EDITORIAL Nº 703 – 1/3/2017

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Caro leitor
Há uns anos atrás veio a público pela comunicação social que havia corrupção no negócio do sangue, por meio da Octapharma, sendo que esta empresa contratou José Sócrates em Janeiro de 2013 como seu consultor para a América Latina. Estão de parabéns os autores desta investigação. O mesmo não acontece com a nossa jovem democracia. É impressionante ver como o polvo está no poder. Sai à rua e os tentáculos atingem instituições e industria. Amordaçam e degradam todos os setores. Mangualde não foge a este flagelo, a esta regra do poder político. São fiscalizações umas em cima de outras. Há que esmagar, amordaçar e atingir todos aqueles que de uma forma ou de outra são de outra cor e não estou a falar de racismo. Existe ainda uma frase dita em congresso por um grande político da nossa praça “quem se meter com o PS leva”. Onde está a nossa liberdade e a nossa democracia tanto apregoada.
Dizia Sá Carneiro, a política sem ética é uma vergonha. Ética na lealdade e na verdade, com que se tomam e apresentam decisões políticas e não só. Ética na humildade com que se assumem os resultados alcançados e infelizmente alguns políticos passam ao lado deste conceito.
O Ministro das Finanças mentiu no parlamento quando disse que não se tinha comprometido com António Domingos na dispensa de apresentação das declarações de rendimento e património ao Tribunal Constitucional e o Primeiro Ministro veio em sua defesa em vez de se afirmar como Primeiro Ministro de todos os Portugueses – doa a quem doer – valha a verdade que estes posicionamentos não são novos no plano dos valores do Governo Socialista. Afinal de contas este Primeiro Ministro, sem ganhar eleições e este governo, são orgulhosos herdeiros da escola Sócrates.
O Presidente da República faz tudo pela geringonça. Falta saber se tem realmente sido bom para o País ou se se trata de meros golpes de publicidade enganosa.
Geringonça equivale a pouca estabilidade. Quem paga é sempre o Zé, como já é hábito. Os mercados assim o dizem. Custa saber que os sacrifícios que os Portugueses fizeram nos últimos anos estão novamente a ser esbanjados, enquanto se coloca de novo Portugal à beira do abismo. Quem vai aguentar tantos impostos? Quando poderemos viver se à data só nos têm permitido sobreviver?

Um abraço amigo,