EDITORIAL Nº 743 – 1/12/2018

serafim tavares
Caro leitor,
Diz o povo e já diziam os meus pais, que Deus tem,
que “meio mundo está nas mãos de outro meio”.
Estamos sempre dependentes de outros, que
pouco produzem ou nada fazem. São estes que têm
tempo e gosto em criticar os demais. Venha a nós
“o vosso reino”, que Deus me perdoe. Acontece que
isto é o que sucede em sociedade, na democracia
e na economia colectiva. Uns ajudam outros que
contribuem menos para si mesmos e/ou para a
comunidade.
Existe uma certa incapacidade por parte dos
Estados soberanos e organizados, de fazer face às
responsabilidades que lhes estão atribuídas para dar
melhores condições de vida aos seus povos. É este o
principal mandato para o qual são democraticamente
eleitos: salvaguardar os direitos fundamentais de que
a humanidade depende e garantir o cumprimento dos
deveres. Devem ser inequivocamente e rigorosamente
acautelados. Por isso, é necessário e é obrigação dos
povos, conhecer as leis com que se regem, os seus
direitos e deveres, para agirem como guardiões dos
mesmos e da sua liberdade. Quem se atreve a pôr
em causa os sistemas instituídos como um garante
de ideias que consagram? Portugal está 20 anos
atrasado em relação a França por exemplo. Basta
ver os noticiários. O pautado em Lei pelas letras da
Constituição da República ao esvaziarem de conteúdo
o visado auxílio aos mais necessitados e carentes, é
que a sociedade deve cumprir e vigiar. Deve de igual
forma apadrinhar o património da democracia e da
liberdade, respeitando assim a diferença entre os
ideais de cada um.
O estado, tem como dever primeiro de cuidar e
salvaguardar os interesses dos cidadãos no que
concerne aos direitos humanos. Neste século XXI,
não se aceita que o conceito de sociedade, e até
mesmo de comunidade, seja posto em causa sem que
sejam assumidas responsabilidades nas limitações
à prestação de cuidados de saúde e serviços de
primeira necessidade às populações. A democracia
não pode perder credibilidade, deve fazer chegar aos
seus destinatários o tudo já exposto em epígrafe,
sem atentados cruéis e autoritários de personagens e
incompetentes capacitados com mandatos. Para isso,
o povo tem de saber em quem vota. Diz o povo e já
diziam os meus pais também: “O que há-de dar quem
nada tem?”
Viva a liberdade!
Um abraço amigo