Caro leitor
Senti na manifestação de 6 de Março que Portugal ainda não entregou a toalha a estas políticas que afectam o dia-a-dia de todos. O povo não baixa os braços.
Somos ensinados a ser patriotas e a defender o Estado, alguns até por profissão, mas somos sobretudo ensinados a garantir estabilidade pessoal e familiar. Agora a meio da vida perdemos direitos e estabilidade. É injusto. O Estado faltou ao prometido.
Temos de nos lembrar sempre dos milhões sem ordenado mínimo para comer, desempregados que não puderam estar lá naquele dia e só estiveram em alma, pois os meios financeiros já não chegam para os bens essenciais e muito menos para despesas de energia.
Portugal está melhor ou pior? Eis a questão que colocamos desde o início. Visto de fora, seja para o mundo, está melhor, a passos largos. O governo concorda, mal feito fora. E para nós portugueses que trabalhamos dia a dia? Não é este o ponto fulcral? Depois de ouvir o povo damos conta do pior. Não vale a pena vir o governo dizer que há sinais de melhoria, que fez um grande trabalho e que é à conta das suas políticas que vemos a luz, quando na realidade foi o Zé que pagou e paga a crise com a dor que lhe foi imposta. Porque os mais ricos estão mais ricos, como mostram as estatísticas, o que mostra que as medidas governamentais premeiam sempre os mesmos, tanto de uma forma como de outra. Ou seja, se os ricos estão mais ricos e os pobres estão mais pobres, a desigualdade aumenta. Será mais difícil retomar a estabilidade. Nem a troika muda isto. Em Portugal todos os rios vão dar ao mar e o sentido do rio mostra para onde ele vai.
Agora, com mais umas eleições europeias, espera-se que não seja só para irem para a “montra”, mas sim, para defenderem os interesses de Portugal que é para isso que o povo os elege.
Por aqui, vão já discutindo a saída da troika, ou radical ou com programa cautelar. Com os políticos que temos tido à frente de Portugal, para não voltarmos a cair neste abismo irresponsável, talvez fosse mesmo melhor política, que a troika continuasse em Portugal. Porque ao fim de uma ferida cicatrizada voltar a sangrar, custa muito mais cicatrizar de novo. Tem de ser agora que aprendemos. No futuro, quando filhos e netos perguntarem aos governantes porque é que Portugal atravessou estas dificuldades eles provavelmente apontarão dedos. Como sempre fizeram connosco. Esperemos que a seguir expliquem que saímos desta inteiros, com graça e com estabilidade de vida, para nós e nossos vindouros.
Um abraço amigo[/s2If]
Arquivo da Categoria: Editoriais
EDITORIAL Nº 634 – 1/3/2014
Caro leitor
Para quem sabe e quem não sabe, chegou ao fim o julgamento do ex-presidente da Câmara Dr. Soares Marques.
Este, acabou por ser condenado a três anos e três meses de pena suspensa por uns documentos que tinha em seu poder, em vez dos mesmos estarem na autarquia.
Pois bem, ficou provado em tribunal que a autarquia ficou prejudicada em 15.445 euros, ou seja, todos os mangualdenses. Como disse no editorial da última edição, haja justiça. Estou plenamente de acordo, mas face às tantas notícias que ouvimos, eu digo: quero um presidente de câmara como este, que esteve à frente dos destinos dos mangualdenses três mandatos e deu um prejuízo no valor de 15.445 euros. Presidente assim é um milagre. Duvido que haja melhor.
Agora fica uma pergunta, com a vinda dos ditos documentos os processos tiveram seguimento, ou foi só um “fait divers”? “Quem não tiver pecados que atire a primeira pedra”. Será que vai haver pedradas merecidas? Pois… o tempo o dirá. Como diz o ditado, “quando se zangarem as comadres saber-se-ão as verdades.”
A autarquia de Mangualde é a terceira maior empresa do concelho, as primeiras são a PSA, mais conhecida por Citroen e a Patinter transportes.
O presidente duma empresa quer seja pública ou privada, tem por obrigação zelar pela empresa à qual preside, tomando um conjunto de decisões para otimizar todos os meios que tem ao seu dispor, quer sejam materiais, humanos ou financeiros, na senda do progresso dessa mesma empresa.
No privado, quando é um mau presidente, esta empresa vai à falência como infelizmente se tem visto, e o mesmo presidente (empresário) nem que tenha recebido milhões do estado para a empresa, não é julgado. Neste caso penso que também o devia ser, pois trata-se da mesma forma duma situação em todo idêntica a uma câmara municipal, dinheiros públicos, ou seja, o sacrifício de todos os Portugueses, porque ninguém dá nada a ninguém e paga sempre aquele que não pode fugir.
O mais pequeno paga para aquele que esbanjou, ou pôs o dinheiro noutro país. Haja justiça.
Um abraço amigo.[/s2If]
EDITORIAL Nº 633 – 15/02/2014
Caro leitor,
Com os governantes que temos tido, Portugal caiu no abismo e agora paga o justo pelo pecador. Sim, porque os pecadores fogem.
Marcelo Rebelo de Sousa ressentiu-se e veio à praça pública dizê-lo: “Fui excluído por Passos Coelho de ser candidato presidencial e fui tratado de cata-vento”.
Cata-ventos têm sido quase todos os governantes que temos tido até hoje, excepto um: Ramalho Eanes. Homem de uma palavra só, que abdicou de receber um milhão de euros de retroativos. Este sim, merece um dia lugar no Panteão Nacional.
Não só governou Portugal, mas foi presidente de todos os Portugueses. Foi com este espírito que governou. Ainda hoje, a sua família e ele trabalham para subsistir, de resto, todos podem ir de férias.
Portugal tem tido falta de líderes. Uns não querem liderar, outros são vetados pelos partidos e outros ainda são os primeiros a abandonar o barco quando vêem ondas.
Marcelo Rebelo de Sousa, que se tem exposto publicamente, conhecemos como um homem inteligente, sério, com rigor e boa pessoa. Será para muitos o melhor candidato de direita.
Gostaria de ver também António Vitorino ou Carlos Carvalhas a representar a esquerda, pelas suas competências e pelo que o povo expressa nas sondagens. E o povo é quem devia mandar. E manda, mas só naqueles que terceiros nos impingem, daí a abstenção. E assim vai o país.
Durão Barroso e António Guterres presidenciáveis? Não podem sê-lo. Estes saltam do barco ao primeiro acontecimento, como já o fizeram no passado e nós, portugueses, não temos a memória curta como eles pensam.
Não queremos nenhum Dux à espera de ser acusado e julgado. Este pode vir a ser responsável por seis pessoas que morreram no Meco, mas os maus governantes já destruíram milhares e milhares de famílias com as suas politiquices.
Que foi feito dos milhões e milhões que vieram da União Europeia? Onde estão? Tivessem sido bem aplicados, no desenvolvimento de Portugal: no turismo, na indústria, na agricultura e nas pescas. E se houvesse justiça?
Com justiça, Portugal seria um país de oportunidades e não haveria crise. E se os milhões voltassem para Portugal?! É triste, vivermos com este sentimento. O sentimento de incompetência de oportunistas. Isto porque todos nós, a bom gosto, trabalhamos todos os dias da nossa vida para construir e deixar um mundo melhor aos nossos vindouros mais próspero, mais fraterno, mais justo, mais digno e parece sempre que não conseguimos. Não nos deixam.
Um abraço amigo.
Por motivo informático o editorial da última edição não saiu concluído, desde já as minhas sinceras desculpas ao leitor. A conclusão era pois: “Foi lindo. Estas, também sabem quem lhes faz bem.”
EDITORIAL Nº 632 DE 1/02/2014
Caro leitor,
Como todos nós sabemos é da terra que tudo nasce, cresce, floresce, se alimenta, morre e volta à terra.
Até as abelhas necessitam que assim seja, para se poderem reproduzir, alimentar e nos proporcionarem o saboroso mel, sem o qual muitos de nós não passamos nas nossas vidas.
Uma colmeia é como um exército onde existem regras e todas cumprem bem a sua missão. Lá dentro é um autêntico hotel de luxo com ar condicionado marca abelha. Qualquer lixo que o homem possa deixar lá dentro, durante a manutenção elas tiram e põem à porta.
Quando o enxame sai e vai à procura de nova casa, se esta não servir não chega a entrar e procura nem que seja o tronco de uma árvore furada e ali se instala com as condições que elas próprias criam.
Ainda eu era pequeno, e sem os conhecimentos que existem hoje, perguntei ao meu pai qual era o mês do enxame sair e ele disse: “o de abril mete-o no cúbil, o de maio agarrai-o, o de junho deixai-o”. Este último já era fraco. Hoje em dia tira-se a abelha mestra do enxame mais fraco, coloca-se a colmeia em cima de outra colmeia fraca com um jornal furado a separá-las, enquanto o roem e limpam a colmeia. Assim se juntam as abelhas e se forma uma nova colmeia que fica tão forte como as outras para produzir o rico mel.
Estes exércitos, para além do mel, são a manutenção da humanidade com a transmissão da polinização na maior parte da arborização. Já dizia Einstein: “se as abelhas se extinguirem quatro anos depois não existe Humanidade”. Daí a importância das abelhas e dos apicultores. É de louvar quem se dedica a esta bonita profissão, embora não parecendo, têm muito que saber.
Diria mesmo que deviam ter apoio de especialistas competentes, financiados pelo estado, uma vez que se trata da sobrevivência da humanidade, até porque estragam tantos recursos em coisas mais insignificantes. Particularmente agora, com ajuda direcionada ao combate da vespa asiática.
Esta praga que agora veio assolar os apicultores e as abelhas é a vespa asiática. Esta espera à porta da colmeia, corta-lhes a cabeça, transporta-as para os seus ninhos em cima das árvores e come-as. E as nossas abelhas ou vão morrendo assim ou morrem de fome com receio de sair da colmeia. É esta a peste da época.
Uma coisa linda que aprendi na visita ao laboratório do Sr. Celestino, foi que as suas abelhas são amigas; não ferram os amigos. Pois abriu uma das colmeias para vermos a abelha mestra - que vi plenamente - e passeou junto de nós com o favo na mão. Não tínhamos proteção alguma e nenhuma nos ferrou. Foi lindo. Estas, também sabem quem lhes faz bem.
Aniversário
Caros leitores
O Renascimento celebra o seu 87º aniversário e ao longo do seu tempo de vida muito se escreveu sobre a história de Mangualde e dos Mangualdenses. Uma história que não se apaga. Além da história a sua missão principal é levar notícias até aos quatro cantos do mundo. Foi assim, e continuará a ser. Como é o dever de um órgão de comunicação regional.
Saiu para as bancas em 20 de janeiro de 1927, sendo o sr. Dr. José Henriques Pereira Júnior seu fundador. Homem corajoso e com visão estratégica, tendo mesmo passado pela censura daqueles tempos.
Deste jornal já fizeram parte pessoas e pessoas ilustres do nosso concelho e não só.
Grandes homens já fizeram o jornal mas o jornal também já fez grandes homens. Alguns mesmo, estiveram mais tarde à frente dos destinos dos Mangualdenses.
Durante os anos, muitos já foram os que agoiraram a sua morte, mas esta não aconteceu e o jornal foi inclusivé reanimado com novos formatos: um design modermo e acesso online às notícias em www.jornalrenascimento.pt
O jornal é uma vida que passa por altos e baixos. Não são só rosas. A última vez que esteve para morrer foi como todos se lembram em junho de 2012 e não fosse eu a assumir responsabilidades, teria mesmo acabado. Aqui estou eu a tratar este seu jornal com amor e carinho para que ele continue a chegar a sua casa com as melhores notícias e qualidade.
Agora vamos olhando em frente, para mais e melhores anos de Renascimento. Continuaremos sempre a celebrar os marcos que vamos conquistando e trabalhamos diáriamente para que um deles seja o centenário.
Quero agradecer a todos os assinantes, anunciantes, leitores e colaboradores. O meu bem haja pela preferência deste seu jornal Renascimento.
Um abraço amigo[/s2If]
EDITORIAL Nº 630 – 1/1/2014
Caros leitores
O Homem é o maior agente modelador da natureza, desta forma é também o maior responsável para o bem e para o mal deste nosso Mundo onde vivemos.
O Homem muda biliões de toneladas a largos milhares de quilómetros. É uma luta constante. É quase como a formiga, não pára. Feitas as contas, será que a balança permanece certa? Eu digo que sim.
O Homem gasta milhões, cansa-se até morrer e o mar nas suas calmas, com ventos e marés repara as alterações que o homem faz.
Há milhões de anos já alguém sabia que hoje era assim e para além do ambiente, dos transportes que nos oferece, e a riqueza que nos dá, o mar é o fiel da balança. Gosto deste conceito.
Quero neste momento e desde já agradecer a todos os leitores assinantes, colaboradores e amigos, todo o seu contributo para com este seu jornal.
Não é fácil assumir a direção depois de tantos outros que já por cá passaram com excelente contributo sempre para o mesmo fim e em prol do leitor. Permitam-me, sem desprimor para os outros, que eu lembre aqui um deles Sr. Nelson Veiga, que ao longo de mais de uma década se privou de levar uma vida regalada sem responsabilidades e que tudo deu para o bem servir a troco de nada. Para ele lhe envio daqui um abraço amigo.
E quanto a nós, senhor leitor, cá estaremos na próxima edição.
Feliz 2014.[/s2If]
EDITORIAL Nº 629 – 15/12/2013
Caros leitores,
Este será o meu ultimo contributo para o Renascimento enquanto Directora do mesmo. Como outros jovens da minha geração, decidi emigrar. Por agora. Tornar-se assinante para continuar a ler...
Editorial nº 628 – 1/12/2013
Caros leitores,
Ás pessoas que se metem na vida alheia chamamos de cuscas, metediças ou desocupadas. Não toleramos com simpatia comentários ou conselhos de gente que pouco noz diz, quer se trate de crítica cerrada ou ajuda honesta. Tornar-se assinante para continuar a ler...
EDITORIAL Nº 627 – 15/11/2013
Caros leitores,
Desde que me conheço que sou fã de números. Fico encantada com a expressão linear de lógica, com a desmitificação fácil de coisas abstractas e complexas, com a tradução de outras coisas imcompreensíveis, mas, principalmente, com o conforto da simplicidade e uniformidade de regras numéricas que, contas feitas, asseguram um mesmo resultado, em muito se assemelhando à verdade, à expressão verídica da realidade. Não fosse esta a linguagem universal por excelência.Tornar-se assinante para continuar a ler...
EDITORIAL Nº 626 – 1/11/2013
Caros leitores,
Muitas vezes ignoramos a sequência dos acontecimentos e prendemo-nos no enredo, de tal forma, que só o presente nos indigna. No entanto, esquecemo-nos, convenientemente, do passado e das ramificações que causou neste presente.Tornar-se assinante para continuar a ler...