Arquivo mensal: Outubro 2023

EDITORIAL Nº 853 – 15/10/2023

Caro leitor
A vida é o intervalo entre o nascimento e a morte. Com vergonha ou sem vergonha, é neste intervalo, a vida, que cada um de nós a gasta da forma e maneira que entende ou pode, com os dons que Deus lhe deu a renderem 100% ou 1000%.
Neste intervalo de vida, todo o ser humano gosta e quer ser feliz, mas, ser feliz é um estado de alma, ou seja, cada um é feliz à sua maneira. Sempre ouvi dizer a meus pais, “não há mal que dure sempre e bem que nunca acabe”. A felicidade tem altos e baixos e, eu sou feliz assim. Só dá felicidade a outros quem a tem primeiro e só, assim como eu. Sempre fui feliz, sou feliz e serei feliz.
Um dia vamos morrer, mas enquanto esse dia não chega, vamos viver os outros intensamente e com bons pensamentos e, por assim fazer, cheguei a ser acusado de ter ambição desmedida. Ninguém sacia a fome a ver os outros ou a lamber o pão. É preciso ir… fazer e fazer acontecer, e eu nunca quis baixar a guarda. É importante fazer render a 1000%.
No Apocalipse, capítulo 15 e 16 diz: “Deus vomitará os mornos”. A vida é muito curta para não ser vivida com intensidade, mas atenção, de nada vale ao ser humano ganhar o mundo e perder a alma. A alma, está primeiro, nunca perca a sua dignidade, as suas convicções e, naquilo que faz, coloque sempre a sua alma.
Em 2012 numa maratona, prova do Rei em Espanha, um corredor ucraniano estava a dois metros da meta. O público chegou ao pé dele para tirar fotos, chega um corredor espanhol de 22 anos de idade que gritou para que ele atravessasse e a meta, o ucraniano não entendeu o espanhol e este empurrou-o para a meta. O espanhol mostrou-se um ser humano com princípios. De seguida, os média confrontaram-no, porque não quis ser o número um, o campeão e, ele respondeu-lhes “se eu o fizesse que mérito tinha a minha vitória? Com que cara eu ia contar à minha mãe, como tinha sido esta vitória?”
Immanuel Kant um grande pensador alemão disse “tudo o que você não poder contar como fez, não o faça”. Ele falava na falta de vergonha. A vergonha ou não, é uma escolha. Mentiroso ou não é uma escolha. Quando se diz, “a ocasião faz a mulher… ou o homem…” não é verdade. Os fatos são sempre interiores é o modo de vida que cada um escolhe. A vida é muito curta, não precisa fazê-la pequena com coisas fúteis. Faça com que aconteça. Faça chegar a hora, não espere por ela. Quem sabe, faz por acontecer, sejamos sempre verdadeiros, diga não à mentira e, assim, se morre novo num corpo velho.
Abraço amigo

SAIBA COMO…

Vou vender um bem que herdei dos meus pais, o meu cônjuge tem de assinar?
É muito frequente, em alienações de imóveis, nomeadamente propriedades provindas de heranças, supor-se que a presença do cônjuge é dispensada, pois o bem alienado adveio do património dos pais ou avós, porém, são escassas as situações em que esta não é exigida.
Vejamos…
Como já referido em edições passadas, no ordenamento jurídico português, existem três regimes de bens, são eles:

  • O regime da comunhão de adquiridos: em que os bens próprios são todos aqueles que foram adquiridos antes do casamento ou ainda que adquiridos depois do casamento, vieram à posse do titular por doação ou sucessão e, ainda, os bens adquiridos por usucapião, cuja usucapião foi fundada em posse que teve início antes do casamento;
  • O regime da comunhão geral de bens: São bens comuns todos os bens adquiridos antes ou depois do casamento, salvo determinadas exceções contempladas na lei;
  • O regime da separação de bens: São bens próprios tanto os adquiridos antes como depois do casamento, salvo determinados casos;
    Ora, o regime da comunhão geral de bens vigorou como regime supletivo, isto é, sem a outorga de qualquer escritura previamente ao ato, em casamentos celebrados até 1 de junho de 1967, o casamento considerava-se celebrado neste regime. A partir dessa data, o regime supletivo passou a ser a comunhão de adquiridos.
    Todavia, há situações em que, pese embora o casamento seja celebrado depois da mencionada data, se considera celebrado na separação de bens e não na comunhão de adquiridos, é o caso do matrimônio concebido, em que um dos esposados tem mais de sessenta anos de idade.
    O facto de o regime supletivo em vigor, na presente data, ser o regime da comunhão de adquiridos, não invalida que os noivos possam proceder a uma convenção antinupcial, para que acordem outro regime de bens, exceto na situação referida anteriormente pois em circunstâncias de haver filhos de relações anteriores ao casamento é proibida a escolha do regime da comunhão geral de bens.
    Dispõe a lei que carece do consentimento de ambos os cônjuges, exceto se o regime de casamento for a separação de bens, na venda, arrendamento ou constituição de direito pessoais de gozo sobre imóveis, próprios ou comuns.
    Ainda que vigore o regime da separação de bens, carece também do consentimento de ambos os cônjuges, a venda, arrendamento ou qualquer outro direito de gozo sobre a casa de morada de família.
    Caso o cônjuge não possa por algum motivo estar presente, esta ausência pode ser suprida com Consentimento Conjugal ou Procuração, cujos documentos terão de ser elaborados por profissionais habilitados, como é o caso do Solicitador.
    Não deixe o seu direito em mãos alheias, recorra a um Solicitador.

IMAGINANDO

PARTE 134
Descobrindo o Mistério da Unidade, o Mistério de Deus   

Os pensamentos assemelham-se ao vento: não podemos vê-los nem tocar-lhes, mas podemos sempre observar os resultados da sua presença 
– Wayne Dyer.

Regressemos a uma Lei bastante interessante, e que diariamente vai despertando a mente consciente de cada um. A Lei da Atração.
No seu livro de provérbios, o Rei Salomão, tem a seguinte frase: (provérbios 23:7)
“Como ele pensa dentro de si, assim ele é”
No entanto para que a vibração se manifeste numa frequência elevada e para entrar num processo de purificação de quem “nós somos”, precisamos nos compreendermos como manifestação do UM, para que a força da atração reflita através do pensamento que queremos espelhar, a realidade a viver pelo contacto com o nosso verdadeiro EU, que está além do que possamos imaginar, porque nos transcende.
Ao manifestarmos o nosso verdadeiro EU, o ATMA  (Alma), somos compelidos por elevados pensamentos, que nos dão a conhecer o Mistério da Unidade, que é o Mistério de Deus. Pela força desses pensamentos, começamos a descobrir todas as coisas, tomando consciência que o verdadeiro segredo não está fora, mas sim dentro:.
É esse é o maior segredo que atraímos

Quem nós Somos.
·       Eu sou você e você sou eu.
·       O que você faz aos outros, você faz a você.
·       Como você ajuda os outros, é como você se ajuda.
·       Quando você ajuda os outros, é quando você se ajuda.
·       Nós estamos todos conectados.
·       Todos somos o Todo. 

É uma caminhada profunda.
O homem descobre que é um Microcosmo, reflexo do Macrocosmo. Toma noção da existência de um EU REAL, um EU VERDADEIRO.

Nesta fase entende o Amor verdadeiro e como tal, presta-se à generosidade pela intuição. Tudo que está fora, e não seja do seu gosto, é automaticamente transmutado, porque sabe que é o seu reflexo se projetando para o exterior.
Mais uma experiência humana pelo Ser Multidimensional, aproveitada pela Mente Cósmica.

TEMPO SECO

Negligência à portuguesa
Infelizmente e para nossa desgraça, a inteligência é um modus operandi complexo demais, para que a grande maioria dos portugueses, mostre algum interesse por essa capacidade intelectual: de ir mais longe com mente do que com a força. A influência dessa capacidade, não é compatível com a presunção, sem limites, que tanto nos carateriza: somos os melhores em tudo, quando somos os melhores, em nada! Neste nosso destino, traçado às avessas, e ensimesmados em nós próprios, não avaliamos o mal, que consciente ou inconscientemente causamos aos demais.
Assim, acontece com o negligente trato a que votamos a solicitações prioritárias, que o planeta de todos reclama. O nosso futuro, o futuro da nossa descendência, o futuro da humanidade, estão em causa, quando, por bem ou por mal, provocamos a finita resistência do planeta em que habitamos, por necessidade ou por mero lazer e ostentação.
Que conservemos as ações, a que a necessidade nos obriga, ainda se tolera. Que permitamos ou pratiquemos as supérfluas não é, de todo, admissível.
Refiro-me: aos cortejos de motas e carros velhos, que sem qualquer utilidade razoável e altamente poluidores, se vão permitindo no nosso país. De quando em quando, assistimos a esses desfiles insensatos que, às vezes, com quilómetros de extensão, e abusivamente ocupando as duas faixas de rodagem da via pública, provocam um ruído ensurdecedor, e uma nuvem azul escura, que deixa no ar um cheiro asfixiante, de óleos de motor e combustíveis mal queimados.
Será, que os “ilustres” participantes desses irresponsáveis eventos, ainda desconhecem: que quando os combustíveis fósseis são queimados, libertam dióxido de carbono (CO2) e outros gases com efeito de estufa (GEE), que retêm o calor na nossa atmosfera, sendo os principais responsáveis pelo aquecimento global e pelas alterações climáticas?! Não saberão: que a combustão incompleta dos combustíveis fósseis liberta o monóxido de carbono, um gás extremamente venenoso, que não deve ser lançado na atmosfera? Assim, tem sido com o uso e abuso, do carvão e de todos os derivados do petróleo, que possuindo um elevado teor de impurezas, são libertadas na sua queima, e poluem o ar que respiramos. Esta descontrolada ocorrência, aliada à liquidação drástica das áreas verdes do planeta, verificada nas últimas décadas, provoca a combinação fatal da diminuição da fixação do dióxido de carbono, que se vai acumulando na atmosfera.
Acho, que esses eventos serão licenciados, por qualquer entidade responsável e com técnicos conhecedores, desses impedimentos. Assim sendo: porque são ainda permitidos? Ainda é cedo, para começarmos a erradicar o que não faz falta nenhuma e condiciona o futuro de todos?
Já na década de oitenta, do século passado, ainda em Portugal, não se falava em aquecimento global, e na Suiça: nos cruzamentos das vias rodoviárias, de trânsito mais intenso, existia a obrigatoriedade de parar o motor, a partir do veiculo número quatro, da fila em que estava inserido, com a finalidade de reduzir as emissões de dióxido de carbono. E nós, quarenta anos depois, ainda não sabemos por onde devemos começar, para lhe seguirmos o exemplo?!
O português é assim: nasce sem nada saber e morre sem nada aprender.

CONSULTÓRIO

DISBIOSE INTESTINAL – O QUE É? – PARTE I
A disbiose intestinal é um desequilíbrio da microbiota intestinal, o que pode causar inflamação e levar à diminuição da capacidade do intestino em absorver os nutrientes, podendo resultar em deficiências nutricionais.
Tal como a impressão digital, o conjunto de micróbios que habitam no nosso intestino - a que se dá o nome de microbiota intestinal - é único em cada um de nós e desempenha funções tão importantes no organismo que há até especialistas que o consideram um “órgão”. E consiste numa grande variedade de bactérias, vírus, fungos e outros microrganismos unicelulares que habitam no nosso organismo. O intestino é considerado um dos habitats de micróbios mais populosos do mundo. O microbioma, por outro lado, é o nome dado a todos os genes que vivem dentro destes microrganismos.
Causas da Disbiose - a principal causa da disbiose é a alimentação rica em proteína, gordura ou baixa em fibras, mas pode também ser consequência do uso de alguns medicamentos ou stress.
Em alguns casos, a alteração da flora intestinal pode causar sintomas passageiros como náuseas, gases, vómitos, azia, diarreia ou prisão de ventre e, quando ocorre por muito tempo e não é tratada, pode piorar e aumentar o risco da pessoa desenvolver intolerância à lactose, doença celíaca ou síndrome do intestino irritável.
Na maioria dos casos a disbiose é passageira e a melhoria dos sintomas pode ser alcançada através de mudanças do estilo de vida, com uma dieta equilibrada ou com o uso de suplementos probióticos, de acordo com a orientação do gastroenterologista ou nutricionista.
Os principais sintomas da disbiose intestinal são:
Náuseas;
Vómitos;
Gases;
Arrotos;
Distensão abdominal;
Períodos alternados entre diarreia e prisão de ventre;
Fezes malformadas;
Cansaço;
Dor de cabeça;
Candidíase de repetição.
Quando a disbiose se prolonga no tempo, pode haver maior risco de a pessoa desenvolver doenças mais graves como intolerância à lactose, doença celíaca, síndrome do intestino irritável, doenças do coração, Alzheimer, cancro no recto, ou doenças do sistema imunológico como artrite, lúpus ou diabetes tipo 2.
Em caso de suspeita de disbiose, é importante marcar uma consulta com um gastroenterologista para que seja feita uma avaliação dos sintomas, do histórico de saúde e, se necessário, exames para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento mais adequado. 
Diagnóstico - Para se chegar ao diagnó́stico da disbiose, o médico deve realizar uma avaliação dos sinais e sintomas, história clínica e exame físico. E para o confirmar, o médico tem de recorrer a exames mais específicos.
(Fim da parte I)

lendas, historietas e vivências

Tão longe no Tempo tão perto na Memória

À volta da Estação as aventuras diárias só eram interrompidas pelos horários escolares. Aqui não havia desculpas de que o leite da quinta da calçada tinha demorado a chegar a casa para o pequeno - almoço…E porque é de memórias que tenho ocupado o meu tempo de escrita, a meninice foi um tal acumular de acontecimentos que agora seria não mais acabar…
Enquanto pela Europa a vida era um pânico em crescendo na destruição de vidas, bens e História. Por cá havia algum sossego só interrompido pelo que se ouvia na telefonia do Pai, única por aqui, alimentada a bateria de automóvel, já que, a esse tempo, ainda não havia luz eléctrica. À noite era uma escuridão. Valiam os candeeiros e lanternas a petróleo, os gasómetros a carboneto, as candeias e lamparinas a azeite. Uma iluminação que se tornava demasiado cara para quem precisava de umas gotas de azeite para comer as batatas e untar o pão. Ai meninos, meninas e cidadãos no seu todo, que o mundo não venha a dar uma volta completa ao contrário…porque voltas em meridianos tem havido muitas pela ganância e loucura de uns tantos que se julgam o poder e a sabedoria universais. Foi por estas que nas décadas de 30 e 40 tantos países ficaram arrasados e tantas vidas se perderam…Cá pelo País a força das bombas não se fez sentir nem a maioria da população fazia ideia da destruição que elas trariam. E embora a ditadura não permitisse à vontades, ao tempo, valeu à população os acordos que o governo fez com outros da Europa e nos permitiram não sentir os efeitos das bombas e descargas de canhões. Não houve o correr de sangue, em contrapartida, embora sendo um País pobre, tivemos de disponibilizar muitos bens alimentares e não só -cereais, leguminosas, azeite, açúcar. minerais, resina, madeiras e muitos outros. Nas imediações das Estações onde parassem comboios havia um acumular de rolos de madeira, bens alguns encaixotados, outros em barricas, que eram carregados em vagões a caminho de determinados países (aliados) da Europa. Era este o preço da nossa Paz e também o meio de transporte mais prático e de certo modo apagado das vistas de possíveis espias aéreos. Tudo tinha de ser acautelado. E era esta a razão porque da nossa janela, já muito de noite, íamos ver o longo comboio a deitar fumo (máquinas a lenha e carvão) num esforço tremendo e que não parava porque atras ia a outra máquina a empurra-lo. Assim seguia para a fronteira de Vilar Formoso. Foram muitos os comboios que nos acordaram até à Paz, em 1945. Não apitavam, logicamente, mas o barulho das máquinas a vapor (chf… chf… chf…) era suficiente.

Ouvidos de tísico? Mais ouvidos de mercador…


É cada vez mais notório a surdez coletiva perante a poluição sonora constante. Já nem reparamos o aumento de volume da colocação de voz ao dirigirmos a terceiros; ao ruído das cidades que assola o tímpano desencadeando o infeliz zumbido. Toda esta exposição sonora acarreta uma adaptação da sensibilidade auditiva, traduzindo-se numa redução da função auditiva (hipoacusia).
Nostalgicamente, recordo os relatos de futebol ouvidos pela rádio; as cantigas cantadas nas colheitas; a moça que cantava enquanto trabalhava num corredor que potenciava a sua voz… De fato, tudo isto era apreciado devido à escassez de ter um aparelho que nos fornecia sons. Hoje a rádio é tão negligenciada, mas foi companhia diária para afastar a solidão. Quando a tuberculose era uma doença difícil de controlar, quem padecia era obrigado a isolar para prevenir o contágio até contornar a maleita. E esse processo aprimorava os ouvidos devido ao silêncio persistente de estar em isolamento. Também denominar uma pessoa de “tísica”, é uma forma pejorativa de julgar a sua compleição física, extremamente magra. Tal fato era devido à dificuldade que existia em deglutir com a tremenda falta de ar, que demovia o paciente em ter um apetite saudável para combater a doença.
Já ouvidos de mercador, são típicos dos dias atuais! “Eles falam, falam, mas não dizem nada de jeito!” é uma forma simplista de aludir ao enfado da frustração e da desilusão dos assuntos diários. No entanto isto sujeita a perda de informação viável dentro da inutilidade das novidades cor-de-rosa. A confiança é um valor quase colocado em vias de extinção, e escutar é um conceito pouco edificado dentro do meio familiar e escolar. Copiar, imitar, reproduzir é estimulado para evitar a perda do status quo. Porque… Deus, nos livre do pensamento crítico! O que outrora era exorcizado com benzeduras e cruxifixos, hoje é demovido com estudos científicos financiados pela indústria farmacêutica. Até a própria ciência surgiu do pensamento livre, e escarnecia o agrilhoamento das ideias, que promovem a dormência do conhecimento!
Assim, para evitar os problemas auditivos, proteja-os do frio característico do Inverno que tantas otites desenvolve e não utilize os cotonetes para a limpeza do canal auditivo externo. Por vezes desvalorizamos os sintomas dos ouvidos, mas as complicações podem ser severas. Informe-se com um farmacêutico ou profissional de saúde e solucione quais as palavras que ainda deseja ouvir para melhor escutar!