DIA DE FIÉIS DEFUNTOS

No próximo dia 2 de novembro, celebra-se o Dia de Fiéis Defuntos. Dia em que são lembrados os que já partiram e de romagem aos cemitérios.
A romagem e visita aos cemitérios é, em muitos locais, antecipada para o dia 1 pelo facto de ser Dia de Todos os Santos e feriado nacional.
Este ano, devido à situação epidemiológica que se vive não só no país mas por todo o mundo, é necessário cumprir as regras estipuladas pela DGS para proteção de todos e, neste caso particular, devem evitar-se ajuntamentos nos cemitérios.
À hora de fecho da nossa edição, ainda não são conhecidas as normas que irão ser impostas pelas autoridades municipais, sabendo-se apenas que os cemitérios irão estar abertos, como nos foi referido por um Presidente de Junta.
Transcrevemos ainda, a Nota Pastoral do Bispo da Diocese, onde dá orientações de como deverá ser vivido o Dia de Fiéis Defuntos neste ano de 2020.
“Nota Pastoral – Viver a Esperança na Vida Eterna
A Liturgia da Comemoração de Fiéis Defuntos, que tem grande manifestação cristã na vida dos fiéis e da Igreja, este ano em contexto de Pandemia de Covid-19 e vivendo em situação de contingência, tendo presente as Orientações sanitárias e das autoridades de saúde pública local, que não permitem ajuntamentos públicos com número elevado de pessoas, convidam-nos a cumprir a lei tendo presente as Orientações da Direção Geral de Saúde e as Orientações Pastorais para a nossa Diocese de Viseu.
Aproximando-se os dias 1 e 2 de novembro em que muitas pessoas se deslocam aos cemitérios, especialmente durante as romagens e as celebrações de sufrágio dos fiéis defuntos, havemos por bem olhar para a comunidade com o bom senso pastoral, a virtude da prudência e da caridade. Convido os pastores e todas as pessoas a rezar em sufrágio dos defuntos participando na celebração da Eucaristia, na visita ao cemitério de forma privada, respeitando sempre as medidas profiláticas de Saúde Pública com o gesto de desinfetar as mãos, usar a máscara, fazer o distanciamento físico e evitar sempre o ajuntamento de grupos.
Todos somos livres e responsáveis, “todos estamos no mesmo barco” e queremos o bem de todos. Não queremos ser responsabilizados por infetar ninguém, nem sermos infetados pelo vírus.
A promoção da Saúde é um bem precioso para a humanidade, algo que devemos promover e incentivar, educando para os valores da vida e da saúde, num diálogo de abertura e compreensão para vivermos todos a vida “em fraternidade e amizade social” (Papa Francisco).
Conscientes de que o momento presente continua a ser crítico com o aumento de número de contágios e aumento de números de mortes, sabendo que são muitas as pessoas que nestes dias vêm de outros lugares e do estrangeiro às suas comunidades para participar na visita e na romagem aos cemitérios e rezar pelos seus entes queridos.
Perante a atual situação de pandemia pedimos a todos os pastores e fiéis que acolham as seguintes orientações da Diocese e em comunhão de verdadeira fraternidade, todos sejam cumpridores das seguintes normas pastorais:
Estamos autorizados a celebrar a Eucaristia ou a promover a Celebração da Palavra dentro da Igreja ou capela, ao ar livre se o tempo o permitir, no dia 1 de novembro, celebração de Todos os Santos, e no dia 2, na Comemoração de Fiéis Defuntos, cumprindo sempre as orientações que já assumimos como de ver cívico e boa prática reconhecida à Igreja. No final da Eucaristia podemos fazer uma oração de sufrágio por todos os defuntos. Exortemos os fiéis a visitarem os cemitérios durante o mês de novembro e rezarem pelos fiéis defuntos, evitando sempre os ajuntamentos proibidos por lei.
Não estamos autorizados a realizar procissões ou romagens aos cemitérios. De acordo com a lei, os cemitérios estão sob a tutela da autoridade civil. A celebração da Eucaristia na Capela do Cemitério ou qualquer outra celebração comunitária de fé está proibida.
Aproveitemos as nossas homilias para apresentar o verdadeiro valor e sentido da vida, o chamamento de todos à santidade, a beleza da vida eterna, a importância da oração de sufrágio pelos fiéis defuntos, o sentido pleno da morte, procurando educar e formar as pessoas e os cristãos para o verdadeiro sentido das exéquias, ajudando também os fiéis a fazerem de modo sadio e cristão o luto.
Espero que a comunhão, na unidade de critérios pastorais e na corresponsabilidade, seja assumida por todos.
Confio a Nossa Senhora do Rosário, a Mãe de Jesus e nossa Mãe, o caminho da Missão renovada da Igreja, para que com a oração do terço em família, imploremos o eterno descanso de todos os fiéis defuntos.
Unido aos vossos sentimentos e preocupações pastorais, desejo-vos o maior bem com gratidão e estima pessoal.
Viseu, 7 de outubro de 2020
† António Luciano dos Santos Costa,
Bispo de Viseu”