Descobrir o passado, construir o futuro

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Somos um pequeno país, de coisas pequenas, mas algumas muito raras.
Pelas nossas terras passaram todos os caminhos antigos e neles viajaram romeiros e soldados, feirantes e pastores.
Por aqui passava a principal via romana que ligava Emérita Augusta (Mérida/Espanha) a Bracara Augusta ( Braga).
Aqui nasceram Beirões que se afirmaram e descobriram o mundo.
A nossa atenção deve dirigir-se ao Homem Concreto, à sua maneira de viver e pensar.
À sua determinação e imaginação. Porque a dimensão do Homem é a sua imaginação.
O Tempo segue e é aí que se evidencia a impossibilidade de fazer parar o Tempo.
Hoje, os nossos territórios interiores morrem todos os dias. Até não haver mais território para morrer. Um território é um somatório de gentes, com suas crenças, as suas felicidades e amarguras, a sua solidão e esquecimento. Portugal votou ao abandono as pessoas do interior, nas suas mais elementares necessidades básicas. Um sentimento de esquecimento, distância de ausência de Estado. E assim está o interior com as suas assimetrias regionais e sociais.
Não há presente, nem futuro, sem passado. Alguém imagina uma casa sem sólidos alicerces !
Uma casa constroi-se pelos alicerces. Não é pelo telhado!
São os alicerces que lhe dão segurança, estabilidade e futuro. Por outro lado é pelo telhado que começa a destruição.
Quem não tem bases sólidas, verdadeiras, rápidamente desaparece. É assim, na vida e na política. Às vezes conseguem 5 minutos de fama, mas não passa de um fogo-fátuo
Não há nenhum homem por mais poderoso que seja que consiga apagar o passado. Pode é transformar o nosso futuro. Daí termos muito cuidado na escolha certa dos nossos chefes.
Atacar o passado é além do mais uma falta de consideração para com os nossos maiores. Devemos reconhecer as nossas origens e nunca nos esquecermos de as respeitar.
Temos nas nossas terras Património de valor, histórico, mas abandonado. Foi isso que notei uma vez mais, ao descobrir em Fagilde, uma velha fonte em via de destruição.
É uma pequena fonte, é certo, mas tem uma história e um passado. Ao centro, por cima das duas bicas tem uma estrela de cinco pontas. Segundo consta mudou de local e ao ser novamente montada a estrela, gravada num bloco de pedra foi montada ao contrário. A ponta devia dirigir-se ao céu e não para baixo. Pela época em que foi construída a estrela pode ser um símbola maçónico.
O símbolo maçónico, a cruz, representa o cristianismo, a imagem de Cristo morto. A estrela de cinco pontas representa o nascimento de Jesus ( Símbolo do Homem Perfeito), da Humanidade plena entre Pai e Filho. As estrelas são as lágrimas da Beleza da Criação.
Olham para cima, para o Céu para encontrar o Homem , físico, emocional, mental e espiritual.
Aqui fica um desafio aos estudiosos e um alerta aos que têm a responsabilidade de nos governar.