Eleições Presidenciais


Em tempo de campanha eleitoral para as Eleições Presidenciais, declaro desde já que não vi os debates televisivos, mas pelo que vejo e leio nos jornais, também não perdi nada. Entre acusações, insultos e comentários desproporcionados, os candidatos têm feito o que podem, sempre com a colaborante e estimulante ajuda dos entrevistadores. Veja-se a acutilância das perguntas feitas aos candidatos de direita e a subtileza ternurenta das perguntas aos candidatos de esquerda.
São 7 os candidatos mas no boletim de voto vão aparecer 8 candidatos. Mais uma belíssima iniciativa das nossas leis e das nossas instituições.
Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD, CDS/PP e o PS de António Costa), Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, João Ferreira (PCP e PEV) e Ana Gomes (PAN, Livre e o PS que não se revê no apoio do PM a MRS).
Ainda teremos no boletim de voto, e, em primeiro lugar, Eduardo Baptista, cuja candidatura não foi admitida pelo Tribunal Constitucional por apenas ter reunido menos de 20 assinaturas na sua propositura. Ninguém lhe tirará o mérito de tentar e de ter a sua fotografia nos boletins de voto!
Como já ficou claro na minha última crónica/reflexão, não sou grande fã de MRS por todos os argumentos apresentados. Mais forte ficou a minha convicção com os últimos desenvolvimentos no caso do procurador José Guerra e da Ministra da Justiça, concluídos com o ataque do PM António Costa a todos aqueles que ousam levantar a voz e apontar o dedo a estas ilegalidades. António Costa, para já segura a ministra, só que fê-lo repetindo mentiras. Nesta matéria, a sede de poder parece fazer esquecer tudo. Os tentáculos do polvo socialista esticam-se por todo o lado, encostando a democracia e a meritocracia a um canto. O cheiro da corrupção está cada vez mais forte.
Voltando às eleições Presidenciais, e atendendo ao período de confinamento que atravessamos, não seria melhor adiar as eleições?
A CNE (Comissão Nacional de Eleições) pede às Juntas de Freguesia que incentivem os idosos nos lares a irem votar. A maior parte dos idosos que vivem em lares ou residências não sai à rua desde março, quando se registou o primeiro caso de Covid-19 em Portugal e se começaram a tomar medidas — a não ser para consultas e exames. Muitos nem sequer podem receber visitas de familiares e quem recebe está sujeito a regras apertadas. Ainda assim, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) está a incentivá-los a que saiam à rua para votar nas próximas presidenciais, desde que se garanta que não têm qualquer comportamento de risco! Era bom que imperasse o bom senso…