ARRAIAL BEIRÃO ASSINALA FIM DE ANO DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MANGUALDE

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Como habitual, o Agrupamento de Escolas de Mangualde realizou mais uma festa de fim de ano.
Esta festa de encerramento do ano letivo, visa promover o convívio entre toda a comunidade, não só escolar, mas dos vários setores.
Desta forma, no passado dia 21 de junho, o campo da ESFA acolheu mais um “arraial beirão” com as tradicionais barraquinhas, as belas sardinhas, as febras e o caldo verde.
A animar a noite, esteve a Ginástica Artística das Escolas de Mangualde com várias exibições e a Orquestra Juvenil e Escola de Formação + Música, contando também com a atuação dos alunos do 4º ano.
Em breves palavras, Agnelo Figueiredo agradeceu a presença de todos, salientando que este arraial é uma forma de contato entre a comunidade escolar e a comunidade em geral, bem como, uma forma de descontração e recompensa pelo trabalho realizado em mais um ano letivo.
Este ano, na sua intervenção, Agnelo Figueiredo, trouxe uma notícia que espalhou a tristeza pelos presentes – o Professor Admar vai embora. A notícia apanhou os presentes de surpresa que envoltos em lágrimas e tristeza se questionam quanto ao futuro da Orquestra +Música. De relembrar que o projeto +Música atingiu um patamar de grande valor, sendo já uma referencia, não só das Escolas de Mangualde, mas do Concelho. Soluções para esta questão, estão a ser equacionadas.
No início do arraial, Agnelo Figueiredo trocou algumas palavras com o nosso jornal.
Sr. Engº, mais um final de ano letivo, que balanço podemos ter?
Foi um ano complicado. Foi um ano complicado porque houve uma serie de problemáticas de natureza política que afetaram muito os professores. Embora os professores tenham tido o cuidado e a profissionalidade de não fazerem transparecer os problemas que os afetaram para os alunos, é certo que há sempre um ambiente que não é o mais propício ao desenvolvimento. Por isso, este foi um ano complicado. Foi por ser assim complicado, que eu apostei nesta festa, com esta dimensão e animação, porque é bom chegar ao fim do ano, ter o trabalho feito, o trabalho realizado e poder ter um momento de relaxamento, de confraternização e é isso que estamos aqui a fazer, mas de fato, já houve anos mais simples.
Agora faltam os exames. Os exames estão a decorrer, os alunos estão preparados, estamos a ajuda-los, damos apoio para tirarem duvidas e eles tem aparecido. Esperamos, portanto, que os exames sejam também um êxito.

Os problemas que frisou anteriormente verificaram-se por todo o país, mas aqui a nível das escolas de Mangualde, houve algum problema específico?
Não a nível das escolas de Mangualde não tivemos qualquer problema. A problemática que referi, é uma problemática a nível nacional e isso de facto efetou-nos, acabou por nos afetar. Acabou por transparecer no quotidano, nos professores, um ambiente mais pesado, sim, mas tiveram o cuidado de não transparecer isso para a sala de aula e envolver nessa luta os alunos.

No início do ano letivo tivemos uma nova situação “o excesso de tardes livres” que veio revelar-se um outro problema com os transportes. Esse problema foi ultrapassado?
Bom, não é muito fácil contentar toda a gente. Se é certo que há pais que querem tardes livres e querem porque querem ocupar os filhos com atividades de enriquecimento curricular, dentro ou fora das escola, há outros que querem a escola a tempo inteiro e querem que tenhamos os alunos desde as 8 da manhã até às 6 da tarde e não é muito fácil ter a capacidade para ocupar os alunos este tempo todo. Nós de alguma maneira conseguimos. Não ocupados com aulas, até porque eles já têm excesso de aulas, mas com atividades educativas fora do ambiente clássico de sala de aula. Foi um êxito, sobretudo nos anos iniciais 5º e 6º ano tivemos êxito com isso.
Este próximo ano vamos ter atenção para ocupar mais as tardes. Claro que vamos ter o problema dos pais que querem as tardes livres, mas este ano vamos arranjar maneira dos alunos terem 3 tardes livres por semana.

Alguma outra consideração final que queira deixar?
Acho que esta escola está no bom caminho, temos feito um bom percurso. São já 9 anos de Agrupamento, estamos a atingir a adolescência, já passamos a fase da infância das crises e das birras e estamos a entrar numa fase de maior consciencialização. O ambiente está calmo, tranquilo, as pessoas compreendem bem quais são as suas funções e a função de cada um. Nós temos feito bem e, aliás, os exames nacionais têm-nos dado razão, mas devemos fazer ainda melhor, e eu, neste último mandato, vou tentar que isso vá ainda mais longe.

Vamos ter o Engº à frente do Agrupamento mais quantos anos?
Bom, eu não sei. Tenho mais um mandato de 4 anos, fui recém eleito à uma semana, mas tenho também uma outra coisa, que é aposentação e não sei qual é que vem primeiro.
Não tenho nenhuma pressa de me ir embora, não tenho pressa de me aposentar. Eu gosto de trabalho que faço. Acho que ainda posso fazer coisas interessantes. No dia em que em sinta que estou a mais optarei por ir para a reforma.