Arquivo mensal: Outubro 2019

Sessões de Divulgação da Bolsa de Terras em todas as Freguesias do Concelho estão a decorrer desde o dia 7 até 21 de outubro

Desde o dia 7 e até ao dia 21 de outubro têm lugar, em todas as freguesias do concelho Mangualde, as sessões de divulgação da Bolsa de Terras a implementar no concelho.
A entidade promotora desta iniciativa é a Cooperativa dos Agricultores de Mangualde (COAPE) em parceria com a Câmara Municipal de Mangualde.
Sessões de divulgação
(Já realizadas)
7 outubro – União de Freguesias de Mangualde, Mesquitela e Cunha Alta
8 outubro – Espinho
9 outubro – União de Freguesias Moimenta de Maceira Dão e Lobelhe do Mato
10 outubro – União de Freguesias de Santiago de Cassurrães e Póvoa de Cervães
11 outubro – Freixiosa
12 outubro - União de Freguesias de Mangualde, Mesquitela e Cunha Alta
- Alcafache
14 outubro – União de Freguesias de Mangualde, Mesquitela e Cunha Alta
A realizar
(hoje) 15 outubro
União de Freguesias de Tavares
20h00 | Sede da Junta de Freguesia de Tavares
São João da Fresta
21h30 | Sede da Junta de Freguesia de São João da Fresta
16 outubro – Quintela de Azurara
20h30 | Centro Social de Quintela de Azurara
17 outubro – Cunha Baixa
20h30 | Sede da Junta de Freguesia de Cunha Baixa
18 outubro – Fornos de Maceira Dão
19h30 | Vila Garcia – Associação Cultural e Recreativa e Desportiva de Vila Garcia
21h30 |Espaço do Cidadão na Junta de Freguesia de Fornos de Maceira Dão
21 outubro – Abrunhosa-a-Velha
20h00 | Casa da Cultura de Abrunhosa-a-Velha
 O Projeto do Bolsa de Terras tem como finalidade aumentar da superfície agrícola cultivada, o cultivo das terras que se encontram incultas, a criação de condições para o desenvolvimento da competitividade do sector agricultura e pecuário através da potenciação dos recursos e condições naturais do concelho, combater a desertificação e o abandono das terras agrícolas e a fixação de população nos meios rurais do concelho.
O Projeto apresenta uma perspetiva Agro Económica para o sector agrícola dinamizando a prática agrícola, designadamente pelo cruzamento de informação entre as terras não cultivadas ou abandonadas com potencialidade para a exploração agrícola que se encontrem em condições de ser arrendadas e exploradas economicamente.

SQUASH

Realizou-se no passado sábado dia 5 de Outubro 2019 nos courts do Complexo de Piscinas de Mangualde a 1ª Prova do Circuito Hotel Sra. do Castelo 2019/2020, o Torneio Outubro 2019, prova organizada pelo Let & Stroke - Secção de Squash da Casa do Povo de Mangualde.
Manuela Nunes (Aveiro) no feminino e Cláudio Pinto (Porto) no masculino foram os grandes vencedores desta prova
Começando pelas senhoras e destacando o facto de apesar de organizarmos provas de squash desde 2002, esta foi a primeira vez que tivemos um quadro competitivo feminino, com 6 atletas, independente do quadro competitivo masculino.
Manuela Nunes (Aveiro) foi a grande vencedora ao vencer por 3/0 (11-7, 11-8, 11-7) na final Carina Costa (Covilhã).
Nas meias finais Manuela Nunes levou de vencida Sandra Costa (Coimbra) por 3/2 (12-10, 7-11, 11-8, 8-11, 11-8), provavelmente no jogo mais disputado e competitivo de todo o torneio e Carina Costa venceu Carla Pereira (Coimbra) por 3/0 (11-5, 11-7, 11-5)
Já no quadro masculino Cláudio Pinto (Porto) venceu na final o jovem Jorge Monteiro (Aveiro) numa final bem disputada mas onde a qualidade e superioridade do actual nº 1 nacional foi bem patente, 3/0 (11-3, 11-4, 11-8) foi o resultado final.
Nas meias finais Pinto levou de vencido Jorge Faria (Aveiro) por 3/0 (11-2, 11-4, 11-1) e Monteiro venceu Leonel Pereira (Lamego) por 3/0 (11-2, 11-4, 11-9)
Relativamente às placas:
Na final da Placa A, Miguel Hallux (Braga) levou a melhor por 3/0 (11-8, 11-8, 12-10) sobre Tiago Filipe (Covilhã).
Na final da Placa B, Juan Gemio Samino (Salamanca) levou a melhor por 3/1 (11-8, 8-11, 11-9, 11-8) sobre José Carlos Hernández (Salamanca).
Destacar para além da presença de alguns dos melhores atletas nacionais, a presença de atletas das mais diferentes proveniências portuguesas, mas também de 3 atletas espanhóis de Salamanca, o que só veio engrandecer a nossa prova.
Por fim, informar que a nossa próxima prova, vai ser disputada no dia 21 de Dezembro de 2019

Academi@ STEM organizou Observação Noturna dos Astros

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Nas noites dos passados dias 9 e 10 de outubro, decorreu uma observação noturna dos astros na Escola Secundária Felismina Alcântara, em Mangualde. A iniciativa foi organizada pela Academi@ STEM de Mangualde.
Acompanhados pelos encarregados de educação, os alunos do 7.ºano que se inscreveram na atividade, puderam observar a Lua e Saturno. Após a apresentação e receção pelo vereador Rui Costa da Câmara Municipal de Mangualde, seguiu-se a atividade dinamizada pelo astrónomo José Matos da Universidade Aveiro, que fez uma breve apresentação da atividade no Auditório da Escola Secundária Felismina Alcântara.
No exterior todos os presentes puderam apreciar as belezas existentes na imensidão que é o espaço como a visualização da lua, de saturno, bem como de muitas constelações, entre outros, que se espalham por todo aquele infinito.
Esta atividade contou ainda, com a participação de alguns professores do Agrupamento de Escolas de Mangualde que lecionam as disciplinas de Ciências e Físico-Química.
A Academi@ STEM de Mangualde é formada por várias entidades através da assinatura de um protocolo institucional. Essas entidades/empresas são: Câmara Municipal de Mangualde, Agrupamento de Escolas de Mangualde, Centro de Formação da Associação de Escolas EduFor, Direção Geral da Educação (DGE), Salivatec – Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde Viseu da Universidade Católica Portuguesa e pelas empresas Patinter S.A., CBI – Indústria de Vestuário, SA e Mangual Técnica – Indústria Metalomecânica, Lda.

MAIS DE TRÊS CENTENAS DE IDOSOS NA COMEMORAÇÃO DO DIA DO IDOSO

Dia do Idoso 2019
Como forma de assinalar o Dia Internacional do Idoso, o Município de Mangualde promoveu no passado dia 1 de outubro, pelas 14 horas, no Auditório do Complexo Paroquial de Mangualde, uma atividade destinada à população sénior do concelho.
Assim, os idosos do concelho assistiram à exibição da comédia musical “Selva com Elas”, que contou com a participação das atrizes Paula Marcelo e Marisa Carvalho. O momento contou ainda com a presença da vereadora da ação social da Câmara Municipal de Mangualde, Maria José Coelho.
Estiveram presentes mais de 300 idosos, de todas as IPSS do concelho, da Universidade Sénior de Mangualde e de um grupo de beneficiários do Rendimento Social de Inserção acompanhados pela Equipa “Reconstruir” do Centro Social e Cultural da Paróquia de Mangualde.
Dirigida ao público sénior, esta peça de teatro pretende dar a volta aos tradicionalismos presentes no nosso país, enfatizando a cultura popular portuguesa através de músicas que todos conhecem, bem como costumes, pronúncias e boa disposição.

EDITORIAL Nº 762 – 1/10/2019

isabel
Caros conterrâneos,
Aproximam-se mais umas eleições legislativas e a nossa responsabilidade social urge-nos de ir votar. Ainda que fazer parte da abstenção não seja anti-democrático, ir votar é o nosso dever enquanto cidadãos. Devemos ter participação social e política e envolver-nos nos processos de tomada de decisão. O nosso voto garante o pluralismo partidário e permite responsabilizar os governantes face aos resultados atingidos no exercício das suas funções. É o nosso voto que garante a legitimidade do Parlamento. Não podemos permitir que o poder seja decidido por alguns e pareça garantido a poucos. Quando a abstenção é alta, damos azo a que se criem subterfúgios ao processo democrático de eleição, como tem sido a geringonça. Figuras políticas do género minam a necessidade de reforma e a coerência estratégica no longo-prazo do governo. Vote.
A abstenção tem vindo a aumentar nos últimos anos e mesmo em Mangualde não é excepção. Mangualde tem tido maior abstenção relativamente à abstenção a nível nacional. Em 2015, tivemos mais de 50% de abstenção. Temos de contrariar esta tendência. Por isto, pedimos aos nossos leitores para irem votar no Domingo, caso ainda não o tenham feito antecipadamente.
Os melhores cumprimentos,
Isabel Tavares

REFLEXÕES

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GRUMAPA - Grupo Mangualdense de Apoio e Proteçcão dos Animais
Construção do Canil /Gatil
Estes textos que me propus escrever para publicar neste jornal que tão bem me recebeu, são fundamentalmente o resumo dum trabalho hercúleo a que nos dispusemos de alma e coração em prol dos animais. E nunca um meio para nos projectarmos socialmente. Espero que os possíveis leitores o entendam assim. E por outro lado servirá para clarificar atitudes e comportamentos de algumas pessoas cuja ética deixa muito a desejar.
Posto isto irei continuar. Com a construção da sede e do pavilhão a decorrer ora em ritmo lento, ora mais apressado, foram-se passando os anos de 2005 a 2008. Procuravámos a cada minuto vencer os inúmeros problemas que obrigavam a um jogo de tempo, dinheiro e boas vontades. Quando a sede já estava com a estrutura quase terminada devia pensar-se nas portas interiores e apetrechar as casas de banho. Mais uma vez tivemos uma oferta bendita. O senhor Costa, nosso sócio e também amigo dos animais, estava a dar por terminado o negócio que possuía na Rua da Igreja. Tinha bom material de que iria desfazer-se. Então decidiu oferecer 12 portas de madeira para o interior, e as louças das casas de banho!!! Foi um gesto notável que nos aliviou as contas e pelo qual lhe ficámos para sempre gratos. Eram estas atitudes de bons Amigos que nos motivavam a seguir em frente. Cada gesto de compreensão e apoio era para nós uma lufada de coragem. Talvez quem me leia ache estes devaneios, lamechices ...não são! Apenas a alegria de nos sentirmos compreendidos numa tarefa que para nós se tornou extremamente pesada. Estávamos ansiosos por acabar a sede e tornar o pavilhão o espaço específico para o abrigo dos nossos protegidos. Depois da nave ficar coberta, havia muitos acabamentos - janelas, a porta e portão a colocar e tratar do pavimento. Muita escassez de dinheiro, muita escassez de energias. Nas reuniões de Direcção não se via grande optimismo, como é natural, perante tantos obstáculos. A Camara ajudava o possível, os beneméritos nem sempre tinham disponibilidade e compreende-se…Ficámos muitas vezes num impasse. Em situação extrema lá ia eu, meio envergonhada a bater à porta do senhor Valeriano Couto grande amigo do Grumapa e presidente do Conselho Fiscal, por vários anos, pedir mais um contributo… e lá passava ele um cheque recebendo, claro está, o respectivo recibo porque não nos permitíamos o mais ligeiro desvio de fundos. Tudo era limpo e recto como comprovam os relatórios de contas e a documentação arquivada que existe.
Foi um grande Amigo o senhor Valeriano Couto, entretanto já falecido, e sem assistir à homenagem que nós pensávamos fazer a todo o grupo dos maiores beneméritos e organismos oficiais que contribuíram para a existência do GRUMAPA! Mas temos de dar tempo ao tempo… Há-de surgir uma fórmula.
outubro 2019

SANFONINAS

dr. jose
Castanhas e doçarias
Entre outras funções, desempenhou o Dr. Alberto Correia a de Director do Museu Grão-Vasco e a de responsável pela revista Beira Alta, de tão longa tradição e hoje a viver período de aparente letargia.
Dotado de mui notável capacidade criativa a nível da escrita, Alberto Correia não se tem poupado a dar a conhecer, em elucidativas e assaz agradáveis publicações, o património cultural do distrito de Viseu, mormente a nível das tradições populares, do artesanato e do que hoje se designa (e com inteira razão!) o nosso «património gastronómico».
Assim, foram recentemente publicados os seguintes livrinhos, preciosos:
Em edição do Município de Viseu:
– A Broa de Vildemoinhos (Da Terra à Nossa Mesa);
– Pão de S. Bento (Tradição de Viseu);
– Pastéis de Feijão (Doce Sabor de Viseu).
Em edição da Confraria da Castanha, Sernancelhe (apoio de Cafés Delta):
– A Maravilhosa História da Castanha Martainha;
– Queijadas de Castanha (Um doce manjar);
– Fálgaros (Manjar Conventual) [Tabosa – Carregal – Sernancelhe];
– Cavacas de Freixinho.
Direi que me disponibilizei a redigir uma nota, um pouco mais circunstanciada, sobre a importância da iniciativa para uma revista do distrito da Guarda. A proposta foi liminarmente rejeitada, porque, sendo da Guarda, a publicação só admitia textos referentes ao distrito. Não me preocupei com a recusa, porque, assim, poderia referir-me aos livrinhos aqui, pois Mangualde é do distrito de Viseu e não se privilegia uma visão tacanhamente regionalista das notícias e dos comentários.
O Município de Viseu e a Confraria tiveram tal iniciativa em prol das castanhas e dos doces? Abençoados! Castanhas haverá também no distrito da Guarda, como em Bragança! E o que está em causa não é o local mas o testemunho, a iniciativa. Exemplar como é, poderá ser imitada noutros municípios em relação ao que lhes é peculiar – e isso se acentuaria!
Mui graciosamente ilustrados com surpreendentes fotografias, os livrinhos são… um mimo! E têm as receitas no final!

IMAGINANDO

francisco cabral
PARTE 65
Continuação
Além das queijadas de Sintra, esta região também se dedicou a uma outra doçaria com bastante qualidade: Os Fofos de Belas.
Para nos situarmos, esta Vila foi uma antiga freguesia do Concelho de Sintra e está enquadrada entre a Carregueira a Norte, Monte Abraão e Serra da Silveira a Sul.
Remontemos aos tempos  pré-históricos e outras civilizações seguintes:
Devido às abundantes linhas de água principalmente das ribeiras de Carenque e da Jarda, houve aqui uma fixação populacional, desde a pré-história, como comprova o Monumento Natural de Carenque, jazida de pegadas de Dinossauros quadrupedes Herbívoros e bípedes Carnívoros, descoberta em 1996 e com uma idade estimada entre 90 a 95 milhões de anos,  encontrada numa pedreira desativada.
A presença humana aqui, remonta do Paleolítico (Idade da Pedra Lascada), passando pelo Neolítico (período da pedra Polida e surgimento da agricultura, dando lugar à Idade dos Metais) e o Megalítico, já desenvolvido no Periodo Neolítico ( construções com  grandes blocos de pedra)
 Registe-se também neste local as presenças de  Romanos e Árabes muito  bem vincadas, e aqui transcrevo na integra testemunhos arqueológicos de grande importância, como a Via Romana, “Vinda da Amadora, pela Bica da Costa sobe o Monte Abraão, circundando todo o perímetro da Quinta do Senhor da Serra para desembocar no Adro da Igreja Matriz e daí subir ao Cemitério, aos Machados, Suímo e Carregueira, Meleças e Casal da Mata para prosseguir em direção a Sintra e Granja dos Serrões”. Ainda deste período temos as ruinas de uma antiga barragem junto à Estrada de Caneças/Belas. (Do Livro de Maria João de Figueiroa Rego).
Sendo uma região que chegou a ser Paço Real, muitos Marqueses adquiriram várias Quintas, (os Marqueses de Belas). Destaco Diogo Lopes Pacheco, que sendo um dos autores no assassinato de D.Inês de Castro,  sua Quinta viria posteriormente a ser confiscada por D.Pedro I.
Voltando à gastronomia regional:
A história dos Fofos de Belas deve-se à  confeção por uma Senhora de nome Ester Timóteo Esteves, quando decidiu alterar o Pão de Ló feito à maneira de seus antepassados, dando um outro sabor ao acrescentar um recheio cremoso. Passaram a chamar-se Fartos de Creme. O actual nome, os Fofos de Belas, foi dado pela população devido às características da sua massa.
Note-se que actualmente ainda são cozidos em forno a lenha, dando-lhe um sabor de despertar o apetite.
Saliento que a tradição que originou este bolinho, vem dos trisavós desta Senhora que a mantém há dois séculos, quando na altura era o Pão de Ló. A própria Ester Timóteo além de os fabricar também fazia a sua venda na capital, aproveitando o regresso a casa para ali comprar os ovos e outros ingredientes necessários.
Devido às sua feições, muitas vezes lhe perguntavam se era espanhola ou cigana. Respondia que não era nem uma coisa nem outra. Era saloia.
 Embora pouco explícita, leva a crer que a palavra  saloio significa habitante do campo, enfatizando esta região.
Além do Pão de Ló os antepassados de Ester Timóteo confecionaram marmelada feita em enormes tachos. Devido ao seu agradável sabor, grande parte dos clientes da Capital  e arredores se deslocavam àquele lugar, levando malgas para as encherem e trazerem para suas casas, particularmente para degustarem ao pequeno almoço. A qualidade do seu pão, também convidava muita clientela.
Os Fofos de Belas, ainda hoje são vendidos em casas da especialidade, tanto na Capital como por todo o País.
A sua expansão deve-se quando mais tarde os Domingueiros da Capital, faziam a chamada volta saloia e também na época da caça à raposa. Reuniam-se logo de manhã às 7 horas, e de regresso da caçada, permaneciam em enorme cavaqueira até às 2 da madrugada. Esta loja, café e fábrica, situa-se atualmente na Rua Dr. Malheiros nº.18, em Belas.
Continua
fjcabral44@sapo.pt