertura gradual das atividades que têm estado encerradas, como o comércio e os serviços a partir de 4 de maio.
As idas ao restaurante, ao cabeleireiro, ao café, não podem voltar a ser nos moldes anteriores, temos que nos habituar a viver com restrições de segurança sanitária, como de lotação ou de uso de EPI.
Temos que nos preparar para quotidianos diferentes. Não podemos provocar uma recaída
nos comportamentos sociais ou nas medidas de higienização dos estabelecimentos e deitar tudo a perder. Não podemos dar passos em falso. Enquanto não houver um tratamento específico,ou uma vacina contra a Covid-19, terá de haver regras comportamentais de segurança.

“Grândola, Vila Morena”

Orquestra Poema em casa
Num gesto simbólico para assinalar os 46 anos da Democracia e de Poder Autárquico que o 25 de Abril instalou como regime, a Orquestra POEMa interpretou, cada um em sua casa, a música “Grândola, Vila Morena”. A Câmara Municipal de Mangualde apela a todos que fiquem em casa neste dia da liberdade, pela liberdade dos dias que virão e deixa um agradecimento especial a todos os músicos que se associaram a esta iniciativa. O vídeo pode ser visto no site e nas redes sociais do Município.
O presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Elísio Oliveira, deixou uma mensagem a todos os mangualdenses, sublinhando que “hoje celebramos a liberdade num contexto de grande constrangimento físico, fechados em casa, o que parece uma contradição. Mas sem constrangimento mental e ideológico. É certo que não podemos ir para a rua, para as nossas praças, mas temos as praças tecnológicas. A liberdade está cá.”

CELEBRE CONNOSCO O DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS

O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios assinalado a 18 de abril, teve este ano o lema é “Património Partilhado – Culturas partilhadas, património partilhado, responsabilidade partilhada”. Assim, a Câmara Municipal de Mangualde, através do gabinete de Arqueologia e Gestão do Património Cultural, associou-se, como tem vindo anualmente a fazer, a estas comemorações.
 Nesse sentido, a Câmara Municipal de Mangualde lançou o desafio a todos os munícipes a enviarem uma fotografia de um bem do património cultural do concelho de Mangualde até 30 de abril. O bem é de escolha livre e tanto pode ser a igreja local de uma aldeia, como uma ponte de pedra sobre um ribeiro, ou uma paisagem excecional que necessite de ser preservada. Ou seja, aquilo que a pessoa entenda que é património.
A fotografias enviadas até 30 de abril, com a identificação do bem, localização e autor da fotografia para o mailantonio.tavares@cmmangualde.pt, serão depois partilhadas no Facebook e no site do Município, com possível exposição presencial após esta fase pandémica da Covid-19.
Mesmo estando em casa, todos podemos celebrar o nosso património.

Mangualde assinala Mês Internacional da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância

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“Serei o que me deres…que seja amor”, volta a ser o mote da campanha que assinala o Mês Internacional da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância. O Município de Mangualde, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Mangualde e o Agrupamento de Escolas associam-se à iniciativa e, à semelhança de anos anteriores, promoveram uma campanha nesse sentido no site da Câmara Municipal de Mangualde e nas redes sociais, durante o mês de abril.
«O mês de abril é o mês dedicado à prevenção dos maus tratos na infância. Este ano subordinado ao lema: “Serei o que me deres …- que seja amor”. Nada mais verdadeiro. De facto, a criança será o que cada um de nós tiver para lhe dar. E se esse algo que lhe tivermos para dar for amor, então ela sentir-se-á melhor e mais feliz. Se o que lhe tivermos para lhe dar for segurança sentir-se-á mais aconchegada e tranquila num Mundo muito intranquilo e a viver situações jamais pensadas. Se o que lhe tivermos para lhe dar for mostrar – a ela e aos outros – que estamos alerta e que saberemos agir se disso necessitar, reconhecerá, a criança, que a sociedade continua parceira no seu bem-estar. A CPCJ de Mangualde, atenta ao perigo redobrado que hoje se vive e onde se exerce uma “parentalidade fechada em casa”, construiu um conjunto de materiais que divulgará nos sítios institucionais da autarquia e da instituição escolar. Presença, preocupação e afetividade com os mais desprotegidos são marcas de ação que devemos agendar para todos os dias. Não precisando sair de casa, bastando olhar e saber o que se passa em nosso redor. Sinalizando às autoridades, se for o caso.
O Presidente da CPCJ, Fernando Espinha”
De referir, que todos os anos a Câmara Municipal de Mangualde em colaboração com as várias entidades e instituições do concelho, assinalam esta campanha com várias iniciativas que, culminam sempre, com a realização de uma caminhada pelos alunos das escolas de Mangualde e a realização de um enorme laço azul no Largo Dr. Couto.
Este ano, apesar da impossibilidade da realização destas atividades tão marcantes, o Município e os demais envolvidos fizeram questão de não deixar passar o mês sem assinalar a data através do mundo virtual e da colocação do habitual cartaz na varanda da Câmara Municipal de Mangualde.
Ainda neste sentido, a CPCJ de Mangualde vem convidar a comunidade, para que no dia 30 de abril, todos ajudem a dar visibilidade à campanha “Serei o que me deres...que seja amor”, colocando um laço azul ou uma peça de roupa azul à janela ou varanda de casa.

Poema Mês Prevenção dos Maus Tratos na Infância:
 Contigo…
Cultivo a paz,
cultivo o amor,
a saúde, a segurança,
a liberdade e a confiança.
Contigo…
Seguro a tua mão,
liberto os medos,
conto os meus segredos
e aprendo a partilhar.
Contigo…
Afasto a crueldade
destruo a maldade
implemento a magia,
e vivo com alegria.
Contigo…
Ouço os silêncios,
relembro contos e histórias,
as minhas memórias.
Que emoção!
Ilusão, não!
Proteção de coração,
gritos sentidos,
olhares preventivos,
amigos…
Que sensação!
A emoção da proteção!
Conto contigo.
– José Miguel dos Santos Gonçalves Batista, 11º C, Nº 4

Nª SRª DOS PRAZERES EM ALDEIA DE CARVALHO

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No passado dia 19 de abril, domingo de pascoela, durante a tarde, mordoma e zeladora da Capela de Nª Srª dos Prazeres em Aldeia de Carvalho - Alcafache, tomaram a iniciativa de, uma vez que era o dia da padroeira da Irmandade e porque não se podia fazer a habitual festa, abrir a capela para quem lá quisesse ir nesse dia e estar um pouco junto de Nª Senhora.
O ato foi realizado com as devidas e necessárias precauções.

Associação Empresarial de Mangualde – O contributo dos Cursos de EFA para a (re)integração Profissional

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Terminou no passado dia 13 de março, o curso EFA, de nível IV, que conferiu a 19 formandos/as a equivalência ao 12º ano e a qualificação profissional de Técnico/a de Logística. Foram aproximadamente 16 meses de formação, um total 1920H, das quais 210H em estágio.
Os cursos EFA - Educação e Formação de Adultos são uma modalidade de educação e formação intencionalmente criada para adultos com um duplo intuito: suprimir a falta de habilitações escolares e conferir uma qualificação profissional. Esta dupla vantagem visa promover o acesso a desempenhos profissionais mais qualificados.
É neste sentido, que a Associação Empresarial de Mangualde tem vindo a apostar neste tipo de iniciativas e promoveu um novo curso na nossa região, desta vez na área da logística, pois, como sabemos, ela é fundamental no contexto organizacional, empresarial e económico, tornando-se uma área de gestão tão imprescindível às empresas. Assim, as potencialidades deste curso são evidentes e a AEM orgulha-se em saber que muitos formandos já conseguiram uma nova oportunidade profissional!
A Direção da Associação Empresarial de Mangualde agradece a todos os intervenientes por este sucesso, à CCP-Confederação de Comércio e Serviços de Portugal, à sua equipa técnico-pedagógica, aos Formadores do curso, às Empresas/Entidades acolhedoras dos estágios e participantes nas várias actividades desenvolvidas e, claro, a todos os Formandos.
O mercado está, hoje, mais rico!

COVID 19 PSA CITROEN COM PRODUÇÃO SUSPENSA PATINTER COM 450 FUNCIONÁRIO EM LAY-OFF

Em visita aberta à comunicação social, no passado dia 21, a PSA de Mangualde mostrou estar em condições para regressar à atividade.
Pela empresa foram criadas todas as condições para que os cerca de 1000 trabalhadores desta unidade de produção possam regressar aos seus postos de trabalho em total segurança, porém, este regresso ainda não tem data marcada
Ao todo, a PSA Mangualde acionou um plano com mais de 100 medidas, mas ainda assim a reabertura da fábrica também depende “da liberdade que as autoridades de cada país derem às empresas de retomar a produção industrial e comercialização de veículos”, referiu o diretor de comunicação e relações institucionais da PSA em Portugal, Jorge Magalhães.
Inicialmente, estas medidas vão ser implementadas durante oito semanas, depois disso, serão reavaliadas. Os operários já foram informados sobre as novas regras por e-mail ou por carta e todos eles vão receber uma embalagem de 100 ml de álcool-gel para uso pessoal, com limitação de 5 ml por dia para evitar irritações na pele. Este novo arranque, será gradual e apenas com um turno de produção, com 300 pessoas e as suas rotinas diárias irão sofrer algumas alterações como, a medição da temperatura logo ao levantar que terão que registar numa folha. Deverão sair de casa já fardados, com a própria comida e bebida, na deslocação para o trabalho não podem partilhar a boleia com mais de duas pessoas e assim que chegam à fábrica, os operários são sujeitos a medição individual de temperatura podendo apenas entrar nas instalações se esta for inferior a 37,5 graus – quem apresentar uma temperatura igual ou superior terá de passar para uma sala própria. Todos irão receber duas máscaras e óculos de proteção/viseira e no interior da fábrica têm de cumprir a distância de segurança, superior a um metro.
Estas são algumas das muitas regras agora criadas para segurança de todos, numa época em que todo o cuidado é pouco.

Patinter, uma das maiores empresas do concelho com cerca de 450 trabalhadores em ‘lay-off’
A empresa de transportes Patinter, colocou cerca de 450 trabalhadores em regime de ‘lay-off’ devido à crise provocada pela Covid-19, referiu no passado dia 20, à agência Lusa o seu diretor, Pedro Polónio.
“Infelizmente, somos uma empresa que trabalha muito na área do transporte internacional e também muito com a indústria automóvel, que foi das mais afetadas”, frisou Pedro Polónio, referindo ainda, que “a larguíssima maioria das fábricas de produção automóvel está ainda parada por toda a Europa e assim, a forma mais inteligente de proteger os postos de trabalho foi colocar trabalhadores no regime de ‘lay-off’, caso contrário, estaria em causa a viabilidade da empresa”, explicou.
Para já o “lay-off” foi requerido pelo prazo dos 30 dias, mas com a possibilidade dos trabalhadores (em parte ou na totalidade) poderem vir a ser retirados deste regime quando as condições de trabalho assim o determinarem.
A empresa continua com uma parte da frota a trabalhar, porque há setores de atividade que cobre “que nem sequer foram afetados”.

“MANGUALDE EM MOVIMENTO ONLINE”

O Projeto Desportivo Municipal “Mangualde em Movimento” está de volta, desta vez, online. Assim, têm estado a ser disponibilizadas aulas gratuitas de atividade física para toda a população. São várias as modalidades, desde aeróbica, pilates, funcional, tabata, circuito, ginástica localizada, entre outras.
Os links são disponibilizados na página do Facebook das Piscinas Municipais de Mangualde e encaminham os interessados para o canal do Youtube. Podem também subscrever diretamente o canal do Youtube das Piscinas Municipais de Mangualde (https://www.youtube.com/channel/UC8sE4cT1nAMGKxaSTjfHMkA/) onde serão disponibilizados todos os vídeos lançados.
O projeto “Mangualde em Movimento Online” tem como objetivo continuar a promover a atividade física em crianças, adultos e seniores. E, nesse sentido, também as aulas dos projetos desportivos “Mangualde Abraça os Jovens”, destinado aos Jardins de Infância públicos e privados, e “Desporto Sénior”, destinado aos Lares e Centro de Dia, foram retomadas através do envio de diversos suportes digitais dos conteúdos abordados.
Fiquem em casa, mas em movimento.