Arquivo diário: 16 de Julho de 2012

Editorial – 1 de Julho 2012

Poucos serão os Países tão exigentes para com a sua Seleção Nacional quanto nós. Não sei se por miserabilismo, se por uma necessidade extrema de retirar satisfação ou de sentir uma ponta de orgulho pelo facto de sermos este pequeno retângulo num cantinho da Europa, este País pobre, triste e deprimido. Regressando ao futebol, o que para mim é um facto é que, depois de um início de campanha de apuramento para o Euro2012 atribulado, Portugal, “à pressão”, tocados os sinos a rebate, aplicada a terapia de choque, lá viu os seus objetivos alcançados. O que para mim é um facto é que, depois de dois jogos de preparação para o Euro 2012 muito mal conseguidos, Portugal entrou no Campeonato da Europa com o peso do mundo às costas. E logo perdeu!! Gastou logo o primeiro cartucho dos três apenas que tinha disponíveis!

Perdeu, mas à semelhança da campanha de apuramento, encontrou-se!

Encontrou-se e quando lhe restavam apenas dois cartuchos, que não podia de forma alguma desperdiçar, com muito sofrimento cardíaco, é certo, Portugal não falhou nenhum deles e chegou aos quartos de final do Campeonato da Europa!!

Ali chegados, mais uma vez, Portugal superou as dificuldades, não sem antes auto infligir mais uma dose de considerável sofrimento, é certo, mas as portas das meias-finais foram abertas!!

Ontem deu-se o tão ansiado embate, frente à atual Campeã da Europa e do Mundo! O resultado final não foi o que todos desejávamos. Portugal perdeu…
Perdeu, mas caiu de pé, com honra e dignidade! Perdeu da mesma forma que poderia ter ganho! Perdeu, mas afirmou-se, consolidou-se como uma das melhores seleções do Mundo dos últimos 10 ou 15 anos!

Não perdemos como uns pobres quaisquer a quem “saiu na rifa” chegar às meias-finais!
Posto isto, deixo-vos a analogia que esteve na base deste artigo…
Ao longo dos séculos da sua História, Portugal conseguiu alcançar das maiores proezas da História da Humanidade e, ao mesmo tempo, conseguiu perder oportunidades atrás de oportunidades de ser e de se afirmar até como uma verdadeira potência mundial, em toda a sua plenitude.
De facto, em condições normais, sem desvios, Portugal teve todas as condições para ser hoje uma potência mundial a todos os níveis, sejam eles o financeiro, o económico, o social ou o político. Curiosamente, também a Espanha!! Mas adiante…
Por outro lado, ao longo da sua História, Portugal atravessou inúmeras crises, dificuldades extremas, quer de caráter financeiro e económico como a que vivemos hoje, quer político, quer social. Momentos absolutamente catastróficos para Portugal e para o Povo Portugês.
Ora, onde eu pretendo chegar é aqui:
Eu não tenho dúvidas absolutamente nenhumas que nós, Portugueses e Portuguesas, vamos superar mais este calvário que estamos a atravessar.
Este é “apenas” “mais um”… Sempre ultrapassámos todos os nossos ncalvários e sempre conseguimos fazer coisas extraordinárias.
Eu acredito mesmo que nós somos um Povo talhado para resolver problemas,
quaisquer que eles sejam, mas aqueles que são mesmo difíceis!!
O que eu gostaria, era que, de uma vez por todas, depois de resolvermos os problemas difíceis e de superadas as dificuldades, usássemos esta capacidade que temos e que poucos têm como Nós e começássemos a resolver os problemas “mais pequenos” em vez de entrarmos de novo na lógica do “deixa andar”, “agora não porque temos eleições”, etc., etc., etc..
É que se assim não for, voltamos à mesma História e daqui por uns anos, depois de mais uns adiamentos, de mais umas mentiras, de mais umas ilusões, de mais opções fáceis, os pequenos problemas resultarão em mais uma “calamidade”… E lá estaremos Nós a sofrer novamente…

Se for difícil, Nós conseguimos!
Se for fácil, Nós não fazemos nada…
Terá de ser, mais uma vez, assim?
Um abraço

Aníbal Maltez

Mangualdense em entrevista ao Renascimento

“Não sou político. E não quero fazer política”

A meio de uma carreira profissional brilhante acabou no governo, é um dos Secretários de Estado que mais tem dado nas vistas no governo.
Mas diz que não quer fazer política. Sérgio Monteiro falou-nos sobre o seu trabalho, o seu trajeto e sobre a sua casa: Mangualde.