Caros leitores,
Parece-me que no pano de fundo desta crise, a classe política surge com uma imagem estilhaçada do que uma vez foi. A par e passo com cada medida castradora, contradição, dito por não dito e impunidade absoluta de actos devassos, as pessoas têm-se vindo a desassociar da crença política de outrora.Tornar-se assinante para continuar a ler...
Arquivo da Categoria: Editoriais
EDITORIAL Nº 624 DE 01/10/2013
Caros leitores,
É em volta de uma mesa que muitas vezes fáceis conversas se tornam em experiências memoráveis. Trocar impressões, debater e pensar são dos exercícios mais saudáveis para quem quer melhorar-se. Tornar-se assinante para continuar a ler...
EDITORIAL Nº 620 – 15/7/2013
Caros leitores,
Esta quinzena passada, o governo alimentou uma novela ridícula que conseguiu deixar a pessoa mais pessimista de cara à banda. É oficial, já não há limites para o escândalo governativo. Tornar-se assinante para continuar a ler...
EDITORIAL – Nº 614 – 15/04/2013
Caro Leitor,
Estas são as últimas palavras que lhe dirijo na qualidade de diretor do Renascimento.
Durante estes 9 meses, senti profundamente esta casa e dediquei-me a ela de alma e coração.
Em conjunto com a administração, procurei virar uma página na já longa vida deste jornal.
Procurei ser fiel ao seu passado e honrar os seus princípios, mas também procurei dar-lhe a clareza, a objetividade e a atualidade de que necessitava.
Cesso as minhas funções enquanto diretor do Renascimento sabendo que ainda muito havia a fazer, é certo, mas também com a firme convicção que este jornal lhe diz muito mais hoje do que dizia há 9 meses atrás.
Não mudámos apenas a imagem deste jornal. Aproximámo-lo de si. Aproximámo-lo das instituições e das empresas. Assumimos um papel ativo e tornámo-nos parceiros efetivos da nossa comunidade, desempenhando um papel que não é só nosso, mas que é também o nosso.
A todos aqueles com quem ao longo deste período tive o prazer de privar e de trabalhar, deixo o meu sentido agradecimento.
A eles e a si, caro leitor, o meu muito obrigado.
É com bastante tristeza que deixo uma obra que é também a minha, uma obra que nunca acabará, é certo, pois o espírito que nos moveu até aqui, o espírito de nos melhorarmos e aperfeiçoarmos continuamente não cessará. Mas faço-o também perfeitamente convicto que ficará em boas mãos.
Como muitos saberão, serei candidato à Câmara Municipal de Mangualde.
A política, à qual estive ligado durante tantos anos, era algo onde, honestamente, não pensava regressar.
Contudo, com a convicção que sempre coloco nas minhas decisões, decidi aceitar o convite que me foi endereçado.
Posto isto, não ficaria bem comigo mesmo se agora me mantivesse nestas funções, mas acima de tudo, não estaria a ser correto com este jornal, sujeitando-o a certas “maldades”.
Obrigado a todos!
Um grande abraço
Editorial – Nº 611 – 1-3-2013
Caro Leitor
Numa mensagem gravada para a conferência que marca os 25 anos da TSF “Portugal, a soma das partes”, Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, considera que “a crise que Portugal conhece, que é o resultado também de transformações estruturais na geo-economia mundial, é também fruto de escolhas económicas que foram prosseguidas e que não conseguiram resolver os problemas estruturais da competitividade portuguesa e que permitiram uma acumulação de dívida pública que por e simplesmente não eram sustentáveis”.
Manifestando-se confiante que Portugal saberá e conseguirá ultrapassar o momento difícil que atravessa, Durão Barroso acrescenta:
“A verdade é que não podemos esquecer que sem a União Europeia, sem o apoio de outros países, Portugal não tinha condições não apenas para se financiar, mas também para financiar o próprio funcionamento do Estado português. As próprias funções essenciais do Estado português teriam de ser interrompidas por falta de meios financeiros”.
Ao ler isto, recordei um editorial que escrevi há algumas edições atrás.
Falava então precisamente desta última constatação de Durão Barroso. O nosso País chegou ao ponto calamitoso de nem dinheiro ter para pagar salários, nem subsídios, nem pensões, nada...
Se não fossem então os tão malditos tipos da troika, nem a “tanga” que hoje temos vestida teríamos para usar.
Nesse editorial disse também, entre várias outras coisas, que via muita politiquice e pouco trabalho político responsável por parte da nossa classe política.
A verdade é que, alguns meses volvidos, vejo tudo exatamente na mesma.
Vejo muita treta, muita politiquice, muita acusação, muito jogo de cintura...
Já trabalho no sentido de um entendimento em torno do que é vital para o nosso País... Vejo zero.
É mais fácil seguir a via que nos trouxe precisamente aonde estamos... A via da treta, num país que assim parece destinado à “tanga” que neste momento, misericordiosamente, ainda veste...
Mas um vendedor, qualquer que ele seja, só consegue vender o que consegue fazer comprar.
Não sei se é tempo de termos melhores vendedores ou consumidores mais exigentes.
Um abraço
Editorial – Nº 610 – 15/2/2013
Caro leitor
Vamos iniciar um novo trabalho.
Um trabalho que queremos profundo, abrangente, esclarecedor e imparcial.
Com o aproximar das eleições autárquicas no final deste ano, cremos que, como órgão de comunicação social local e regional que somos, temos um papel importante a desempenhar neste processo, oferecendo aos nossos leitores a informação relevante relativamente às caras, às pessoas e aos projetos que ao longo dos próximos meses serão apresentados e sobre os quais os nossos leitores serão chamados a votar.
Dentro das nossas limitações e das limitações de cada edição deste jornal, e até do número limitado de edições até ao período eleitoral, procuraremos fazê-lo da forma mais abrangente e mais plural possível.
Como temos vindo a demonstrar, interessa-nos informar os nossos leitores com verdade e com clareza. Não temos qualquer interesse em novelas, muito menos em propagandas baratas.
No entanto, o desafio que isto representa para o jornal, estou certo, não será fácil. Até porque a vida e o objeto deste jornal não se pode resumir ao ato eleitoral que se avizinha, muito menos o podem as necessidades de informação dos nossos leitores.
Daqui, e porque queremos tratar de forma igual todos os candidatos e todos os partidos, aguardamos o contacto dos diferentes partidos e dos diferentes candidatos, no sentido de agilizarmos as próximas edições do Renascimento da melhor forma possível.
A nossa abertura, para este efeito, será total.
Poderá, de facto, não ser fácil levar a cabo esta empresa. Contudo, estou convicto que, com o bom senso de todos, conseguiremos prestar-lhe a si, caro leitor, também neste âmbito, mais um bom serviço.
Um abraço
Editorial – Nº 609 – 1/2/2013
Caro Leitor,
É com uma enorme satisfação que hoje damos à estampa uma nova e, acreditamos, melhorada imagem do nosso Renascimento.
Desde que assumimos o desafio que esta empresa do
Renascimento representa para cada um de nós, desde a
primeirísima hora, temos procurado honrar o trabalho e a
memória de todos os que nos antecederam, trabalhando
com rigor, seriedade, isenção e transparência, ao mesmo tempo que procuramos ser cada vez mais úteis e cada vez mais significativos na vida dos nossos assinantes, anunciantes e leitores, mas também procurando ser parceiros ativos da comunidade e da região onde estamos inseridos.
O Renascimento assinalou, no passado dia 20 de janeiro, o seu 86.º aniversário. Foram 86 anos riquíssimos.Este jornal é património desta comunidade. Está-lhe entranhada e ambos são indissociáveis.
Mas projetamo-nos agora para o futuro. Para os próximos 86 anos, quem sabe...
Da parte do Sr. Serafim Tavares, enquanto administrador, tenho visto e vejo a maior dedicação e empenho no sucesso deste jornal. E tenho visto e sentido também
a satisfação dos pequenos passos que vamos dando, a satisfação das pequenas vitórias que vamos alcançando, devagar, devagarinho, mas de forma sólida e consistente, ao mesmo tempo que vamos apreendendo melhor esta
nova realidade. Da minha parte, enquanto diretor, tudo farei para que
possa continuar a olhar para esta casa como uma casa séria, fiável e confiável, com uma postura isenta e imparcial e com conteúdos cada vez mais ricos e cada vez
mais interessantes e importantes para si, para a sua família, para a sua empresa, para a nossa comunidade.
Esperamos ser do seu agrado mais este pequeno passo que damos hoje, com esta imagem mais mais leve e mais quente que levamos até si.
É este o caminho que queremos seguir sempre... Aquele que nos leva mais perto de si.
Um abraço
Aníbal Maltez
Editorial – 1 de Julho 2012
Poucos serão os Países tão exigentes para com a sua Seleção Nacional quanto nós. Não sei se por miserabilismo, se por uma necessidade extrema de retirar satisfação ou de sentir uma ponta de orgulho pelo facto de sermos este pequeno retângulo num cantinho da Europa, este País pobre, triste e deprimido. Regressando ao futebol, o que para mim é um facto é que, depois de um início de campanha de apuramento para o Euro2012 atribulado, Portugal, “à pressão”, tocados os sinos a rebate, aplicada a terapia de choque, lá viu os seus objetivos alcançados. O que para mim é um facto é que, depois de dois jogos de preparação para o Euro 2012 muito mal conseguidos, Portugal entrou no Campeonato da Europa com o peso do mundo às costas. E logo perdeu!! Gastou logo o primeiro cartucho dos três apenas que tinha disponíveis!
Perdeu, mas à semelhança da campanha de apuramento, encontrou-se!
Encontrou-se e quando lhe restavam apenas dois cartuchos, que não podia de forma alguma desperdiçar, com muito sofrimento cardíaco, é certo, Portugal não falhou nenhum deles e chegou aos quartos de final do Campeonato da Europa!!
Ali chegados, mais uma vez, Portugal superou as dificuldades, não sem antes auto infligir mais uma dose de considerável sofrimento, é certo, mas as portas das meias-finais foram abertas!!
Ontem deu-se o tão ansiado embate, frente à atual Campeã da Europa e do Mundo! O resultado final não foi o que todos desejávamos. Portugal perdeu…
Perdeu, mas caiu de pé, com honra e dignidade! Perdeu da mesma forma que poderia ter ganho! Perdeu, mas afirmou-se, consolidou-se como uma das melhores seleções do Mundo dos últimos 10 ou 15 anos!
Não perdemos como uns pobres quaisquer a quem “saiu na rifa” chegar às meias-finais!
Posto isto, deixo-vos a analogia que esteve na base deste artigo…
Ao longo dos séculos da sua História, Portugal conseguiu alcançar das maiores proezas da História da Humanidade e, ao mesmo tempo, conseguiu perder oportunidades atrás de oportunidades de ser e de se afirmar até como uma verdadeira potência mundial, em toda a sua plenitude.
De facto, em condições normais, sem desvios, Portugal teve todas as condições para ser hoje uma potência mundial a todos os níveis, sejam eles o financeiro, o económico, o social ou o político. Curiosamente, também a Espanha!! Mas adiante…
Por outro lado, ao longo da sua História, Portugal atravessou inúmeras crises, dificuldades extremas, quer de caráter financeiro e económico como a que vivemos hoje, quer político, quer social. Momentos absolutamente catastróficos para Portugal e para o Povo Portugês.
Ora, onde eu pretendo chegar é aqui:
Eu não tenho dúvidas absolutamente nenhumas que nós, Portugueses e Portuguesas, vamos superar mais este calvário que estamos a atravessar.
Este é “apenas” “mais um”… Sempre ultrapassámos todos os nossos ncalvários e sempre conseguimos fazer coisas extraordinárias.
Eu acredito mesmo que nós somos um Povo talhado para resolver problemas,
quaisquer que eles sejam, mas aqueles que são mesmo difíceis!!
O que eu gostaria, era que, de uma vez por todas, depois de resolvermos os problemas difíceis e de superadas as dificuldades, usássemos esta capacidade que temos e que poucos têm como Nós e começássemos a resolver os problemas “mais pequenos” em vez de entrarmos de novo na lógica do “deixa andar”, “agora não porque temos eleições”, etc., etc., etc..
É que se assim não for, voltamos à mesma História e daqui por uns anos, depois de mais uns adiamentos, de mais umas mentiras, de mais umas ilusões, de mais opções fáceis, os pequenos problemas resultarão em mais uma “calamidade”… E lá estaremos Nós a sofrer novamente…
Se for difícil, Nós conseguimos!
Se for fácil, Nós não fazemos nada…
Terá de ser, mais uma vez, assim?
Um abraço
Aníbal Maltez