IMAGINANDO

francisco cabral
PARTE 67
Continuação
Seguindo em frente e antes da Praia das Maçãs, cortamos à nossa esquerda, rumo às Praias Pequena e Grande. Vou destacar a Praia Grande por ser a mais frequentada. Actualmente sendo uma praia visitada por todos,  nos meus tempos de criança era uma das VIPS, só frequentada por uma elite. Graça à mudança de mentalidades, este local além de ser bastante visitado, é um dos palcos de Campeonatos Mundiais de Surf. Tem vários restaurantes ao longo da praia e uma piscina natural.
Nas noites quentes de verão é um prazer apreciar a briza do mar, caminhando ao longo da praia, ou conversando com amigos numa esplanada, tomando um bom café ou saboreando uma cerveja bem fresca.
Também e desde que o Euro abunde em nossas carteiras, podemos degustar uma boa sapateira ou lagosta. Há de tudo.
Revertendo o caminho, voltamos para a estrada que vai ligar à Praia das Maçãs. O nome dado a esta aldeia, nasceu do rio que ali vai desaguar, por em tempos passar por vários pomares de macieiras, levando no seu caudal as maçãs que caiam.
Esta freguesia muito visitada por turistas de nacionalidades diferentes, tem uma praia previligiada, embora as suas águas mesmo em pleno verão, sejam um poucos frias. Mas quem opte por uma água mais quentinha, pode usufruir das suas piscinas.
Como está bem localizada foi opção de vários comerciantes, principalmente os dedicados ao artesanato para ali se estabelecerem, assim como vários bares e restaurantes, que funcionam todos os dias do ano.
Acho uma certa graça aos estudantes, que no período de férias grandes, aproveitam o seu tempo para ganharem algum dinheiro, servindo à mesa nos diversos restaurantes. Pròpriamente não é o ordenado que usufruem, mas sim as gorjetas que ganham, principalmente com os turistas estrangeiros, a quem dão clara preferência.
Passando a Praia das Maçãs e as Azenhas do mar rumamos pelo interior até à aldeia de Janas, actualmente e ao seu redor com uma nova população já bastante considerável, que por ser um sítio muito isolado e propício ao descanso, construíu ali suas próprias residências. Note-se que a maioria desta nova população trabalha em Lisboa. A  outra parte da população, a mais antiga, dedica-se principalmente ao cultivo e vinho de Colares.
Temos em Janas uma Igreja centenária de nome São Mamede, que curiosamente não sendo quadrada como as outras, ela é circular. Segundo textos antigos, foi edificada pelos romanos em honra à Deusa Diana, a Deusa da Caça.
capela s. mamede
Capela de São Mamede, Janas
interior capela s. mamede
Interior da Capela de S. Mamede em Janas-Sintra
Como São Mamede é o protetor do gado e por tradição, os lavradores de Sintra, Mafra e  Torres Vedras, nos dias compreendidos entre 15 e 17 de Agosto levam os seus animais, dando três voltas completas à Igreja, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.
Nos dias quentes de verão uma grande parte da população oriunda principalmente das grandes cidades, escolhem este local para fazerem os seus piqueniques, dado ser um sítio que embora nesse período esteja quente, tem bons pinhais e bastante sombra. Para quem queira grelhados, tem um terreno específico com churrasqueiras em pedra.