EDITORIAL Nº 771 – 15/2/2020

patrao
Caro leitor,
Temos visto nos últimos dias o surto do coronavírus a propagar-se pelo mundo inteiro. É com ansiedade, algum receio, e um forte sentimento de impotência que lemos as notícias todos os dias.
São momentos como estes em que nos apercebemos todos da nossa vulnerabilidade e de como o acaso, ás vezes, dita e sela o nosso destino. Trabalhamos tanto para ter controlo sobre a maior parte das coisas no nosso dia-a-dia e nas nossas vidas, até que de quando em quando nos aparece algo que está fora do nosso controlo e que nos lembra que somos pequeninos num mundo de coisas grandes.
Num mundo globalizado, as fronteiras dissipam-se cada vez mais. Já não são entraves ao movimento de pessoas e bens. As pessoas viajam com muita facilidade e as empresas operam numa ótica internacional. Posto isto, é impossível resguardarmo-nos de ameaças como estas. Nunca estivemos tão expostos a contágio. É importante irmos ganhando consciência das circunstâncias em que nos encontramos e, que nos dias que correm, estão sempre a mudar. É igualmente importante reconhecermos a nossa vulnerabilidade, apesar de ser assustador enfrentar ameaças como esta, que é invisível e pode assolar qualquer pessoa. Estamos todos em pé de igualdade neste caso, porque quando toca à saúde somos todos iguais e temos todos as mesmas preocupações.
É assustador também apercebermo-nos do pouco que sabemos e a falta de informação que existe quanto ás formas de contágio e até mesmo a cura. Com tanta informação ao nosso dispôr todos os dias, e na ponta dos nossos dedos, estamos muito mal habituados a ter toda a informação de forma rápida, completa e clara. Mas a informação vai-se recolhendo e conhecendo pelo que será uma questão de tempo.
Por agora, vamos observando a evolução do surto e esperar que deixem de relatar novos casos. Há-de cessar. Com tempo e esperança, tudo se resolve.
Um abraço amigo,