EDITORIAL Nº 755 – 1/6/2019

patrao
Caro leitor,
Domingo, dia 26 de maio de 2019, Portugal foi a votos para eleger os 21 representantes para o Parlamento Europeu. Acontece porém que os Portugueses mostraram o seu descontentamento com esta eleição. Os intervenientes não estiveram à altura de elucidar os Portugueses daquilo que vão fazer e, mesmo os que lá estiveram e até voltam a estar, nada disseram do que têm feito. Foram mudos e vêm calados. Dedicaram-se exclusivamente a falar de Portugal, quando a eleição é europeia, devem sim representar Portugal no enquadramento coletivo Europeu, ou seja, defender os interesses de Portugal essencialmente nas políticas europeias das pescas, agricultura, mercado de trabalho, fundos estruturais, desenvolvimento económico e ambiente. 69,33% dos Portugueses disseram não acreditar nestes senhores. A verdade é que vão os mesmos 21 eurodeputados. Depois de todos estes dias já passados, se o caro leitor fizer uma retrospetiva da campanha e tentar lembrar-se do que foi apresentado aos Portugueses por qualquer um dos candidatos vê e dá-se conta que nada foi importante ou se mostrou decisivo, daí os 69.33% de abstenção.
A conclusão é que a grande força política que ganhou foi a abstenção. As pessoas decidiram não se sentar à mesa de discussão e cada vez mais têm por garantida a democracia que tanto nos custou a conquistar. Cresce a perceção de impotência e “são todos iguais”. Já chega. Tem de se repensar a maneira como se faz política e, principalmente, em maneiras que possam facilitar o voto. Vivemos num mundo cheio de informação e instrumentos que agilizam as nossas tomadas de decisão, isto tem de ser equacionado. É um nosso dever de cidadania que está em incumprimento. Não podemos permitir que assim continue.
Na página 7 deste seu Jornal são publicados os resultados do nosso Concelho, inclusive de alguns anos atrás para que possa comparar, e ver com os seus próprios olhos, a debandada de um partido…

Abraço amigo,

Viva a liberdade que tanto prezo.