RECORDAÇÕES

janeiras
CANTO E CASTRO
1930-2005
Henrique Canto e Castro, nasceu em Lisboa no dia 24 de abril de 1930 e faleceu em Almada no dia 1 de Fevereiro de 2005. Durante os 60 anos de carreira fez radio, teatro, cinema, televisão e até dobragens, tendo tido um trabalho excepcional na peca de La Féria - A Rainha do Ferro Velho. Começou a trabalhar aos 12 anos em programas infantis na antiga Emissora Nacional. Aos 17 anos concluiu o curso de teatro no Conservatório Nacional com 18 valores, estreando-se de seguida na arte de talma ao lado dos comediantes de Lisboa na peca “A Lição do Tempo”, sob a direcção de Ribeirinho e desde então contracenou com António Silva, João Vilaret, Laura Alves, Eunice Muñoz, Carmen Dolores e outros, passando pelos palcos do Teatro D. Maria, Teatro Aberto e tantos outros.
No cinema participou nos filmes “Tráfico”, “5 Dias e 5 Noites”, “Longe da Vista”, “Manhã Submersa”, “O Último Mergulho” e “Capitães de Abril”, entre outros.
Apesar da sua grande paixão ser o teatro a verdade é que Canto e Castro teve sólida carreira na TV, além das dobragens de desenhos animados, como “Tico e Teco” e “Dartacão e os 3 Mosqueteiros”. Na década de 80 participou em várias séries: “Duarte e Cª (1980), “Crime na Pensão Estrelinha” (1990), “Os Policias” (1998), “Esquadra de Policia” (1999), “O Fura Vidas” (1999), “Residencial Tejo” (1999), “Rua dos Medos” (2000), “O Processo dos Távoras” (2001), “A Ferreirinha” (2004), “João Semana” (2005) e em novelas: “Desencontros” (1995), “Vidas de Sal” (1996), “Anjo Selvagem” (2001) e “Mistura Fina” (2004). Não se poderia considerar um actor de escola, mas marcado por factos específicos um actor que emprestava aos personagens sempre baseado na verdade e não no fingimento. A sua colega Alina Vaz que com ele contracenou na peca “Pobre Milionária”, dizia que foi dos melhores actores da sua geração muito exemplar mas nunca tendo sido reconhecido pelo público apesar de o ser entre os colegas. Canto e Castro foi um actor dos sete ofícios.