Arquivo mensal: Dezembro 2019

Arrancaram obras na EN234 no cruzamento de Ançada

Arrancaram as obras na EN234 no cruzamento de Ançada, em Mangualde. Esta intervenção representa um investimento de 185 mil euros e visa a execução de uma rotunda para melhoria da segurança rodoviária no referido cruzamento. A obra, adjudicada pela Câmara Municipal de Mangualde e financiada pela Infraestruturas de Portugal, tem um prazo de execução de 120 dias.
O protocolo assinado entre o Município de Mangualde e a Infraestruturas de Portugal, visa também uma intervenção de acalmia de tráfego, contribuindo para o aumento da segurança para os peões na EN234, em Pinheiro de Cima, projeto esse que se encontra em fase de execução e será brevemente lançado a concurso.

UMA CENTENA DE CRIANÇAS NO FESTIVAL DE NATAL DAS PISCINAS MUNICIPAis

Festival de Natal Piscinas Municipais 4
Muita animação, muito desporto e muitas surpresas.
Decorreu no domingo, dia 8 de dezembro, o Festival de Natal das Piscinas Municipais em Mangualde. No evento, que se repete anualmente, participaram uma centena de crianças distribuídas pelos níveis CN0+, CN1, CN1+, CN2/3 e pré competição. O momento contou com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Rui Costa.
Foi uma festa recheada de surpresas, animação e muito desporto. Esta iniciativa insere-se na programação ‘Natal em Mangualde 2019’.  A programação de Natal arrancou no dia 30 de novembro, pelas 17h00, onde foram ligadas as Iluminações de Natal.

Câmara de Mangualde entregou prendas de natal a cerca de 1300 crianças

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Tendo em conta o entusiasmo e o sucesso que a iniciativa tem apresentado junto dos mais jovens, a Câmara Municipal de Mangualde procedeu, na passada semana, à entrega das Prendas de Natal às crianças do 1.º Ciclo e Pré-escolar de todo o concelho, bem como Creche e Pré-escolar das IPSS’s. A iniciativa decorreu com o apoio do Agrupamento de Escolas de Mangualde e das Juntas de Freguesia e abrangeu cerca de 1300 crianças.
Aos alunos do Pré-Escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico foi entregue um voucher para uma viagem, no final do ano letivo, ao Sea Life, no Porto.

INTERMArCHé oferece equipamentos de proteção individual aos Bombeiros de MANGUALDE

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A campanha de responsabilidade social do Grupo Os Mosqueteiros, que detém em Portugal as insígnias Intermarché, Bricomarché e Roady, conseguiu angariar este ano 500 equipamentos de proteção individual de combate a incêndios florestais que estão agora a ser distribuídos a 100 corporações de bombeiros voluntários a nível nacional. No passado dia 9 de Dezembro foram os Bombeiros de Mangualde que viram uma das suas equipas totalmente equipadas com fatos de proteção individual de combate a incêndios florestais, constituídos por bota florestal, luvas, cógula, fato de proteção florestal (Calças e Dólman), capacete e sweatshirt.
Em parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, o Grupo desenvolveu um livro infantil “Pafi ensina a poupar água” com o objetivo de sensibilizar e envolver os mais novos para a poupança de água e em simultâneo ajudar a angariar fundos para a compra de equipamentos de proteção individual de combate a incêndios florestais. Para o Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, “a renovação de equipamentos é fundamental para a segurança dos nossos Bombeiros”.
O livro “Pafi ensina a poupar água” esteve à venda nas 320 lojas do Grupo Os Mosqueteiros entre 1 de junho e 31 de agosto. A campanha contou com a participação da artista Blaya, que compôs uma música e desenvolveu uma coreografia em conjunto com a mascote do Grupo, o Pafi, de forma a divulgar o livro.
Durante a entrega dos equipamentos o Sr. Toni dono da loja de Mangualde fez questão de sublinhar: “Os Bombeiros são uma estrutura muito importante no apoio que dão à comunidade da nossa região e como tal esta é uma iniciativa que nos enche de orgulho. Sentimos que é nosso dever retribuir o que estes heróis fazem por nós e passar os seus valores e preocupações às gerações mais novas, para que também elas estejam sensibilizadas e atentas à preservação dos nossos recursos naturais.”

EDITORIAL Nº 766 – 1-12-2019

patrao
Caro leitor
A palmeira!....
Estava a minha neta à janela aquando de uma tempestade, quando de repente chamou: - “avô, chega aqui depressa. Mas porque é que aquela árvore tão forte, que ainda a semana passada o empilhador embateu nela e não caiu, agora tombou com vento e a palmeira continua de pé!?”
- Ó querida Rafaela, respondi-lhe, a palmeira permanece em pé, porque tem a humildade de se curvar no momento de tempestade, a macieira, está velha, deve ter à volta de 40 anos. Foi o meu pai que a plantou e, não teve a humildade de se curvar no momento da tempestade, quis enfrentar o vento.
A palmeira ensina-nos muitas coisas:
A primeira e mais importante, é a humildade diante dos problemas e das dificuldades
A segunda, é que a palmeira cria raízes profundas. É muito difícil arrancar uma palmeira, pois o que tem para cima, tem também para baixo. É preciso que tu aprofundes cada dia as tuas próprias raízes…
A terceira lição, tu já viste uma palmeira sozinha? Quando é nova ainda antes de crescer, permite que nasçam outras, como numa associação (sabe que vai precisar de todos). As palmeiras, há sempre muitas juntas e gostamos sempre de as ver. É difícil arrancar uma palmeira do seu habitat.
Os animais frágeis também vivem juntos para melhor se livrarem dos predadores. Vemos isto em algumas organizações…
A quarta lição, é de não criar galhos. Como tem vontade de um grande e duradouro crescimento, vive em comunidade.
Nós perdemos muito tempo (fútil) na vida tentando proteger coisas inúteis, coisas insignificantes às quais damos valor em demasia. Para se ganhar, é preciso deixar para trás tudo aquilo que nos impede de subir suavemente…
A quinta lição, é que a palmeira é cheia de “nós” e não de “eus”. Como é oca sabe que se crescesse sem “nós” seria muito fraca. Os “nós” são os problemas e as dificuldades que ultrapassamos. Os “nós” são as pessoas que nos ajudam, aqueles que nos estão próximos e acabam sendo a nossa força nos momentos difíceis da vida. Eles são os nossos professores, se soubermos aprender com eles.
A sexta lição é que a palmeira é de interior fraco, vazia de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos rouba o nosso tempo, que tira a nossa calma e paz interior, não somos felizes.
Para finalizar e por ora, é que ela só cresce para cima, num único sentido e direção, um foco.
Devemos construir as nossas vidas como a palmeira e, assim, não haverá lamentações e o mundo será mais justo e mais digno.

Abraço amigo,

REFLEXÕES

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GRUMAPA - Grupo Mangualdense de Apoio e Protecção dos Animais

Construção do Canil / Gatil
Retomo as minhas memórias relativamente ao trabalho hérculeo que desenvolvi nesta tarefa, com outros sócios dirigentes. E se me refiro de quando em vez especificamente ao meu trabalho é porque por sensibilidade e uma maior disponibilidade de tempo, eu me senti impulsionada a ser a máquina que arrasta um pesado comboio fosse qual fosse a carga. É que para além da grande preocupação com as obras do CANIL, eu tive sempre no meu horizonte próximo, o peso dos animais em sofrimento que ao tempo eram dezenas cada qual em situações críticas de abandono, doentes, corpos cobertos de feridas da sarna, atropelados, espancados, também levados para pinhais para aí serem mortos à pancada, cadelas a morrerem com partos difíceis, ninhadas impossíveis de recuperar….Enfim, um ror de situações que me arrasavam e para as quais não tinha nem apoio monetário, nem força de trabalho, já que nem o voluntariado era conhecido e muito menos praticado. Foi sobretudo a partir de 2000, mercê do trabalho contínuo de auxílio a animais que se despoletou este problema aparecendo algumas almas mais sensíveis a aperceberem-se destes verdadeiros dramas. Foi, ainda menininho, o meu vizinho Fábio Costa, o primeiro a dar-me a sua pequena mas preciosa ajuda. No meu terraço e anexos eu, já desde há muito, tinha recolhidos vários cães – o número variava muito rapidamente – uns em tratamento recuperavam, outros não, infelizmente, e aparecia logo outro para o seu lugar. Quando no terraço a população ultrapassava os 18, recorria a um alpendre no quintal, e às garagens. Uma destas passou a chamar-se “ A garagem das aflições”, por já não haver outro lugar de abrigo disponível. Algumas vezes tinha também um ou outro na rua. Toda a despesa com veterinários e alimentação era assumida por mim. NUNCA NADA SAIU DO GRUMAPA. Insisto nesta questão para que fique de vez bem clara a VERDADE dos tempos difíceis. Quando tinha de me ausentar por alguns dias contava com a ajuda de uma funcionária da fábrica, que mediante uma recompensa me cuidava, e bem, dos meus protegidos. Quando o meu Amiguinho e vizinho Fábio, se fez homenzinho, foi a minha bengala em todas as aflições que me surgiam. Também o recompensei da sua dedicação, porque para além do alívio nas minhas tarefas fazia-o por AMOR à causa. Tenho imensas estórias alegres e altamente dramáticas que espero ainda poder descrever para memória futura, porque ser protectora naquele tempo não tem nada a ver com as situações actuais. Hoje proliferam por todo o lado, e ainda bem, grupos organizados, recorrem a peditórios extensos, aparece muito voluntariado e, graças ao esforço dos protectores iniciais, até já temos uma LEI e um partido político!!! Em 20 anos as voltas que o País deu!! Hoje temos as autarquias (algumas) já empenhadas em manifestar o seu entendimento da causa animal!! Que bom! Estamos longe do ideal, é contudo uma excelente porta que se abre para que os Animais e a Natureza mereçam a atenção, que lhes é devida, pela espécie humana. Mas…parece incrível que apesar de tudo não pára quem dê prova da sua grande malvadez para com os seres que têm tanto direito em usufruir condignamente do espaço terrestre como nós.
Que momentos foram estes, que décadas vivi, que trabalhos passei neste mundo que parece tão próximo e tão distante ??!!

nov 2019

“E com o frio, vem o reumatismo…”

Ana Cruz
O frio regressa novamente, trazendo consigo as mazelas como constipações e gripes. De fato, já os nossos avós sabiam que com o frio os pulmões eram, quase sempre, afetados. No entanto as dores ósseas e musculares, também são “visitas” sazonais pouco bem-vindas! Não é por caso que, a maior parte, dos anti-inflamatórios e analgésicos são medicamentos não sujeitos a receita médica, sendo indicados para causas de dor ligeira a moderada.
O termo “Reumatismo”, para peritos de medicina mais minuciosos, é incorreto, dado que retrata de forma popular um conjunto de doenças que afetam as articulações, músculos e ossos. A origem da palavra “Reumatismo”, vem dos gregos ( “Rheuma+ tismós”- fluxo + movimento). Ninguém mais erudito é capaz de negar a sabedoria dos gregos, de fato os médicos, ainda hoje, têm que fazer o juramento de Hipócrates, grego reconhecido por ser o pai da Medicina Ocidental. Sendo que a sua teoria dos humores (que em latim, humore significa líquido) corporais foi aplicada até ao surgimento do método científico. De fato, uma das doenças, mais frequentes que afetam as articulações é denominada por “Gota”, por existir um excesso de fluído\humore na zona afetada. Para os peritos que têm uma linguagem mais técnica, o correto seria denominar doenças reumatológicas, ou utilizar termos como “artrite” ou “osteoartrose”, ao comum “Reumatismo”. Mas como o objetivo é todos fazermos parte da mesma linguagem, mesmo quem é leigo em Medicina, volto a fornecer termos médicos que ajudaram a explicar a significância dos relatórios\ prescrições médicas… Só assim poderá existir uma compreensão positiva para um resultado confortável, estarmos todos a mesmo nível linguístico para formalizar um compromisso de cura! Adiante…Prefixo Osteo= Osso; Prefixo Art = relativo a articulação; Sufixo ose= processo, patologia e Sufixo ite= inflamação.
O sintoma principal é a dor e a incapacidade na movimentação da (s) articulação (s) afetada (s).
Até chegar ao ponto de serem encaminhadas aos Reumatologistas e\ou Fisiatra, sendo este último uma mais-valia para alívio da dor através da prescrição de movimentos que serão supervisionados por fisioterapeutas, muitos indivíduos andam a gemer e claudicar diariamente. Muitos estão a tomar medicação em excesso para tolerarem a dor e conseguirem exercer a sua profissão, porque escutam conversas de conhecidos e desconhecidos a relatarem responsos de profissionais de saúde que associam estas queixas a exigência de baixas médicas para escapar ao serviço laboral.
Na realidade, a causa principal de faltas ao trabalho e reformas antecipadas é devido a doença degenerativa do foro ósseo, muscular e articular. É considerada uma preocupação em Saúde Pública, mas não existe um sistema fidedigno para despistar os casos críticos. Apesar de, na teoria, estar criado esse sistema, na prática quem está no terreno vê um crescendo de procura de especialistas que não satisfaz a necessidade. E a dificuldade em gerar o diagnóstico específico da doença reumatológica, faz surgir um proveito malicioso para quem o trabalho é para os tolos e que de valor é estar a usufruir dias em casa e ainda ganhar subsídios à conta da ingenuidade de quem acredita nos sintomas inventados. Daí muitos profissionais de saúde terem dificuldade em acreditar em quem se queixa sem sinais aparentes, ou quando existem duvidam da subjetividade da dor expressada… Típico “paga o justo pelo pecador “ por o médico achar que “são todos farinha do mesmo saco” !
Assim, há múltiplas causas para ter dor numa articulação, mas o profissional deve ter tempo e escutar a pessoa sem julgamentos e a pessoa deve ser isenta de subterfúgios….
Existem várias estratégias não farmacológicas para alívio da dor numa articulação (artralgia), muitas oriundas pelo senso comum e bons resultados de remédios caseiros e familiares. Na realidade as famosas botijas de água quente, trouxeram muito alívio a muitos queixosos de dores viscerais e articulares. Também na falta de botija, o famoso escalda-pés com um punhado de sal era prática frequente na tia “reumática”, ou no tio “gotoso”…Os cataplasmas de repolho eram ridicularizados pelos peritos de Medicina, mas em última instância mais vale um joelho embrulhado em couve com película aderente do que uma dor de estomago provocada pelo anti inflamatórios… Já referi antes, mas não deixa de ser triste pensar que um dos primeiros medicamentos para alívio da dor tem origem da casca do salgueiro, e agora quem prescreve satiriza com as origens da medicação.
O que deve ficar assente é que o estilo de vida interfere muito nestas maleitas, não é por acaso que a “Gota” ou hiperuracémia, também foi conhecida pela doença dos Reis, devido aos excessos alimentares acometidos por estes. A falta de exercício, ou a repetição de movimentos aumenta o risco de ter dor articular. O motivo de existir cada vez mais este problema tem haver com a falta de consciência de aquecer os músculos antes de uma atividade física intensa e os excessos alimentares. Não hesite em questionar os profissionais de saúde…. Por vezes temos de ser desafiados através de perguntas certeiras!

SANFONINAS

dr. jose
A Casa do Arqueólogo
De tudo o que vem – e muito é, como se verá – no volume 27 de «Adufe» referente a 2019, este título me chamou particularmente a atenção e fui logo ler, deixando para trás outros temas a que já se voltará.
Recordava-me de, no acompanhamento que sempre fiz questão de ter em relação aos vestígios romanos de Idanha-a-Velha (a ‘civitas Igaeditanorum’ dos Romanos), se haver saudado a possibilidade de casas que o Município comprara junto à muralha poderem vir a ser aproveitadas para apoio substancial à investigação. Algo de inovador e mui precioso, atendendo a que Idanha-a-Velha está longe, nos confins do Interior, e de muita coragem se deve vestir quem se decida a lá passar algum tempo a estudar.
Para além de espaço de reserva para alguns materiais arqueológicos que sempre se encontram, haveria um laboratório para o seu adequado tratamento e, sobretudo, alojamento. Diz no «Adufe» que é uma «casa rústica, recuperada com a subtileza e os traços do seu lugar – dispõe de um quarto de casal, outro individual, com duas camas e uma divisória».
Fiquei encantado ao verificar que o sonho se concretizara. Agora, é habitar o local. É mostrar como, ainda em pleno dealbar de um século incorrigivelmente urbano, a vida rural, em plena comunhão com a Natureza e no estudo pelo que os Antigos nos legaram, se pode antojar como realidade a viver.
Aliás, a leitura de mais um número desta revista cultural de Idanha-a-Nova proporciona-nos, na verdade, mil e uma razões para saber que o campo é bom lugar de acolhimento. Na entrevista a Francisco Sarmento, representante em Portugal da ONU para a Agricultura e Alimentação, empenhado no combate às «faces negras da globalização: a fome e a má alimentação» se apontam, por exemplo, caminhos para «quebrar o ciclo da insegurança alimentar e nutricional»: a vontade política e a concertação entre os actores relevantes.
Lugar ainda para ilustrada reportagem sobre o Bodo de Monfortinho; sobre a empresa Sementes Vivas (nome traduzido, certamente pelo ‘senhor Google’, como ‘Living Seeds’!…), sediada em Idanha-a-Nova desde a sua criação em 2015, destinada a promover a produção de sementes ‘100% biológicas e biodinâmicas’; sobre o ímpar acervo de arte sacra do núcleo museológico da Misericórdia de Proença-a-Velha… E convivemos com a pacatez dos valados de pedra solta, e as patas, os pêlos e os olhos de várias e preciosas espécies de aranhas.
«Adufe» é assim: um olhar para o nosso Interior profundo. Como deve ser!