IMAGINANDO

francisco cabral
PARTE 66
Continuação
Após ter abordado a gastronomia de Sintra, vou dedicar-me a outro assunto que também é muito importante para quem pretende visitar esta Vila e seus arredores.
Viajemos pelo seu litoral: Sintra dispõe de um elétrico turístico que liga a própria Vila à Praia das Maçãs, numa distância de cerca de 12 kms., podendo ainda e caso assim o deseje, desfrutar a partir daqui, de um passeio até às Azenhas do Mar, uma pequena e radiosa aldeia, que pela sua situação geográfica a torna um pouco diferente de todas as outras. Aqui encontra uma piscina natural e marisqueiras que pode degustar, desde que leve alguns euros. No entanto encontra neste local um quadro paisagístico, onde confunde a Serra com a beleza do mar.
Mas regressemos à Vila de Sintra:
Quando descemos rumo às praias, podemos apreciar o que a natureza nos oferece rodeando a sua Serra. Alguns kms., nos levam a pensar seriamente que ao viajarmos em completo silêncio interior, enviamos imagens às nossas consciências, do físico ao metafísico. Podem criar-se vários tipos de cenários, porque todos se sobrepôem, basta que queiramos integrá-los para que os possamos vivenciar.
Continuando nossa viagem, encontramos uma das muitas freguesias de Sintra: Colares. Desconheço a sua origem, mas a sua existência, já data desde a hegemonia do Império Romano.
Em 1255, o Rei D. Diniz deu foral,  à ainda Vila de Colares, sendo que  D.João I em 1385, a doou  ao Mestre de Aviz, D. Nuno Álvares Pereira.
Antes da entrada para Colares, e à nossa esquerda vindo de Sintra, encontramos e subindo a Serra, a aldeia do Penedo, talvez a mais tradicional aldeia de Sintra. Embora e sem alguma certeza, consta-se que a sua origem data do Século XIII. O que ela tem de interessante, é apresentar uma planta circular, conforme mostra a  imagem a seguir.

Aldeia do Penedo-Sintra
Anualmente e por tradição em louvor ao Divino Espírito Santo fazia-se a largada de um touro à corda, e eu ainda sou desse tempo, porque na altura tinha compromissos comerciais com estabelecimentos daquela aldeia. Por o animal ser tão sacrificado, sempre me recusei a assistir. Após a morte  do touro distribuíam a carne por toda a população. Graças à nova legislação, felizmente este ritual passou a ser proibido.
No centro da aldeia existe um fontanário e um cruzeiro. No ponto mais alto situa-se a Capela de Santo António.
Existiu ainda um mosteiro da Igreja Ortodoxa Grego, local que servia para recolhimento e meditação.
Continua
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