Arquivo mensal: Janeiro 2021

EDITORIAL Nº 791 – 15/01/2021

Por esse mundo fora, o futuro começa agora.
O que podemos esperar de 2021 ?
Em Portugal até 2019, O Turismo foi a principal actividade impulsionadora do crescimento económico, quer na criação de valor, quer de emprego.
A pandemia veio condicionar quase por completo a liberdade de circulação. Esfumou-se num ápice a confiança na mobilidade. Aviões em terra, turistas em casa.
Tudo isto com grande incidência na economia e no social. Sem clientes não há actividade.
E iniciamos 2021 em clima de grande incerteza. Tudo o que se disser sobre datas de recuperação, é falível. Ninguém tem o dom de advinhar o futuro.
No entanto, alguns Organismos lançam datas:
A IATA (Aviação) fala em 2024. A OMT (Organização Mundial de Turismo) aponta 2023. O Banco de Portugal é mais benévolo e diz 2022.
O Transporte Aéreo é importantíssimo para o Turismo, pois 90% dos turistas deslocam-se de avião. E aqui se insere a TAP, já que 45% dos que chegam a Portugal,vêm pela TAP.
O Turismo perdeu em 2020, 14,1 mil milhões de hóspedes. E as receitas tiveram uma quebra de 66%, menos 2,2 mil milhões em relação a igual período de 2019. Mais de 32,1% dos estabelecimentos estiveram encerrados.
O turismo interno é insuficiente para aguentar a oferta turística nacional. Representa cerca de 1/3 do total, que em 2019 atingiu mais de 27 milhões de hóspedes. Quase três vezes a população portuguesa.
Anima-nos, porém a nossa vontade de viver! E nas incertezas vamos procurar as certezas, nos medos e na insegurança, a força.
Mesmo nos infortúnios o Homem nunca deixa de sonhar!
Para aliviar um pouco as preocupações já chegaram as vacinas. Mas ainda é cedo para causarem efeito.
Assim, restam os cuidados e a paciência até tudo melhorar.
As empresas procuram sobreviver e salvar os empregos, para que estejam aptos a fazer a retoma, quando a pandemia passar.
É de realçar que algumas empresas rápidamente se mobilizaram para produzir, produtos necessários e de difícil importação, embora não fosse o seu habitual. Por exemplo, produtos sanitários.
Porém, os serviços foram os mais afectados – comércio, turismo, eventos, e muitos mais.
É importante preservar as empresas, pois sem elas não há empregos. E sem receitas não há ordenados, prestações sociais.
Por mera curiosidade, no Natal em que é rei o bacalhau, segundo as estatísticas também teve substancial quebra nas vendas. Muito devido ao fecho da Restauração, Sector que ficou no centro da tempestade.
A Câmara Municipal de Mangualde que publicou no Renascimento de 1 de Janeiro o seu Orçamento, está muito atenta ao Concelho. Vai apostar forte num Parque Industrial, captar empresas, para criar postos de trabalho e riqueza para a Região e o País.
Tenhamos esperança. Como diz o Povo que é sábio, a Esperança é a última a morrer.

NÃO HÁ NADA DE NOVO


O Eclesiastes, afirmou: “Não há nada de novo debaixo do Sol” – Ec1,9
Tudo se repete: a moda é disso exemplo. A própria História, confirma: tudo roda, como alcatruzes de nora.
O homem do século XXI, convenceu-se que não havia mal capaz de o atingir.
A ciência, encontrava-se de tal forma adiantada, que rapidamente se conseguia debelar qualquer calamidade. Puro engano…
Bastou um chinês, comprar no mercado um morcego vivo, e confecionar, com ele, iguaria – versão oficial, – para espalhar a peste, por todo o mundo.
Os mais competentes investigadores, os médicos mais experientes, os cientistas mais reputados, não foram capazes de dissipar o malefício do vírus, que nem vida tem, e se destrói com simples água e sabão! …
Na antiguidade houve, também, terríveis pestes, que vitimaram milhões de homens.
Uma, foi a que chegou a Lisboa, em 1568, vindo de Veneza. Rapidamente se alastrou, de tal modo, que muitos fugiram apavorados, para a província.
Conta Frei Luís de Sousa, que andava o bom Arcebispo de Braga a percorrer terras de Ponte do Lima, quando soube, que mulher se refugiara ali, vindo da cidade; mas já levava o mal.
Era cristã e queria confessar-se, mas não havia sacerdote, que a quisesse ouvir…
Soube o Arcebispo, pediu aos capelães, que iam na comitiva para a ouvir, mas estes recearam. Então, disse Frei Bartolomeu dos Mártires:

  • Sou seu pastor, não há quem vá e eu sou obrigado a ir. Não posso deixar de ir, nem deixarei de ir. - “Vida de Dom Frei Bartolomeu dos Mártires, Vol. II, Edição Sá da Costa – 1946.
    No século transato, a humanidade foi desbastada pela pneumónica, que ceifou meu avô, poucos anos depois de ter casado.
    O conhecidíssimo historiador, Fidelino Figueiredo, in: “ A Luta Pela Expressão” – 1º Cap., Lisboa 1960, assevera: “ No mundo moderno há nações a percorrer velhos caminhos abandonados há muito: despotismos ilustrados, ao século XVIII; intolerâncias religiosas, antissemitismos, demagogia negra, unificações espirituais à século XVI; economia estatista e corporações de mesteirais à século XII; invasões, crimes à solta, barbarização, à século V. “
    Tudo isso, porque nada de novo há debaixo do Sol; e porque o homem ainda não compreendeu a doutrina de Cristo. O seu coração, continua endurecido…
    A ciência avança…mas o homem é sempre o mesmo…
    “O que foi, isso é o que há-de ser; e o que fez, isso se tornará a fazer: de novo que nada há novo debaixo do Sol” – Qohelet

REFLEXÕES

PATRIMÓNIO CULTURAL (15)
CITÂNIA DA RAPOSEIRA
Todo o trabalho de escavações neste sítio específico proporcionou um conhecimento bastante correcto do que foi a ocupação romana no território. Também já referi anteriormente que este estudo foi desenvolvido por cerca de onze anos de 1986 a 1997 em cada mês de Agosto. Quando consideramos que estava terminada a descoberta da totalidade das estruturas que se encontravam para nordeste do caminho rural ficamos em mãos com uma situação que nos trazia intrigados. Naquele complexo intrincado de restos de muros e alicerces, ficaram também conhecidas diversas condutas construídas em pedra tornando-se clara a sua finalidade. Umas de condução ou aproveitamento de águas que mostravam o leito revestido com pedaços de pedra. Outras de descargas de esgotos com chão em terra já que ajudava ao escoamento através da infiltração nos solos. Ora naquela complexa rede de condutas ficou definida uma, a que chamámos GRANDE CONDUTA, que tinha o seu início no lado nordeste do complexo, mais concretamente apontando na direcção do escadório da Senhora do Castelo e atravessava todo o complexo construído. Questionando alguns proprietários de terrenos e pinhais viemos a saber que por aquele lugar teria existido uma “poça de água” muito antiga e que já se encontraria aterrada há muito tempo. Esta informação, embora vaga, sugeriu-nos uma pista possível para a existência daquela grande conduta. Considerando que o topo era fechado por uma laje colocada na vertical a qual apresentava um desgaste em meia cana, que nos levou a interpretar como vão de assentamento de uma canada ou tubo largo o qual traria a água dessa espécie de nascente. Isto sugeria que aquela grande conduta seria de abastecimento de água à casa e talvez para outras instalações ou para hortas que se situariam mais para sul. Perante estas evidências era necessário conhecer todo o seu percurso. Eventualmente poderia terminar num depósito, ou algo que possibilitaria a sua distribuição por diversas áreas. Mas escavando até ao caminho rural concluímos que a mesma continuaria por baixo do mesmo.
Era um outro problema. Teríamos de fazer sondagens num terreno de novo proprietário com o qual não havia qualquer contrato ou acordo nem se podia adivinhar qual a receptividade. Era mais um impasse que teria de se ultrapassar. Para facilitarem negociações pedimos a intervenção da Autarquia. Depois de algumas dificuldades foi-nos permitido fazer pesquisas junto ao muro numa extensão reduzida mas suficiente. Assim programámos a acção absolutamente convencidos que ali iriamos ter a resposta para a utilidade daquela conduta. Iniciamos os trabalhos mas tivemos uma grande surpresa que será descrita no próximo número. A partir daqui as incógnitas iam-se acumulando. Em trabalhos desta índole muitas vezes tem de se trabalhar sobre o abstrato, sobre o nada, por isso se tornam tão aliciantes. Iremos continuar…. para quem gostar destas estórias reais assentes sobre a história.

Janeiro 2021

IMAGINANDO

Parte 87
NÓS SOMOS NÓS PRÓPRIOS ?- Parte 3
Tudo o que existe é mental. Nós somos uma projeção da Mente Cósmica. É a primeira Lei Universal. Quando pensamos, iniciamos uma realidade virtual e que é unicamente nossa, criamos imagens mentais por isso atraímos tudo o que pensamos, e tudo o Universo dá a nosso pedido. Conforme pensamos, assim criamos e vamos buscar o fruto desse pensamento. Para possuirmos esse poder , não nos devemos esquecer que há uma consciência Não Local, que só atua quando nosso Ego se permite a tal. Enquanto não tem permissão para “entrar”, Ela (Consciência) percorre todo o Universo cerebral à volta dos nossos neurónios esperando pacientemente para ajudar.
Temos neste Campo eletromagnético, uma onda funcionando 5% elétrico no cérebro e 95% magnético no coração. A Onda que interfere neste campo é uma projeção da Grande Onda Cósmica. Quando os 5% do cérebro se sintonizam emocionalmente com os 95% do coração para determinada manifestação, há uma sintonia entre ambas as ondas e um sinal de alerta para o Universo. Aquela nossa pequenina Onda choca com a grande onda Universal. Nossa Consciência Não Local (Espirito) começa a receber a informação pelo inconsciente, e de imediato projeta sua ajuda para a concretização da manifestação pretendida. Como tudo é mental dá-se um colapso de função de onda de infinitas possibilidades porque, na mente cósmica todas as possibilidades já existem.
Como tudo o que existe vibra, se temos vibrações em frequências elevadas, a Mente Cósmica toma-as no seu Seio, se são densas, envia-as de volta considerando que ainda é uma experiência e há que aprimorar pela Lei da Causa e Efeito, até que tudo esteja no nível do Amor Incondicional. Não existe energia do bem e do mal. Apenas energia e ela é una, só que em frequências opostas.
É aí que devemos começar a despertar e pensar, que tudo o que existe na nossa realidade não vem de fora, mas sim de dentro.
Em vez de nos distrairmos dando alimento ao nosso Ego, pensemos em nós, naquilo que somos e permitamos que nosso Eu Superior dê a informação vinda da Mente Cósmica, para que sintamos a nossa Realidade na base do Amor incondicional e possamos viver o agora completamente acordados.
Nunca questione quem você é, porque tudo que acontece tem um propósito.
Se foi despedido do seu trabalho, é porque algo melhor lhe vai acontecer. Se o seu casamento acabou é porque uma situação mais importante vai surgir em sua vida. Confie em si, não procure o outro para as suas respostas. Faça pela sua Intuição. Intuição é você conversando com a Mente Cósmica. Quem melhor o (a) pode ajudar?
Não duvide de si, mantenha-se alerta. Viva cada dia como se fosse o último. Seja alegre, passeie pela natureza, ame tudo o que o (a) rodeia, porque em pouco tempo os resultados vão surgir. Não se preocupe com a parte financeira porque se confiar, nada lhe vai faltar. Lembre-se da Lei da atração. Se viver um estado emocional de plena alegria e abundância agradecendo como já acontecido sem prejuízo para seu irmão, você vai ser isso, porque foi você mesmo que criou essa realidade. Ela é toda sua.
Começa a apercerber-se quem você é.
Descobre que não é aquela máquina de fazer dinheiro ao serviço de uma Sociedade que nada tem a ver consigo vivendo uma vida de Maya, mas sim uma parte importante da Mente Cósmica em fase de aprimoramento e a preparar o retorno ao Lar Eterno a que sempre pertenceu.
Quando entra nesta vibração frequêncial, a do Amor Incondicional, tudo que desejar colapsa naquele momento. Já não dá importância a determinados objetos que antigamente almejava, só para ter. Também novos amigos se aproximam. A Outra Dimensão abre o seu Terceiro Olho, e pela compreensão para com o seu semelhante tudo está bem, porque” haja o que houver” nada o vai afetar.
Mais um passo para saber quem você é.
Continue caminhando. Ao entrar em contacto com a Natureza, da qual faz parte, começa a conhecer mais um pouco de si. Aquele chilrear do passarinho, a água que desliza pelo córrego, o abraçar uma árvore amiga, o encontrar uma alfacinha e pedir-lhe permissão para a retirar daquele lugar e se poder alimentar, aquela pedrinha maravilhosa que ao apertar na mão, humildemente lhe entrega parte da sua energia.
Compreende agora?
Tudo o que a Natureza lhe mostra, é você. Você é o amor nos reinos animal, vegetal e mineral. Não está ligado (a) a Eles. É parte deles. Todo o pensamento que lhes dirigir, está dirigindo a si próprio.
Somos regidos pelas Leis da Natureza e como tal, fazemos parte dela.
Enquanto seres encarnados, tivemos vários rostos relacionados com determinado tipo de experiência. É altura de tirar as máscaras e regressarmos ao rosto original. Deixarmos de viver a insensibilidade coletiva.
Mestre Gautama dizia: Somos todos budas, só que a diferença entre mim e vós, é que eu já descobri, enquanto vós ainda procurais a Iluminação.
Quando nossas compreensões entenderem que somos parte desta essência, então:
“NÓS SOMOS NÓS PRÓPRIOS” porque somos libertos.

SANFONINAS

A arte de bem escrever
Bem no sei, o título não prima pela originalidade, que já o senhor el-rei D. Duarte escreveu «A Arte de bem Cavalgar Toda a Sela», que teve como título inicial O Livro da Ensinança de Bem Cavalgar Toda Sela; o meu colega Cristóvão Pereira sabiamente dissertou sobre a ortografia de língua portuguesa, definindo-a como «a arte de bem escrever ao longo dos séculos» (Boletim de Estudos Clássicos, 55, 2011, p. 133-140»; e até a senhora D. Margaret Thatcher redigiu um livro sobre «A Arte de bem Governar» (não foi, decerto, por ele, que Donald Trump estudou…). E já que se fala em estudar, um dos meus livros de cabeceira data de 1943, está muito sublinhadinho desde a minha juventude, deve-se ao grande mestre Mário Gonçalves Viana e chama-se «A Arte de Estudar».
Tudo artes, portanto, que se aprendem com o estudo e a experiência. Para se escrever nos jornais, também é preciso arte, mormente porque o jornalista procura ser o mais aliciante possível.
Vem tudo isto a propósito de uns recortes que amigo meu me enviou, em ar de crítica ao pouco profissionalismo neles patente. É bem provável que já corram mundo, com milhares de visualizações. Achei-lhes piada, porque, no fundo, além da pressa em que se vive, esses títulos demonstram a enorme capacidade que o português tem de pôr em prática a máxima de que «a bom entendedor meia palava basta». Ora veja-se:
«Morreram 430 mortos nas estradas portuguesas» – título do Jornal de Notícias.
A 6 de Março de 2014, um diário anunciava: «Carro capota com 4 pessoas e uma mulher».
Numa das legendas da CMTV, sempre em directo e em primeiro: «Dois mortos em fuga». Esta, confesso, é um mimo, porque resume às mil maravilhas o que era preciso explicar, se não fôssemos todos inteligentes e não percebêssemos logo que houve um valdevinos que matou duas pessoas e se pôs em fuga. Para legenda televisiva, era complexo e o pessoal não tinha tempo para ler tudo!… Também a CMTV legendou doutra vez: «Acidente na A1 Três viaturas feridas». E pronto!

Eleições Presidenciais


Em tempo de campanha eleitoral para as Eleições Presidenciais, declaro desde já que não vi os debates televisivos, mas pelo que vejo e leio nos jornais, também não perdi nada. Entre acusações, insultos e comentários desproporcionados, os candidatos têm feito o que podem, sempre com a colaborante e estimulante ajuda dos entrevistadores. Veja-se a acutilância das perguntas feitas aos candidatos de direita e a subtileza ternurenta das perguntas aos candidatos de esquerda.
São 7 os candidatos mas no boletim de voto vão aparecer 8 candidatos. Mais uma belíssima iniciativa das nossas leis e das nossas instituições.
Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD, CDS/PP e o PS de António Costa), Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, João Ferreira (PCP e PEV) e Ana Gomes (PAN, Livre e o PS que não se revê no apoio do PM a MRS).
Ainda teremos no boletim de voto, e, em primeiro lugar, Eduardo Baptista, cuja candidatura não foi admitida pelo Tribunal Constitucional por apenas ter reunido menos de 20 assinaturas na sua propositura. Ninguém lhe tirará o mérito de tentar e de ter a sua fotografia nos boletins de voto!
Como já ficou claro na minha última crónica/reflexão, não sou grande fã de MRS por todos os argumentos apresentados. Mais forte ficou a minha convicção com os últimos desenvolvimentos no caso do procurador José Guerra e da Ministra da Justiça, concluídos com o ataque do PM António Costa a todos aqueles que ousam levantar a voz e apontar o dedo a estas ilegalidades. António Costa, para já segura a ministra, só que fê-lo repetindo mentiras. Nesta matéria, a sede de poder parece fazer esquecer tudo. Os tentáculos do polvo socialista esticam-se por todo o lado, encostando a democracia e a meritocracia a um canto. O cheiro da corrupção está cada vez mais forte.
Voltando às eleições Presidenciais, e atendendo ao período de confinamento que atravessamos, não seria melhor adiar as eleições?
A CNE (Comissão Nacional de Eleições) pede às Juntas de Freguesia que incentivem os idosos nos lares a irem votar. A maior parte dos idosos que vivem em lares ou residências não sai à rua desde março, quando se registou o primeiro caso de Covid-19 em Portugal e se começaram a tomar medidas — a não ser para consultas e exames. Muitos nem sequer podem receber visitas de familiares e quem recebe está sujeito a regras apertadas. Ainda assim, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) está a incentivá-los a que saiam à rua para votar nas próximas presidenciais, desde que se garanta que não têm qualquer comportamento de risco! Era bom que imperasse o bom senso…

ESCREVER É SONHAR DE OLHOS ABERTOS


SONHO QUE SOU CAVALEIRO ANDANTE  
 
Escrever é um dom que nos foi dado por Deus . Dentro do homem está Deus e na mão de Deus na sua mão direita irá descansar afinal o meu coração . Como Divino que é este dom recebê-lo é um privilégio e dentro da nossa razão e condição humana é bom adotá-lo e desenvolvê-lo porque a escrita dirige-se aos nossos corações , à nossa inteligência , espevita-nos a imaginação , apura-nos os sentidos , influencia todas as vertentes humanas na sociedade , na família , determina o nosso comportamento na praça pública . Liberta-nos na infinita escuridão da noite , alumia-nos dos escolhos do caminho subtilmente e entre imensos alvoroços de alegria como rio correndo calmo , sereno e sem sobressaltos e medos nos leva a bom porto às mais diversificadas correntes de opinião e nos clareia as nossas melhores tendências . Escrever é sonhar de olhos abertos . Escrever , escrever bem é fazê-lo de forma eficaz com organização clareza , concisão e coerência , escolher criteriosamente as palavras apropriadas que são a matéria-prima da comunicação. Escrever para quem nos lê porque acima de tudo está o interesse do leitor ser capaz de captar a atenção do texto que não deve ser demasiado longo , utilizando frases curtas na ordem directa . Escrever é afastar sombras do nosso caminho uma contribuição que nos robustece nos dá voz na construção de um futuro melhor . É um sonho feito de incertezas. Meus dias vão correndo vagarosos num presente que aspira sempre ao futuro em que todos os dias me esforço por melhorar escrevendo . Mas sou como sou e como Deus quis que eu fosse . Sou um “ escrevedor “de parco talento . Humildemente o reconheço .

A nova Zona Industrial


“Nada será menos industrial do que a civilização nascida da revolução industrial.”
Jean Fourastié
No Jornal Renascimento de 1 de Janeiro passado, a Câmara Municipal de Mangualde, publicou o Orçamento para o ano de 2021, o maior na história da Autarquia, um poderoso instrumento de gestão municipal, sob a orientação do Presidente Dr. Elísio Oliveira. E por isso a Câmara e o seu Presidente estão de parabéns.
Salientar também e isso é de grande importância, a ambição de desenvolver uma nova Zona Industrial, em local que tem todas as condições de ser o ideal, dada a sua posição estratégica. A localização vai ser junto à A25, a zona mais atractiva e procurada. Está a ser feito o levantamento topográfico para seguidamente poder concorrer aos fundos comunitários.
Como estamos em ano de eleições Autárquicas é fundamental que a futura Câmara dê continuidade ao projecto e que este não seja usado apenas como chavão de campanha eleitoral.
Tem-se escrito muito sobre a pandemia, a crise que esta acarretou e as dificuldades que trouxeram paragens, despedimentos e falências. O seu impacto afetará os próximos anos e a sua recuperação não será imediata. Começa agora, com o aparecimento das vacinas, a vislumbrar-se uma luzinha, ténue, ao fudo do túnel e é preciso aproveitar esta oportunidade com força, para que tudo volte ao que era. É o início do caminho da recuperação, mas é preciso andar depressa, pois não podemos cair na velha frase do economista Kane, que diz, “a longo prazo estamos todos mortos”. Andar bem e rápido é o que é preciso.
Sabe-se que não é com o Sector do Turismo, que vai demorar a reeerguer-se, que será debelada a crise, mas sim com a industrialização, que cria infraestruturas, contribui para o PIB, fomenta a exportação, atrai inovação tecnológica e não menos importante, revitaliza toda a economia do interior pela chegada de novas famílias com necessidades de emprego, educação e serviços, contrariando assim a sua desertificação.
Mangualde tem uma localização estratégica, já que está na via rodoviária que liga o mar, atravessa o centro, entra em Espanha e segue para a Europa. E uma linha de caminho de ferro, internacional, a sofrer grandes transformações, quer nas estações, sinalização e nas linhas, para que brevemente possa ter combóios rentáveis e com uma quantidade de carga transportada consideravel.
Também importantes são as obras a decorrer no porto de Aveiro, permitindo ser um escoante da produção do interior e que pela proximidade e bons acessos serve, ou deve servir todo o interior.
A solução está encontrada e desta vez os fundos estão disponíveis. É preciso aproveitar, desafiar, inovar. A Revolução Industrial acontece todos os dias e cada vez mais depressa. Não podemos continuar à espera, sob pena de quando lá chegar-mos estarmos todos mortos, como dizia Kane.