CONSULTÓRIO

dr. raul
AGORA, QUE CHEGOU O CALOR, É IMPORTANTE EVITAR AS EXPOSIÇÕES EXCESSIVAS AO SOL! QUE FAZER EM CASOS DE EXCESSO DE EXPOSIÇÃO SOLAR?
O sol é um bem natural que melhora o humor, dá um tom invejável à pele e beneficia muito o sistema ósseo… desde que seja “tomado” em doses adequadas!
Toda a exposição excessiva revela-se nefasta para as células da pele.
Os avisos são bastantes, seja através de campanhas na praia, seja em programas na televisão, seja por textos em jornais e revistas: as queimaduras provocadas pelo sol, sobretudo as acontecidas na infância, aumentam o risco de cancro cutâneo. E este mata!
Devem pôr-se em prática todas as medidas para o evitar:
Aplicação regular, e em quantidade suficiente, dum creme solar de índice elevado (mínimo de proteção 50), em quantidade suficiente, e adaptado ao tipo de pele de cada pessoa.
Voltar a aplicar após o banho ou forte transpiração.
Atenção, igualmente, às limpezas com a toalha que arrastam o creme da pele.
Grande prudência nos primeiros dias de exposição solar, uma vez que a pele não está habituada ao sol.
As pessoas de pele clara, especialmente os ruivos, são particularmente de risco.
Não esquecer que as nuvens deixam passar os raios ultra-violetas do sol e o chapéu-de-sol também.
Nada de exposição solar entre as 12 e as 16 horas, sobretudo quando se trata de crianças.
Nunca expor um bebé ao sol, assim como uma grávida, que também deve evitar a exposição solar.
Alguns medicamentos favorecem o aparecimento de queimaduras solares (fotossensibilização), pelo que se devem ler, com muita atenção, as bulas dos mesmos.
Igualmente para alguns perfumes e cosméticos. Evite usá-los antes de se pôr ao sol.
Três graus de gravidade
O banal golpe de sol que se traduz pelo aparecimento progressivo de placas vermelhas, que atingem um máximo em 12 a 24 horas e podem durar 3 a 5 dias. Habitualmente são atingidas as camadas superficiais da pele.
A queimadura de 1º grau é muito dolorosa. Manifesta-se por placas vermelhas, sobre as quais se podem formar bolhas de tamanho variado e que se podem reagrupar.
A queimadura de 2º grau provoca uma dor intensa e durável. A recuperação cutânea é demorada.

Em caso de exposição solar grave ou prolongada podem aparecer, com frequência, dores de cabeça, arrepios, tremores e febre.
A alergia ao sol
Um outro fenómeno, a não confundir com o golpe de sol, é a alergia solar ou lucite estival.
A reacção aparece de maneira brutal e retardada, cerca de 18 a 24 horas após a exposição. Como o que acontece quando da exposição excessiva ao sol, a pele torna-se vermelha, mas as placas ficam cheias de pequenos botões, que provocam coceira e não a sensação de queimadura.
Este tipo de reacção atinge, preferentemente, a zona do decote e os braços. Um inconveniente suplementar da alergia solar é que ela tende a recidivar cada ano, a seguir às primeiras exposições.
Reagir imediatamente
Aos primeiros sinais de queimadura pelo sol é preciso reagir a fim de evitar as lesões cutâneas e hidratar-se bebendo água com abundância.
Para a pele, o ideal é refrescá-la rapidamente através de um duche prolongado.
Depois de uma secagem de pele delicada a hidratação cutânea é fundamental: leite pós-solar, ou um creme contra as queimaduras.
Em caso de arrepios, febre ou mal-estar é importante consultar um médico.
Nos dias seguintes deve evitar-se qualquer tipo de exposição solar. O chapéu-de-sol não é suficiente e o ideal é andar bem tapado.
A saber
Se o golpe de sol parece desproporcionado em relação com a intensidade da exposição ou se aparece uma grande coceira, deve colocar-se a questão de uma eventual fotossensibilização: medicamentos, perfumes, cosméticos.
E-mail: amaralmarques@gmail.com