EDITORIAL Nº 730 – 1/5/2018

serafim tavares
Caro leitor
Vou dar-lhe a conhecer o discurso sobre o 25 de abril, no dia seguinte, na Assembleia Municipal de Mangualde.
Exmª Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Mangualde, dignissima mesa, Exmº Sr. Presidente da Câmara, Srs. Vereadores, caros colegas, público em geral, minhas Senhoras e meu Senhores:
Comemorou-se o 25 de abril, 44 anos de liberdade. Vivemos assim em democracia, em que, cada uma e cada um desfruta daquilo que planta ou plantou.
No dia 25 de Abril de 1974 eu tinha 14 anos, mas estou convencido que também assim era, exceto em tempo de guerra por que passamos. Recordo-me ouvir a meus pais e vizinhos que os bens essenciais eram confiscados. O meu avô chegou a esconder cereais em pipas que eram do vinho.
A PIDE controlava o país, mas controlava mais os desordeiros, assim como hoje, os desordeiros vão presos. Depois do 25 de abril, chamaram a todos os presos – presos políticos – o que eu duvido que fossem todos por política. Hoje, ouvimos muita gente a reclamar o antes do 25 de abril, mas eu entendo que é só um desabafo e é um desabafo por tudo o que vêm e ouvem é uma revolta que sentem pelo fato de não poderem fazer nada contra o que está mal, e têm razão, muita coisa vai mal.
Este executivo selecionou empresas para fornecer esta Câmara Municipal que é de todos os mangualdenses, que é e devia ser, mas não é.
Este executivo devia pedir orçamentos quando tem necessidade de trabalhos a várias empresas. Não o faz, prejudicando assim todos os mangualdenses.
Proclamamos liberdade, sim… Assim o parece, mas hoje existe muito mais controle do que antes do 25 de abril.
As autoridades querendo, sabem sempre onde andamos, pelo multibanco, pelo carro ou pelo telemóvel. Ninguém escapa a este controle, mas ainda assim, viva a Liberdade.

Abraço amigo,