Arquivo mensal: Abril 2023

EDITORIAL Nº 843 – 1/5/2023

Caro leitor
Há 49 anos que festejamos o 25 de abril.
Festejar abril é festejar liberdade e liberdade de expressão.
Volvidos estes 49 anos é imposta uma pergunta: como está Portugal e os portugueses?
O que dizer dos nossos governantes, têm cumprido abril? Não! Ou mesmo perguntar: como têm votado os portugueses?
A Assembleia da República é a casa da democracia e aqui, neste 25 de abril, foi dita muita coisa sobre Portugal e a forma como Portugal tem caminhado.
Somos o 5º país mais corrupto da Europa. Foi dito “não à corrupção”.
Os discursos deste 25 de abril, foram diferentes de muitos outros. A começar com a presença de Lula da Silva, Presidente do Brasil, que considero um país irmão. Mas vieram à tona as desigualdades que existem em Portugal. A reforma de 270 euros de um bombeiro ferido em combate e outra de 7900 euros de quem se passeia em gabinetes do estado.
Os políticos de agora auferem reforma chorudas, paga pela faixa etária mais pobre de Portugal.
Salazar morreu pobre, com uma casita em Santa Comba Dão. Este, não tinha amigos a dar-lhe milhões.
O Primeiro Ministro António Costa, defendeu o sotaque brasileiro em Portugal e, neste 25 de abril, foi aconselhado a pegar na bagagem e, com o seu amigo José Sócrates, irem rumo ao Brasil.
Admiro Pedro Passos Coelho, que quando Paulo Portas se demitiu em tempo de crise, disse: “não abandono o meu país”, crise essa provocada pelo PS nos governos de José Sócrates.
Deste 25 de abril emergiram vozes nunca antes ouvidas. Vozes que colocam a nu o carrossel governativo e, os Portugueses ouvem quem fala verdade, ou seja, quem tem razão.
Graças aos Capitães de abril, é possível hoje, ouvir verdades destas. Verdades dolorosas, que nos enchem a alma de tristeza.
As desigualdades deste país!
Viva abril, viva a liberdade!

Abraço amigo,

SAIBA COMO

Vou casar. Por qual regime de bens a optar?
Quando se questiona um casal sobre qual o regime de bens pelo qual casou, é muito comum as respostas serem “comunhão de bens” ou “não sei, foi o padre que tratou dos papéis”.
A verdade é que a maioria dos casais que contraem matrimónio, desconhecem quais os regimes de casamento que vigoram no nosso país. E, sobretudo, desconhecem a sua funcionalidade prática, por exemplo, em caso de divórcio ou sucessão.
Assim, qualquer casal que contraia matrimónio em Portugal pode optar por um de três tipos de regime de casamento: comunhão geral, comunhão de adquiridos e separação de bens ou mesmo estipular outras regras, dentro dos limites da Lei.
De salientar que de entre os três regimes, atualmente, o chamado “regime normal” é o regime da comunhão de adquiridos, podendo os nubentes (noivos), aquando da preparação do processo de casamento junto da Conservatória do Registo Civil, optar por qualquer um dos outros dois regimes (comunhão geral ou separação de bens), necessitando para o efeito de celebrar uma escritura de convenção antenupcial, junto de qualquer Cartório Notarial.
Contudo, caso algum dos noivos já tenha filhos, a lei impõe que não se podem casar sob o regime da comunhão geral.
Mas esclareça-se no que consiste cada um destes regimes…
No regime da comunhão geral de bens, a regra é que, seja qual for a sua origem e momento de aquisição, todos os bens são de ambos os cônjuges. Por exemplo, bens adquiridos em solteiros, heranças e doação adquiridas após o casamento, são considerados bens comuns do casal. Não há bens próprios.
Já no regime da comunhão de adquiridos, consoante a natureza da sua aquisição, existem bens próprios e bens comuns. Ou seja, os bens adquiridos antes do casamento e os bens adquiridos a título gratuito na constância do casamento (por exemplo, doações ou partilha), são bens próprios do cônjuge que os adquiriu. Já os bens adquiridos a título oneroso (por exemplo, compras) são bens comuns do casal.
No regime da separação de bens, independentemente da sua origem e momento de aquisição, a título gratuito ou oneroso, os bens adquiridos são sempre próprios do cônjuge que os adquire, pelo que nunca existe o conceito de bens comuns.
Porém, este regime tem duas características muito importantes e que a maioria das pessoas desconhece. A primeira, é que caso algum dos noivos tenha idade igual ou superior a 60 anos, obrigatoriamente o casamento é celebrado sob o regime da separação de bens. A segunda, é que se um casal casar neste regime e ocorrer o óbito de um deles, o cônjuge sobrevivo é considerado herdeiro. O que significa que o regime de bens escolhido para o casamento não pode ser confundido com o direito sucessório.
Importa ainda esclarecer que, em matéria de sucessão seja qual for o regime de bens ocorrendo o óbito de um dos cônjuges, o sobrevivo concorre sempre à herança com os demais herdeiros.
Não deixe os seus direitos e as suas dúvidas por mãos alheias, procure um profissional habilitado como o Solicitador para o esclarecer.

IMAGINANDO

“OS CÓDIGOS DA SABEDORIA:
CÓDIGO 2
Prece Budista de refúgio (Fonte: Prece Budista Tibetana de refúgio)
Código de proteção, e quando necessária a um nível espiritual  por um determinado período.
Este Código é conhecido pelos nomes :
·Prece de Refúgio ·Prece Atisha de Refúgio ·Refúgio nas três jóias
e que na tradição Tibetana é chamada de Kyamdro,  ou seja, a procura de refúgio em três jóias do Budismo.
·Buda – Ser Iluminado, que descobriu o caminho
·Darma - A eterna verdade da realidade
·Sanga – A comunidade com outros Budistas (Monjes, Monjas etc.)
Uma anatomia da Proteção Budista Tibetana:
Os códigos químicos da vida humana, as nossas sequências de ADN, são normalmente simplificadas através do uso de quatro letras, que representam as quatro proteínas que tornam a vida possível, visto algumas proteínas conterem centenas de aminoácidos que ao utilizarem diferentes combinações das letras, se torna possível ler, escrever e descrever depressa e com facilidade.
·C – Citosina ·T – Timina ·A – Adenina ·G – Guanina
A prece Budista, também na sua essência, funciona semelhante a estas letras, mas representada por três versos curtos e regidos por quatro princípios.
Nos Ensinamentos de Buda, Refúgio, significa proteção do sofrimento adoptando formas de pensar  e viver, tomando a forma dos quatro princípios, já anteriormente mencionados.
Princípio 1 – Refúgio no Buda
Significa comprometer-se numa linha de pensamento consciente, com a intenção de atingir um  estado mais elevado de consciência em si mesmo e em relação ao mundo e que Buda diz, ser possível em nossas vidas.
Princípio 2 – Refúgio no Darma
Quando e segundo as Escrituras Budistas, criamos harmonia nas tão agitadas e receosas emoções da mente.
Ao mudarmos as atenções caóticas do mundo para uma verdadeira harmonia, ela reflete-se no corpo físico, havendo uma libertação do medo e do sofrimento.
Princípio 3 – Refúgio no Sanga
Quando aprendemos  a passar a maior parte do tempo com seres, que estão já num estado elevado de consciência, (Bodhisattva) e que se permitem baixar de vibração para nos poderem acompanhar e fazer diminuir o sofrimento enquanto não atingimos aquele estado de Iluminação.
Princípio 4  – Reze por uma duração ilimitada
Diz-nos e para conclusão do Código da Sabedoria 2, que o refúgio e a proteção que pedimos, deve manter-se até obtermos a Iluminação e nos tornarmos um Bodhisattva.
São estas quatro combinações que geram a Fonte do Código.
Tradução do Código 2
Em Buda, Darma e Sanga, encontro refúgio até obter a Iluminação.
Nota: A partir de um estado de harmonia coração/cérebro, recitem o código acima, que se encontra em resumo, linha a linha, seja em silêncio ou em voz alta, até sentirem um acréscimo na vossa confiança, e a certeza de que não estão sozinhos. Muito importante é interiorizar este código com o foco na consciência, na respiração e em sintirem com o coração em vez de com a mente.
Baseado no Livro “Códigos da Sabedoria”
Autor: GREGG BRADEN”, (Ver biografia na Internet)
 A Técnica Rápida de Coerência:
Comece por alterar o seu foco para o coração e para a respiração.
Mude o seu foco da sua mente para a área do seu coração e comece a respirar um pouco mais devagar do que o habitual, como se a respiração viesse do coração. Quando desacelera a sua respiração, está a enviar um sinal ao resto do corpo, e ao seu coração em específico, de que está  num sítio seguro e pode virar a sua atenção para dentro.
Este passo pode ser uma técnica poderosa e individual quando se estiver a sentir esmagado pelos acontecimentos do dia, ou desejar apenas estar mais conectado consigo mesmo. Também serve de base para o passe B que se segue.
Ative os seus sentimentos positivos. Do centro do seu coração, faça uma tentativa sincera para obter um sentimento regenerativo, como gratidão, apreço, ou carinho por alguém ou alguma coisa na sua vida. A chave neste passo é criar primeiro o sentimento o melhor que conseguir e, depois, render-se ao sentimento, entregando-se totalmente a ele, ao mesmo tempo que permite que ele irradie do seu coração para encher o seu corpo e percorrer todo o seu ser.
Os simples passos que se seguem criam as condições no corpo para otimizar a harmonia e a coerência entre o seu coração e o seu cérebro. (Adaptado com autorização do HeartMath Institute)
fjcabral44@gmail.com

POVOS PRIMITIVOS DA PENÍNSULA IBÉRICA


Como deixámos escrito em texto anterior, faremos agora referência aos Fenícios, Gregos e Cartagineses.
Os Fenícios eram um povo de comerciantes e navegadores. Criaram entrepostos comerciais ao longo do Mediterrâneo, chegando às costas da Península Ibérica e do Norte de África. No século IX a.C. estabeleceram colónias e feitorias ao longo da costa africana, dentre as quais sobressaiu Cartago. Na Península estabeleceram-se na costa meridional onde fundaram Málaga, Cádis, etc.
Aos Fenícios seguiram-se os Gregos, os quais, igualmente movidos por interesses comerciais, se estabeleceram na Andaluzia Oriental onde fundaram várias colónias. Estenderam-se depois para o Norte, ao longo da costa, ocupando as Ilhas Baleares e fundando Marselha no ano 600 a.C.
Os Cartagineses, quer pela força das armas, quer pela fundação de colónias, procuravam obter o predomínio político e comercial do Mediterrâneo. A princípio limitaram-se à colonização costeira, à semelhança do que fizeram os fenícios e os gregos, mas depois essa colonização transformou-se em verdadeira ocupação territorial, o que deu origem a várias lutas com os povos indígenas e com as colónias gregas. A sua ocupação territorial terminou com a 2ª guerra púnica e a invasão da Península pelos romanos.
Antes dos Romanos, as instituições políticas variavam de povo para povo. Na impossibilidade de fazer uma referência a cada uma dessas instituições, limitar-nos-emos a referir o tipo mais vulgar, que corresponde ao que era adotado pelos Lusitanos, dos quais descendemos.
O grupo social que estava na base de toda a organização política era a cidade. Esta era um centro populacional, formado quase sempre por uma população fortificada, a que os romanos chamavam oppidum, envolvida por outras povoações de natureza rural.
A estrutura da cidade compreendia várias gentilidades, em tudo semelhantes às “gentes” da primitiva organização social romana. Eram formadas por um conjunto de famílias que se julgavam descendentes dum antepassado comum e, por isso, adotavam idêntico culto religioso e obedeciam ao mesmo chefe. Este exercia um poder absoluto sobre todo o grupo, à semelhança do pater familias romano.
Num plano superior existia a tribo (grupo de cidades). Cada tribo formava um estado independente, com o seu chefe político e governo próprios. O seu número variava de povo para povo. Escritores latinos referem que os Lusitanos estariam divididos em 30 tribos, o que equivale a dizer em 30 estados independentes. Quando se sentiam ameaçados por um invasor estrangeiro, uniam-se para o enfrentar, formando uma espécie de confederações de tribos, sob o comando de um chefe único. De entre os chefes mais aguerridos dos Lusitanos destacam-se Viriato e Sertório. Por vezes uma tribo era anexada por outra.
Entre os povos primitivos da Península também existiam classes sociais. A nobreza, a classe preponderante, era constituída pelas famílias mais poderosas, quer sob o aspeto económico, quer sob o aspeto militar. A seguir vinham os homens livres, a classe mais numerosa. A situação económica desta classe social era muito variável. Alguns viviam em condições miseráveis e, por isso, se acolhiam como clientes à proteção dos poderosos.
A classe dos clientes e a dos servos formavam os estratos sociais mais desfavorecidos. Quanto aos primeiros, por vezes preferiam estabelecer um acordo de clientela, que definia a relação permanente entre o patrono e o cliente, segundo o qual o primeiro dispensava proteção económica e pessoal ao cliente e família. Em contrapartida, o cliente prometia submissão e fidelidade ao patrono.

Os dias do fim do governo de António Costa


Depois de um ruidoso “habituem-se” em Dezembro no ano passado, muita coisa mudou no Governo de António Costa. O tom arrogante e autoritário da entrevista com que o primeiro-ministro de Portugal nos presenteou, foi a forma que a maioria absoluta socialista encontrou para nos dizer que são os “donos disto tudo”.
De facto, “o que hoje é verdade, amanhã é mentira” esta frase é hoje a bíblia do Executivo de António Costa. Mentem todos os dias, mas na manhã seguinte inventam uma verdade. O caso dos pareceres, ou de toda a embrulhada do caso TAP, que fundamentaram o despedimento da CEO da companhia aérea deve ser estudado nas universidades portuguesas como um exemplo cristalino de falta de moral de alguns dos ministros de Costa. A mentira tornou-se a verdade oficial do Governo de António Costa, pelo menos em alguns gabinetes. 
Recordam-se do ministro que não sabia de nada do que se passava na TAP e que pediu à companhia aérea para esclarecer os portugueses? Lembram-se que foi esse mesmo ministro que instruiu um secretário de Estado para explicar à CEO da TAP o que haveria de dizer no Parlamento?
O festival de incoerências e trapalhadas só à volta do caso TAP é tanto que é caso para dizer que este Governo parece um castelo de cartas a desmoronar-se. A central de comunicação do PS já nem consegue sintonizar os seus Ministros na mesma narrativa. António Costa, bem ao seu estilo, ao ver a casa a arder, mantêm-se calado, olhando para a Europa à espera que de lá venha um cargo honroso para fugir do caos que ajudou a criar. Já os seus putativos sucessores, esturricados e envolvidos em tantas polémicas, demonstram toda a sua incompetência na gestão da causa pública. Veja-se o que foi dito no ano passado sobre o iva zero nos produtos básicos e o que fizeram agora!
São tantas as verdades das mentiras que não vale a pena estar a chover no molhado. É provável que Santana Lopes não consiga dormir com pesadelos ao recordar-se que foi demitido de primeiro-ministro por muito menos do que estes escândalos. As “trapalhadas” de Santana Lopes, como na altura foram designadas, são episódios menores comparados com a sucessão de escândalos do costismo pós-geringonça que se sucedem a ritmo imparável!
Acredito que Marcelo Rebelo de Sousa não queira fazer nada até 2024, pois até lá o país precisa de alguma estabilidade, já que não podemos desperdiçar os fundos comunitários, além de que irão ocorrer outros acontecimentos importantes como a Jornada Mundial da Juventude. Em consequência, vamos ter de aguentar com este (des)Governo mais uns tempos, a não ser que o Ministro das Finanças seja constituído arguido ou a sucessão de escândalos não tenha um fim rapidamente.

lendas, historietas e vivências

A ESTRADA DE PARALELOS
Esta insistência nas memórias ligadas a esta via, não terá qualquer encanto para a sociedade mangualdense de hoje. Pois, nem isto espanta, porque a maior parte das pessoas já não existe e os que tomam o seu lugar são na maioria externos e alguns poucos descendentes que aproveitaram a casa paterna depois de restaurada. Deste modo não há a ligação afectiva de outrora. Contudo, há muitas memórias que ainda pretendo assinalar. Por exemplo, quando a linha férrea foi concluída e se realizou a sua inauguração em Agosto de 1882 a Estação de Mangualde passou a ser um lugar de excelência para ver pessoas conhecidas ou passantes que seguiriam a pé, usando os transportes domésticos puxados por animais, um ou outro automóvel ou um transporte colectivo - uma pequena caminheta que ao tempo se encarava como um autobus reluzente e bem cheiroso a novo. Tudo era novidade muito desejada. Os funcionários da Estação eram o Chefe, os Factores, os Carregadores e outro pessoal de apoio à manutenção e bom funcionamento das linhas e respectivos sinais de trânsito.
A chegada do Comboio de passageiros era, para a juventude do lugar e arredores a mais entusiasmante. E vinham, sobretudo ao domingo, assistir à chegada do Rápido considerado o combóio mais importante, donde desciam muitas ocupantes apresentando toiletes chics ou mais cuidadas já que ao tempo precisavam de dar mostras do seu “nível” sócio-económico… Isto era matéria de grande importância para miúdos e adultos já que surgiam perante os olhos arregalados dos observadores, toiletes brilhantes, vestidos da moda, botinhas em vez de sapatos, saquinhos de fitas, em vez de carteiras. Enfim, um mar de chics e um mar de espanto. Também foi introduzido, mais tarde, o comboio internacional SUD- EXPRESS.
Ao tempo, estes não eram os combóios da população trabalhadora do campo ou das oficinas. Assim a maioria da população optava pelos comboios mais populares que tinham carruagens de 1ª 2ª e 3ª classes. Embora os comboios não passassem com muita frequência a visita à Estação era para miúdos e jovens uma espécie de encantamento. Por vezes o comboio expresso não parava e então aqui é que se sentia um tremor porque a velocidade espantava e fazia fugir o mais afoito. Ainda não era o tempo das altas velocidades automóveis e as pessoas ficavam um tanto receosas com a velocidade dum combóio sobre dois carris tão estreitos… Enfim, tempos de descoberta, tempos de alargar os horizontes criar novas mentalidades.

Quando as pernas parecem uns troncos!


Antigamente as meninas prendadas eram educadas para serem recatadas e terem uma silhueta espartilhada tipo guitarra. De fato, ainda hoje uma cintura marcada é sinal de feminilidade - para além do evidente volume acima da cintura ser o sinal do desenvolvimento de uma garota para se tornar mulher. Recordo-me de uma colega que nas aulas de ginástica, com os seus meros 11 anos exibia orgulhosamente a “cinta” antes de iniciar a aula. Também me recordo dos movimentos tolhidos durante os exercícios e dos vergões na barriga e pernas, e penso até que houve aulas que não conseguia terminar por lhe faltar o ar e má disposição. Mas sempre dizia “A minha mãe diz que uma mulher sem cinta é uma desavergonhada!”, o que concluía que quem não usasse roupa para modelar\ apertar o corpo seria uma impudica! Este comportamento perdurou de tal forma que há mulheres que não conseguem deambular sem estarem enfaixadas dos pés à cabeça! Porque o primeiro impacto faz toda a diferença, a mulher sempre foi sujeita a uma exigência na sua aparência, sujeitando-se a cerimónias masoquistas para o bem da sua auto-estima massajada por elogios galantes do género masculino.
Infelizmente, as honras embevecidas não aliviam as pernas martirizadas pela pressão de uma boa cinta-de-esconder-as-vergonhas…. E assim é mais frequente os problemas circulatórios nas mulheres do que nos homens (o que não significa que não padeçam deste mal, mas as mulheres têm mais prevalência), devido à questão do vestuário apertado. No entanto os homens padecem de problemas circulatórios devido ao tipo de profissão que exercem (muitas horas de pé ou muitas horas sentado), ou excessos alimentares que promovem aumento de peso rápido, para além de consumo abusivo de bebidas alcoólicas. A questão de hereditariedade familiar também envolve o surgimento deste problema, para além da gravidez devido ao aumento de peso e sobrecarga circulatória durante esse estado de saúde.
Assim cada vez mais surgem as frases “Ai as minhas pernas parecem uns troncos!” ou “Parece que tenho uma fogueira nas pernas”, e lá se vislumbram umas pernas inchadas de cor arroxeada reluzente, que muitas vezes chegam a um ponto de inflamação que podem gerar tromboflebites (inflamação de uma veia devido á formação de coágulos\trombos que prejudicam e ás vezes chegam a impedir o fluxo do sangue). Se este é o seu caso ou conhece alguém nesta circunstância, não hesite em falar com o seu médico de família, porque antes desta pandemia já se sucumbia por uma simples embolia (oclusão de uma artéria) pulmonar. Cuide-se para prevenir muitas preocupações!