REAL MOSTEIRO DE SANTA MARIA DE MACEIRA DÃO VAI SER INTERVENCIONADO

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Assinatura de protocolo entre a Câmara Municipal de Mangualde, João Azevedo, a família proprietária, Joana Horster, e a Direção Regional de Cultura do Centro, Suzana Menezes, decorreu na tarde do passado dia 26 de julho.
Realizou-se na passada sexta-feira, dia 26 de julho, à tarde, no Real Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão, a assinatura do protocolo relativo ao projeto de recuperação da cobertura daquele mosteiro, cujo financiamento é de cerca de 500 mil euros, sendo que 85% são comparticipados.
Na cerimónia de assinatura do referido protocolo esteve presente a representante da família proprietária, Joana Horster, e as duas entidades envolvidas: a Câmara Municipal de Mangualde, João Azevedo, e a Direção Regional de Cultura do Centro, Suzana Menezes.
A intervenção agora protocolada visa a recuperação da cobertura do Real Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão que, atualmente, se encontra em ruínas.
A representante da família congratulou-se pelo passo agora dado para o início das obras, agradecendo o papel crucial e motivador junto do estado perpetrado pela Autarquia. A Diretora Regional de Cultura do Centro, Suzana Menezes, sublinhou a importância da salvaguarda do bem patrimonial e na consequente fruição pela comunidade e públicos em geral deste espaço, que é Monumento Nacional, nomeadamente através do estabelecimento de um plano de programação cultural que atrairá visitantes e as populações.
O Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, João Azevedo, destacou “a importância do trabalho que tem sido desenvolvido entre os três parceiros e que culmina agora com a assinatura do protocolo que permite devolver dignidade à “joia da coroa” do território”. Sublinhou ainda que “com as obras de conservação e restauro da cobertura da igreja e da estabilização dos claustros, está aberta a porta a estímulos exteriores de investimento, numa área que será, a breve prazo, a alavanca fundamental do progresso e do desenvolvimento sustentável dos territórios: o turismo cultural”.
Após as obras, a igreja receberá uma exposição interpretativa da história do imóvel e será colocado em marcha o plano de programação cultural desenhado pelos serviços de arqueologia e património cultural da autarquia para aquele espaço.

CASTRO DO BOM SUCESSO ESTÁ NO MAPEAMENTO DA CULTURA PARA SER IGUALMENTE INTERVENCIONADO
Seguiu-se uma visita ao Castro do Bom Sucesso, em Chãs de Tavares, um Monumento Nacional que está no mapeamento da cultura para ser igualmente intervencionado.
Está, neste momento, em fase de elaboração de projeto.

Real Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão
O Real Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão, erigido naquele local em 1173, por D. Soeiro Teodoniz, privilegiado do rei D. Afonso Henriques, pertenceu inicialmente à ordem beneditina para ingressar na de Cister. A sua localização, meticulosamente escolhida, em planície fértil e junto a um rio, permitia o sustento dos monges, a meditação e o culto religioso, numa paz edilicamente bucólica. Arquitetonicamente são visíveis as várias fases de construção do imóvel: a torre, do século XII; do século XVII é o edifício monacal e os claustros e, do século XVIII, a igreja elíptica. Inserido em área agrícola, e de microclima peculiar, o Real Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão está classificado como Monumento Nacional, desde 2002.

Castro do Bom Sucesso
Localiza-se no Monte da Senhora do Bom Sucesso, a cerca de 765 metros de altitude, na vila de Chãs de Tavares.
Desde há muito que são conhecidos vestígios arqueológicos neste monte. Dado ao conhecimento científico por Leite de Vasconcellos, em 1917, os vestígios dão aquele monte como um castro ocupado na Idade do Bronze e com continuação pela Idade do Ferro e no Período Romano.
Atualmente, já não são visíveis as estruturas habitacionais e defensivas. Ao topo do antigo povoado pode ainda aceder-se pelo troço de via lajeado de fundação romana. De arquitetura simples, mas de significado simbólico elevado e de grande devoção para a comunidade, ali se ergue, pelo menos desde o século XVIII, a ermida em honra de Nossa Senhora do Bom Sucesso.
O Monte está classificado como Monumento Nacional, desde 31 de dezembro de 1997.