EDITORIAL Nº 753 – 1/5/2019

patrao
Caro leitor,
Agora ou nunca, mas já é tarde.
É tarde para ser Padre, Médico, Advogado, Engenheiro ou outra profissão, mas nasci essencialmente para ser o que sou. Cada um nasce e torna-se artista, carpinteiro, bailarina, escultor, poeta, cantor, cientista e tantos outros papéis. Tudo o que Deus entende fazer falta neste mundo é criado.
Recordar muito o passado e sonhos que desapareceram com o tempo só nos faz parecer que não só sobrevivemos sem eles, como vivemos e prosperámos com outros sonhos que apareceram com o tempo. A distância, o tempo e a saudade deram-nos vida, amor e verdades, enquanto descobrimos que os sonhos passados são uma memória distante. Descobrimos que já é tarde.
Nas memórias de menino, recordo o sonho de um dia querer conseguir vencer na vida. Com esse propósito em mente fiz quase tudo: agricultor, pedreiro, carpinteiro, resineiro, vendedor, tropa, Guarda Fiscal, de novo construção, empresário, jornalista, político, agente funerário e até marido, pai e avô. Para outras aventuras, já é tarde.
Dou a vez aos meus filhos, que me são muito queridos, de continuarem os seus projetos. Para mim é já um pouco tarde para abraçar novos. Mas não faz mal, nem me apoquenta, porque nunca é tarde para construir amor, para isso nunca é tarde.
É tarde para a nova Universidade, mas nunca é tarde para concluir a Universidade a que me propus. Uma universidade de transparência, honestidade, dedicação e carinho verdadeiro que coloquei em tudo a que me propus, mesmo que ás vezes tenha colhido ódios. Vivo a olhar o Sol.
Nunca é tarde demais para acordar e para viver, assim como nunca é tarde demais para reconhecer que o fizemos.
Viva a Liberdade que nos permite fazê-lo todos os dias, a minha e a de cada um.

Abraço amigo,