Arquivo diário: 17 de Outubro de 2019

EDITORIAL Nº 763 – 15/10/2019

patrao
Caro leitor
Em primeiro lugar quero agradecer a todas e todos que nestas eleições legislativas votaram Aliança. O meu muito obrigado.
É evidente que quando se concorre, e neste caso pelo Distrito, queremos sempre o melhor resultado, mas em democracia, e bem, é assim: o povo é que decide.
Estou feliz porque prestei um serviço à democracia, penso eu, com dignidade e elevação. Em Mangualde obtivemos o melhor resultado do Distrito de Viseu. Mais uma vez muito obrigado aos Mangualdenses por este resultado.
Neste momento quero aqui lembrar e agradecer às pessoas da minha terra Natal, onde o Aliança obteve um resultado de mais de 6,44% muito obrigado.
É justo dizer que o Aliança não alcançou o seu objetivo, que era eleger o seu líder Pedro Santana Lopes em Lisboa. Tenho imensa pena porque o País deixou de ter na Assembleia da República uma voz firme e um Homem honesto. De todos o melhor que temos visto.
Agradecer à equipa maravilhosa da distrital de Viseu todas e todos foram incansáveis começando no cabeça de lista Pedro Escada e acabando no público maravilhoso que sempre nos recebeu de braços abertos de uma ponta à outra do distrito. Ao guerreiro e incansável Doutor Pedro Santana Lopes e meu líder, o meu muito obrigado, por tudo de bom que me proporcionou nesta luta que não acabou nem acaba. Pode contar comigo para o seu lema “Por um Portugal melhor”. Por amor à Pátria, onde houver injustiças nós Aliança vamos “lá estar”.
Viva Aliança
Se fosse hoje faria o mesmo que fiz até aqui, ainda com mais afinco, para pessoas honestas e de bom íntimo estou e estarei sempre aqui.
É claro que a vida continua como sempre continuou.
Um grande abraço,

A EXTREMA BONDADE DE: D. JOÃO DA CAMARA

Humberto Pinho da Silva
Pedro Pinto, escreveu, in “ O Occidente”, em 10-01-1908,: “ D. João da Camara era a bondade em pessoa, e apesar de ser consagrado (dramaturgo,) descendente (…) da mais nobre estirpe (…), era dotado de uma modéstia de traje e de maneiras, que a todos encantava, granjeando a estima e a veneração dos mais altos aos mais humildes.”
São várias as cenas comoventes, de extrema bondade, do ilustre escritor. Na “Ilustração Portuguesa” de 18/01/1908, Júlio Dantas, narra o caso enternecedor da velha pedinte, a quem deu todo o dinheiro, que possuía.
E Mário Castrim. Na “Audácia” de 2/2002, aborda, o modo carinhoso, como D. João da Camara, defendeu um amigo, que tinha sido preso, juntamente com ele.
Mas, o episódio mais comovedor – para mim, – foi o das “botas”, que Adriano Xavier Cordeiro, diretor do: “ Novo Almanaque das Lembranças”, conta na edição de 1909:
Um aluno fora convidado para apresentar-se em local seleto; mas, suas botas, velhas, cambadas e rotas, não eram indicadas para frequentar esse meio.
Aflito, não tendo recursos para adquirir sapatos novos, contou, acobardado, ao Mestre, a desdita.
Apiedou-se D. João da Camara, e disse-lhe, que fosse, pela manhã, a sua casa, buscar botas decentes.
Na manhã seguinte, não havia meio de D. João da Camara se levantar…
Preocupado, um dos filhos, foi ao quarto e perguntou-lhe, a razão de ainda estar deitado.
Respondeu-lhe, o pai, que não se preocupasse. Apenas queria repousar mais um pouco.
Como a demora fosse grande, e perante a insistência da família, terminou por confessar que emprestara as suas botas a um aluno.
Questionado, porque não lhe entregara as botas novas, que possuía, respondeu em voz sumida:
- “ Mas, filho!: apertam-me muito…Ele tem o meu pé! …”
Esta enternecedora cena, de extrema bondade de D. João da Camara, ilustra bem o carácter e a personalidade, deste ilustre escritor, candidato ao Nobel de Literatura de 1901.
D. João da Camara, autor de: “ Os Velhos”, é dos nossos melhores dramaturgos. Faleceu, em Lisboa, no ano de 1908. Era descendente do conhecido navegador português, que descobriu a ilha da Madeira – João Gonçalves Zarco.

REFLEXÕES

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GRUMAPA Grupo Mangualdense de Apoio e protecção dos Animais de Mangualde
Construção do Canil / Gatil
Em 2009 as estruturas da SEDE e PAVILHÃO já se encontravam em fase de acabamentos. Agora o nosso problema maior era dar ao pavilhão condições cómodas e agradáveis para podermos começar a albergar os animais. Aqui terei de fazer um esclarecimento - o pavilhão não era propriamente destinado a canil. Tivemos de contornar algumas posições que iam noutro sentido e fazer os respectivos ajustes. Posto isto, iriamos então debruçar-nos nas adaptações do espaço. Poderíamos dizer muito sobre estes momentos difíceis que quase toda a gente desconhece. E por via disso, ao tempo, fomos atacados injustamente. Não foi fácil encontrarmos compreensão por parte de quem a devia ter…mas bom, são factos passados inerentes a um processo de enorme peso que acarretou como fui descrevendo muitas dores de cabeça e aflições. O que hoje se encontra no território do GRUMAPA não foi obtido com o simples toque de uma varinha mágica. E se me propus fazer o seu historial é para que fique para memória futura a luta tremenda que um pequeno grupo de pessoas, muito determinadas e corajosas, desenvolveu ao longo de dezasseis anos. Foi uma grande obra em prol dos animais, mas que bem vistas as coisas nos dias de hoje está, em grande parte, sub-aproveitada. Mas este vai ser um outro período a descrever futuramente.
Então, para a desejada utilização do espaço do pavilhão era necessário fechar todas as aberturas – porta, portão e janelas que se distribuíam ao longo das paredes na sua parte superior. Por outro lado era fundamental tratar do piso que se encontrava em bruto. Alguns elementos da Direcção deslocaram-se ao espaço, pois era chegada a altura de se fazer uma reflexão muito concreta sobre a organização de toda a área, da distribuição das futuras boxes e de outros equipamentos. Entendemos que se deveria fazer de imediato duas filas de boxes ao longo dos alçados mais longos do pavilhão. Entendemos também que não queríamos os animais confinados um espaço fechado. Queríamos que tivessem espaço para arejar durante o dia. Para isso era necessário abrir as boxes ao exterior. Como? Só vimos uma hipótese, rasgar aberturas no alçado junto ao piso, correspondendo a cada boxe interior e construírem-se pátios externos onde os animais poderiam tomar ar, ver o sol e em determinadas horas correrem livres pelo imenso terreno por algum tempo. Teria de ser tudo muito bem planeado para que nunca houvesse embates violentos entre eles. A partir deste momento os nossos horizontes estavam a tornar-se um pouco mais desanuviados, mas com muito trabalho, ainda, pela frente. Lá iremos.
Outubro 2019.

IMAGINANDO

francisco cabral
PARTE 66
Continuação
Após ter abordado a gastronomia de Sintra, vou dedicar-me a outro assunto que também é muito importante para quem pretende visitar esta Vila e seus arredores.
Viajemos pelo seu litoral: Sintra dispõe de um elétrico turístico que liga a própria Vila à Praia das Maçãs, numa distância de cerca de 12 kms., podendo ainda e caso assim o deseje, desfrutar a partir daqui, de um passeio até às Azenhas do Mar, uma pequena e radiosa aldeia, que pela sua situação geográfica a torna um pouco diferente de todas as outras. Aqui encontra uma piscina natural e marisqueiras que pode degustar, desde que leve alguns euros. No entanto encontra neste local um quadro paisagístico, onde confunde a Serra com a beleza do mar.
Mas regressemos à Vila de Sintra:
Quando descemos rumo às praias, podemos apreciar o que a natureza nos oferece rodeando a sua Serra. Alguns kms., nos levam a pensar seriamente que ao viajarmos em completo silêncio interior, enviamos imagens às nossas consciências, do físico ao metafísico. Podem criar-se vários tipos de cenários, porque todos se sobrepôem, basta que queiramos integrá-los para que os possamos vivenciar.
Continuando nossa viagem, encontramos uma das muitas freguesias de Sintra: Colares. Desconheço a sua origem, mas a sua existência, já data desde a hegemonia do Império Romano.
Em 1255, o Rei D. Diniz deu foral,  à ainda Vila de Colares, sendo que  D.João I em 1385, a doou  ao Mestre de Aviz, D. Nuno Álvares Pereira.
Antes da entrada para Colares, e à nossa esquerda vindo de Sintra, encontramos e subindo a Serra, a aldeia do Penedo, talvez a mais tradicional aldeia de Sintra. Embora e sem alguma certeza, consta-se que a sua origem data do Século XIII. O que ela tem de interessante, é apresentar uma planta circular, conforme mostra a  imagem a seguir.

Aldeia do Penedo-Sintra
Anualmente e por tradição em louvor ao Divino Espírito Santo fazia-se a largada de um touro à corda, e eu ainda sou desse tempo, porque na altura tinha compromissos comerciais com estabelecimentos daquela aldeia. Por o animal ser tão sacrificado, sempre me recusei a assistir. Após a morte  do touro distribuíam a carne por toda a população. Graças à nova legislação, felizmente este ritual passou a ser proibido.
No centro da aldeia existe um fontanário e um cruzeiro. No ponto mais alto situa-se a Capela de Santo António.
Existiu ainda um mosteiro da Igreja Ortodoxa Grego, local que servia para recolhimento e meditação.
Continua
fjcabral44@sapo.pt 

PROFISSÕES CAíDAS EM DESUSO

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4ª PARTE
O Ferreiro: Acendia a forja com carvão de pedra e todo o santíssimo dia dava ao fole avivando o lume. O ferro tinha que ficar ao rubro em ponto de ser malhado. Aguçava os picos e os guilhos. Estendia o ferro rubro para fazer enxadas, sachos e sacholas, aplicando-lhe em seguida o olhal.
A padeira (Forneira): Durante a véspera “acarretava“ os molhos de ramos e pernadas secas dos pinheiros das matas próximas para aquecer o forno no dia seguinte Quando este se encontrava na temperatura certa que era calculada pela sua experiência sensitiva. Depois de o forno ser “Varriscado “ (retiradas as cinzas para a entrada da porta) cozia várias fornadas de pão de milho que ia vender á vila de Mangualde. Era uma forneira de Stº André que abastecia a prisão da vila de Mangualde.
O Cantoneiro: Sempre na berma da estrada farda de merino cinzenta e chapéu de aba larga rapava todas as ervas daninhas que por ali proliferavam. No Inverno agasalhava-se do frio e da chuva usando capa e galochas. No Verão pelo sol escaldante procurava sempre a sombra do arvoredo.
O cavador de enxada: De sol a sol, mangas da camisa arregaçadas até aos cotovelos mourejava o cavador com o suor deslizando em bátegas pela testa. Limpava-o às mangas da camisa e sem um fraquejo curvado sobre o cabo da enxada sofria as amarguras de um longo dia.
O Cesteiro: “cesteiro que faz um cesto faz um cento, caso tenha verga e tempo “ (provérbio popular). Aproveitando os vimes e a sua maleabilidade, com mãos calejadas mas hábeis fazia “cestos“ , e “canastros” para os trabalhos agrícolas.
Vendedor de pipocas: Percorrendo as ruas da vila no seu velho triciclo motorizado o vendedor de pipocas anunciava-as quentes e estaladiças. Foi pioneiro neste ofício um nosso conterrâneo.
A leiteira: Manhã cedinho cântaro no braço e copo na mão a leiteira distribuía as medidas de leite de porta em porta pelos seus clientes habituais que deixavam a vasilha no exterior.
A sardinheira – Caixa de madeira á cabeça, calcorreava os caminhos da aldeia para acabar de vender a sardinha, o carapau e o chicharro que o mercado da vila lhe não tinha consumido na sua totalidade.
O lavrador: De aguilhada em punho na frente da sua junta de bois que fumegavam pelas ventas vai o lavrador abrindo sulcos no ventre da terra virgem. São as lavras.
O fabricante de caixões: artífice nosso conterrâneo que na oficina da sua própria casa fabricava os caixões, que eram postos á venda nas funerárias em Mangualde.
O carvoeiro: Passava o dia no monte colhendo os duros troncos das urzes (urgueiras). Em casa fazia um buraco na terra onde semi queimava esses troncos abafando-os de seguida, cobrindo-os com terra. O carvão era utilizado para abastecer as forjas dos ferreiros da aldeia.

SANFONINAS

dr. jose
As agendas culturais dos municípios
Este um tema que me é muito querido, o das agendas culturais municipais.
Creio que, na actualidade, todos os municípios fazem questão em anunciar os eventos culturais que programaram para o mês. Raros são, porém, os que se mantêm fiéis à agenda cultural em papel, destinada a entrega porta a porta ou à colocação em sítios estratégicos aonde a população saiba que pode acorrer para se inteirar do que, no domínio dos concertos musicais, das exposições de arte, das conferências, lhe é proposto.
Isto porque, na maioria dos nossos concelhos (felizmente!), as necessidades fundamentais dos habitantes – o abastecimento de água e de electricidade, o saneamento básico… – estão satisfeitas, ainda que, por exemplo, a questão da água continue a ser sempre um dos problemas maiores.
Por conseguinte, a Cultura começou paulatinamente a ocupar o lugar proeminente que lhe compete nas preocupações dos eleitos locais. Boa parte, no entanto, está a optar pela agenda virtual, na presunção de que toda a gente tem acesso à Internet e dispõe de computador e sabe mexer nele, o que, em relação à população rural nomeadamente, não corresponde à realidade
Saúde-se, além disso, o facto de a agenda não servir apenas para dar conta do que se programou, mas ser também veículo para consolidar comunidade, por dar a conhecer o que é tradicional, típico e digno de apreço.
Tenho presente o nº 26 de «Adufe», a revista cultural de Idanha-a-Nova, referente ao ano de 2018, redigida em português e em inglês.
Aí se fala de Idanha-a-Velha, e vetusta cidade que os Romanos nos legaram, mas o texto «são raízes do mesmo chão, entre o céu e a terra que os viu nascer» –faz-nos penetrar, inclusive com elucidativas fotografias, num mundo cada vez mais afastado do nosso dia-a-dia, as plantas com que a Natureza nos brinda: a acelga, a fava, a mostarda, a alabaça, a urtiga… E houve «mãos de lã» que vestiram troncos de árvore. E personalidades – como Filipe Faria e João Paulo Janeiro – que se deixaram enamorar pelo interior e largaram o bulício urbano. E conta-se, não sem mágoa, como a abetarda, o cortiçol, o sisão, o grou, o peneireiro das torres, o falcão abelheiro, o rolieiro e o falcão peregrino, todas elas «aves muito vistosas» ligadas às culturas cerealíferas, «bateram asas… e voaram», porque essas culturas deixaram de existir!...
Fica-nos um nó na garganta, quiçá, ao sabê-lo; agrada-nos, porém, pensar que, um dia, talvez regressem; e, sobretudo, agrada-nos que um Município nos sirva essa consciencialização, numa agenda cultural em papel!

Dia Mundial do Turismo

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Celebrou-se no passado dia 27 de Setembro, o Dia Mundial do Turismo ( WTD).
Desde 1980 que a Organização Mundial de Turismo (OMT) o celebra anualmente no dia 27 de Setembro.
Com esta celebração pretende-se mostrar a importância do Turismo, do seu valor cultural, económico, político e social.
Este ano de 2019 foi escolhido o tema :- “Turismo e Emprego; um futuro melhor para todos”.
Considerado um dos maiores sectores económicos do mundo, é vital para a economia de muitos países, que têm neste sector um elemento essencial para o crescimento e desenvolvimento económico. É o caso de Portugal.
Esta actividade, para além dos benefícios económicos, tem forte influência na promoção da cultura, na língua e nos costumes de um país.
Nos últimos anos Portugal cresceu a dois dígitos. Recuperou a quebra de 10% (2011 a 2015 ). E os salários a crescer 6,5%. Para isto muito contribuiu a baixa do IVA na Restauração e a maior qualificação dos quadros para trazer mais valor acrescentado. Com este incremento há uma saudável alteração no campo do trabalho onde os contractos sazonais e a prazo começam a ser sem termo.
Portugal beneficiou da conjuntura de instabilidade de alguns mercados do Norte de África (Tunísia) e da Turquia. Mas conseguiu diversificar os mercados emissores de turistas. Cresceu o mercado americano que passou de 500 mil para um milhão de turistas e que vêm ao longo do ano e com estadias maiores. O mercado canadiano, brasileiro e chinês também teve um bom crescimento. A Coreia do Sul é outro mercado em crescimento, de cariz religioso para Fátima. Há mercados novos que estão a começar a vir para Portugal.
O Turismo tem sido um dos maiores motores da nossa economia. Temos tido mais estrangeiros que pagam melhor e ficam mais tempo.
Entre os anos de 2016 e 2018, tivemos um acréscimo de 4 milhões de turistas, que deixaram mais de 4 mil milhões de euros. Como resultado, mais empresas e mais empregos. Criaram-se nestes quatro anos cerca de 120 mil postos de trabalho.
Portugal procura, o que é difícil, mas possível com o tempo , deixar de ter no Turismo uma actividade sazonal e tornar-se constante ao longo do ano.
Para isso terá de haver mais cuidado com as questões ambientais, o ordenamento do território, o urbanismo e o desenvolvimento equilibrado do território.
E o sector turístico para acompanhar este desiderato tem que apostar forte na formação. O Turismo do futuro tem a ver com a qualidade. Mais turistas também com mais qualidade e mais poder de compra. E melhores serviços prestados. É este o segredo do desenvolvimento do nosso Turismo.

CONSULTÓRIO

dr. raul
AS TENDINITES, AS LOMBALGIAS E OUTRAS DORES PARECIDAS…
Qual o ponto comum entre uma lombalgia, a síndroma do canal cárpico, a tendinite do ombro ou do cotovelo?
Todas estão ligadas à actividade física e laboral e causam deficiência ou entrave articular.
Dito por outras palavras, são doenças profissionais que representam a primeira causa de paragem laboral, por doença ligada ao trabalho.
A importância destas doenças:
Representam, anualmente, milhares de dias de trabalho perdidos.
São a principal doença profissional, tanto na actividade agrícola, como nos activos do regime geral.
O número de novos casos, causadores de indemnização, aumenta anualmente.
O que são, exactamente, estas doenças músculo-esqueléticas?
As lombalgias e a síndroma do canal cárpico são as mais frequentes doenças músculo-esqueléticas, seguidas das tendinites. Atingem os tecidos moles na periferia das articulações (músculos, tendões, nervos) e resultam de uma sobre solicitação funcional no contexto da actividade laboral.
O punho, as costas, os ombros, o joelho, são outras tantas articulações que podem estar afectadas.
Estas articulações tornam-se dolorosas, criando dificuldades na actividade profissional, podendo ser mesmo um sério entrave, e podem estar na origem de uma perda de eficácia no trabalho (substituição, perda de qualidade e produtividade, perturbações na organização do trabalho) ou de um importante absentismo.
Como lutar contra as doenças músculo-esqueléticas?
Este tipo de doenças resulta de factores de risco biomecânicos (gestos repetitivos, vibrações, esforços excessivos, más posturas…) organizacionais, ambientais (actividades profissionais, relações interpessoais…) e psicossociais (insatisfação profissional, stress, insegurança…).
A prevenção e as indemnizações a pagar assentam sobre a eliminação desses factores de risco, os quais são muito variáveis e, muitas vezes, imbricados. É, portanto, necessário identificá-los a fim de modificar, eficazmente, as condições e a organização do trabalho.
A organização do trabalho deve ser revista e podem ser necessárias adopções de medidas preventivas.
A modificação de um posto de trabalho não significa, necessariamente, um esforço financeiro superior: Muitas das vezes, a adopção de pequenas modificações do local de trabalho ou de posicionamento do trabalhador, são suficientes, como o alterar a altura de um plano de trabalho para fazer desaparecer as tensões a as manifestações de doença músculo-esquelética.
É necessário que o trabalhador esteja atento ao aparecimento de pequenos incómodos articulares, perda de força, de destreza, de dores, devendo recorrer ao seu médico de família ou à medicina de trabalho.
E-mail: amaralmarques@gmail.com