EDITORIAL Nº 649 – 1/11/2014

SR

Caro leitor,

Dia de Todos os Santos. Depois do governo ter acabado com este dia Santo, mais uma vez a Feira dos Santos foi realizada coincidindo com este dia.
A edição deste ano foi realizada com sucesso, mas deve ser ponderada a mudança destes dias de feira, uma vez que, são venerados os familiares que já partiram e desta forma, os forasteiros não se fazem comparecer e doravante irá sempre haver a coincidência destes dias. Notou-se por exemplo a falta de visitantes de outras zonas do país. Por este motivo, às autoridades competentes, fica este alerta para que a feira não fracasse.

Começou o novo ano escolar e começaram com ele os burburinhos da realização do que está mal. Que está mal. Insurgem-se as massas e opinam os pais, os professores, os ministros, os interessados e os alheios à causa, que comentam sem interesse mas com sapiência. Vem, mais uma vez, tudo ao de cima. Apontam-se dedos e perde-se tempo. Porque perdemo-nos numa conversa sem fim que não toca no cerne da questão. Mas eu não sei qual é a questão. Facto é, que ministro e outros demais também não sabem qual é a questão. Mas se ninguém a procura, ninguém a poderá encontrar. Disseram-me, uma vez, que quando há um padrão, há uma razão.
Enfim, mas pouca razão abunda quando os loucos governam. E não são loucos porque governam. Aqui muita gente se engana. São loucos porque amiúde não respondem à lógica, não pensam, não escutam, não vêem. Porque deixam de procurar o fim do novelo quando outro louco diz que o cortou. Ora loucos não sabem que são loucos. Quando alguém lhes diz que o são, chamam-no de louco. E neste sentido, são reis intocáveis e muitas vezes, para eles, não somos nada mais do que bobos loucos…
Nisto, sempre nisto, ficamos no meio da informação e contra-informação que a politiquice produz tão bem. Deixamo-nos cativar pelo sorriso triunfante, de quem aparenta saber mais do que nós. O fato aprumado, a gravata bem posta, o discurso ponderado com palavras comedidas e sonantes de um outro alguém. E nós assistimos e seguimos sem conseguir dizer que o rei, afinal, vai nu. Que nem louco. Temos de começar a fazer uma das duas: ou lhe dizemos ou compramos-lhe roupa.

Abraço amigo