CONSULTÓRIO

dr. raul
O SOL E A PELE!
COMO CONVIVER DA MELHOR MANEIRA!
Apesar das muitas nuvens, passageiras ou não, o SOL, tão ansiosamente esperado pela maioria das pessoas, está sua plenitude!
Mas, se o Sol significa calor, peles bronzeadas, praia e ar saudável, também pode querer dizer Melanoma, Cancro da pele, ou outras situações desagradáveis, em particular para as pessoas tratadas com certos medicamentos.
A Austrália, país muito ensolarado, detém o recorde mundial dos cancros de pele – o Melanoma – que figura, assim, entre os cancros mais frequentes.
O número de casos tende a dobrar cada 10 anos e, se não houver uma tendência de inversão, calcula-se que o Melanoma possa vir a ser a primeira causa de morte nas pessoas com menos de 45 anos, nos anos 2030-2040.
Para retardar a sua progressão, é preciso educar a população e lembrar um conjunto de conselhos a seguir.
Vigiar e cuidar da pele
Em primeiro lugar é preciso conhecer os factores que favorecem o aparecimento do Melanoma.
É importante saber a quantidade de sinais ou manchas da pele: quanto mais numerosos eles forem, maior será o risco. A pele branca, os olhos claros e os cabelos alourados ou ruivos predispõem ao cancro.
É desaconselhada a exposição solar entre as 11h e as 17h e, sobretudo, quando o sol está a pique. De qualquer dos modos é imperativa a protecção eficaz contra os raios ultravioleta tipos B e A (UVB e UVA).
Em relação às crianças, seja qual for o momento do dia, recomenda-se que andem com a cabeça coberta, com roupa que os proteja do sol e, se necessário, óculos de sol, em particular nas que têm olhos claros. Sabe-se hoje que as exposições solares da infância intervêm no aparecimento do Melanoma.
Num segundo tempo, e sobretudo nas pessoas de risco, é importante que o médico assistente explique a prática da auto-vigilância. Esta deve realizar-se, regularmente, duas vezes por ano. Assim, qualquer modificação do tamanho de um sinal ou dos seus bordos, qualquer mudança de cor, sangramento ou sensibilização anormal, são outros tantos sinais de alerta que obrigam a procurar rapidamente o médico.
Medicamentos e sol
O sol pode, também, desencadear fenómenos desagradáveis, em particular quando esses fenómenos estão associados à ingestão de alguns medicamentos.
Podem resultar de fenómenos de fotossensibilização ou de foto-alergia, que originam vermelhidão da pele, que se assemelha ao escaldão do sol. Por isso se deve prestar atenção às indicações, nas bulas de alguns medicamentos, sobre casos de fotossensibilização que possam aparecer.
A reacção cutânea pode estender-se a todas as zonas expostas ao sol. As mais frequentes são a face, as costas das mãos, as pernas e a zona do decote.
A reacção é, por vezes, muito violenta e intensa. A erupção surge a cada exposição solar e depende da dose de medicamento tomada, ou aplicada localmente.
Os produtos mais frequentemente incriminados são alguns tipos de anti-inflamatórios, de antidepressivos, de antibióticos, de diuréticos, ou medicamentos para diminuir a taxa do colesterol.
E-mail: amaralmarques@gmail.com