Arquivo mensal: Novembro 2017

Presidente da República visita Barragem de Fagilde

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Marcelo Rebelo de Sousa, surpreendido por barragem só ter água para 20 dias.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, visitou esta sexta-feira, dia 10 de novembro, juntamente com os autarcas de Mangualde, Penalva do Castelo e Viseu, a Barragem de Fagilde, Concelho de Mangualde. Marcelo mostrou-se surpreendido por a reserva de água da Barragem, que serve vários concelhos do distrito de Viseu, só ser suficiente para 20 dias de abastecimento.
A Barragem de Fagilde abastece 130 mil pessoas dos concelhos de Mangualde, Nelas, Viseu e Penalva do Castelo
João Azevedo explicou que, para restabelecer os níveis, teria de haver “500 camiões por dia a deitar água dentro da bacia da Barragem de Fagilde”. Marcelo Rebelo de Sousa disse ter-se apercebido desta realidade ao ouvir nos últimos dias, as intervenções dos senhores presidentes de Câmara, constatando que chuva que caiu “foi insignificante”, sublinhando a importância de se confirmarem as previsões de que “daqui a dez dias poderá chover”.
Os autarcas contaram a Marcelo Rebelo de Sousa que, como forma de fazer face à seca, chegam diariamente, em camiões cisterna, 500 metros cúbicos de água a Mangualde e 3.300 metros cúbicos a Viseu. “Nós temos uma margem entre os cinco mil euros e os 27 mil euros, com a previsão de termos cerca de 250 mil euros para usar, mas não temos capacidade para aguentar mais do que isto. E o Governo tem que assumir esta responsabilidade”, frisou o Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, João Azevedo.
Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou ainda o facto de, na região de Viseu, graças à solidariedade entre autarquias, ter sido possível “por de pé um esquema nos últimos dez dias, mas que envolve, de facto, montantes significativos”. Apesar de o Governo estar “sensível a essa realidade”, o Presidente da República mostrou-se preocupado porque, caso não chova, esta situação poderá prolongar-se por um período considerável.

SAVAGE CULTURE – NOVA LOJA EM VISEU

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Com um estilo diferenciado, abriu portas no passado dia 4 de novembro, na Avª Almirante Afonso Cerqueira, nº 362 – Edifício D. João I – Loja 1 em Viseu, a loja de roupa e acessórios Savage Culture.
Com um atendimento simpático e personalizado a Savage Culture, apresenta uma linha de roupa para quem procura um estilo diferente do clássico habitual.

CENTRO NACIONAL DE CULTURA VISITA MANGUALDE

QUEIJARIA VALE DA ESTRELA, PALÁCIO DOS CONDES E SENHORA DO CASTELO ENTRE OS ESPAÇOS VISITADOS
Mais de duas dezenas de membros da delegação do Centro Nacional de Cultura (CNC) visitaram, nos dias 28 e 29, o concelho de Mangualde. João Azevedo, Presidente da Câmara Municipal, foi o anfitrião num momento que se quis de divulgação do património local.
Para além da visita ao Palácio dos Condes e à Senhora do Castelo, os elementos do CNC visitaram a Queijaria Vale da Estrela, onde lhes foi dado a conhecer o modo de produção artesanal do queijo Serra da Estrela. Alguns dados sobre a história, cultura e literatura associada ao queijo foram ainda apresentados por Guilherme d’Oliveira Martins, vogal do CNC.
Também Maria Calado, presidente da Direção do Centro Nacional de Cultura, esteve em visita ao concelho de Mangualde.

EDITORIAL Nº 718 – 1/11/2017

serafim tavares
Caro leitor
A valorizar a nossa terra que é Mangualde, para além das festas tradicionais, como as Festas da Cidade, da Srª do Castelo e outras pelo concelho, temos também a conhecida Feira dos Santos, um evento secular, ou Feira das Fêveras como é mais conhecida.
É uma marca na vida dos mangualdenses e também dos visitantes que em grande número se deslocam de todo o País a esta nossa simpática cidade de bem receber que é Mangualde.
Como evento secular esta Feira dos Santos perdura no tempo e é hoje um evento de referência que se realiza não só para os mangualdenses, mas também para toda a região. A feira dos Santos começou por ser muito importante para as famílias da região, que conseguiam assim escoar os seus produtos sobrantes do trabalho do campo e venda de porcos, assim como os que sobravam da matança caseira. Permitia assim amealhar os trocos para compra de outros bens essenciais. Como se sabe uma feira é onde aparece um pouco de tudo e onde tudo se compra e tudo se vende.
Como em tudo na vida se vai mudando, esta feira não fugiu à regra e hoje em dia alimenta o turismo. Deslocam-se autocarros de todo o País, com o intuito de entretenimento. O resto é por acréscimo: reinam as fêveras. Porque onde houver comes e bebes, existe alegria que é o caso. Na atualidade, contamos ainda com a ajuda da TVI, para uma alegria mais efusiva.

Felizmente, vem no rescaldo de um dos mais trágicos acontecimentos da região. Falar dos incêndios é falar de calamidade, desgraça e mortes. Durante este ano o número de mortes ultrapassou já uma centena. No verão em Pedrogão Grande tudo correu mal e o governo não soube tirar ilações, ou seja, aprender com os erros e repará-los. Foi o deixar andar e rezar cegamente que não voltasse a acontecer. Isto não é governar.
Acabou a chamada época do verão e o governo descurou as vigias na floresta. Mas o verão continuou e com temperaturas nunca antes vistas no mês de outubro. O governo sabia e nada fez.
O pinhal de Leiria resistiu 800 anos e em menos de 24 horas, este governo deixou que fosse destruído mais de 80% do mesmo. Caiu uma ponte em Entre os Rios e o Ministro de então, Jorge Coelho demitiu-se dizendo que “a culpa não podia morrer solteira”. Esta desgraça foi muito além da contabilização dos mortos. Muitas pessoas ficaram despojadas de tudo, dos bens materiais e consequentemente, da paz de espírito. Muitos tiveram necessidade de apoio psicológico. Inacreditável, que numa tragédia desta dimensão, a culpa fique solteira.
Recomeçar uma vida de trabalho esmorece os mais fortes. É necessário muita coragem e o Primeiro Ministro António Costa, com o discurso que apresentou ao País, conseguiu desrespeitar as famílias dos falecidos e todos os que perderam tudo. Nitidamente, não esteve à altura de um governante e nem tão pouco de um concidadão.
Parabéns ao Sr. Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que veio ao terreno junto das famílias prestar apoio e ser solidário na hora menos afortunada. Viu com os próprios olhos a desgraça que bateu à porta de muita gente boa, sem culpa alguma.

Abraço amigo