EDITORIAL Nº 793 – 15/02/2021

Portugal não pode ficar vazio
Ao atingir os 94 anos o Jornal Renascimento, vai dar um grande passo.
Um passo calculado, mas em frente.
Vai ter uma Delegação na Cidade de Viseu, Capital da Beira Alta.
Alargará não só o seu espaço, como também o seu conteúdo. Mais páginas para texto, mais páginas a cores, mais informação, melhor informação, novos colaboradores.
Anima-nos não só o verso de Pessoa-“ Deus Cria, o Homem sonha, a obra nasce”, como as mensagens recebidas, recentemente, do Senhor Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa – “O Jornal Renascimento, uma publicação feita por Portugueses em Mangualde, para Portugueses de todo o mundo”, como a da Senhora Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, quando nos incita a ser “Os ouvidos e a voz de Mangualde, de Viseu Dão Lafões e do nosso Interior” .
Ainda Almeida Henriques, Presidente da Câmara de Viseu que considera “ O Jornal Renascimento pertence a uma classe que defende a região onde se insere, amplificando as necessidades e feitos das suas gentes”, ou Elísio Oliveira, Presidente da Câmara de Mangualde que o distingue como sendo “ Um dos activos comunicacionais do nosso território, que regista, valoriza e partilha a informação local”.
Também Jorge Sobrado ao dizer “ O seu título ( Renascimento) é um exemplo, quanto o projecto de relançamento editorial em que se empenhou recentemente, uma afirmação de resistência e de amor à Região”. Não esquecendo José Perdigão, Grão Mestre da Confraria dos Enófilos do Dão, quando nos agradece-“ Pela longevidade e abertura de espírito, pelo contributo invulgar de perpetuar a memória da escrita, e de ser um espaço, onde qualquer leitor do presente, ou do futuro, tem a possibilidade de renascer”.
E muitos outros nos animam e estão com o Jornal Renascimento.
O Jornal Renascimento faz jus ao seu nome! Está a renascer para uma nova caminhada!
Criará uma página especial para as notícias da Cidade de Viseu. Não demoramos tempo, iniciamos o projecto hoje.
Mangualde será sempre o lugar da sua origem, onde está o seu coração e nunca será esquecida.
Porém, novos tempos e novos desafios se impõem.
A nossa Região, a Beira Alta, se nada for feito, continuará progressivamente mais desertificada e mais abandonada; a chave dará a última volta e fecham-se Serviços, Repartições, Escolas.
As populações, abandonadas procuram outras paragens onde possam governar a sua vida. O estrangeiro ou o litoral. O litoral também sofre com esta afluência, não está preparado, congestiona-se, deteriora-se a sua qualidade de vida.
O que o País precisava era de um crescimento harmonioso. Não há nenhum País que se possa desenvolver com tão gritantes desigualdades.
No fundo falta o Estado, o Estado falhou. A sua ausência e a falta de políticas acertivas.
Não são a deslocalização de Secretarias de Estado que resolve o problema. O Interior não precisa de governantes lá. Precisa sim de pessoas, que trabalhem, de crianças para não fechar escolas, Investimento e Empresas que dêm trabalho e riqueza à Região e ao País. Dar pequenos subsídios é como atirar migalhas aos pobres.
Também não são necessárias criar estruturas intermédias que criam entropias, nada resolvem e não servem para nada. E, são o albergue dos protegidos.
O que faz verdadeiramente falta são investimentos, melhoria de comunicações, ferroviárias, rodoviárias. Acabar com as portagens!
A Cidade de Viseu é um exemplo no interior. Não perdeu habitantes, tornou-se numa das maiores cidades do Interior, hoje com cerca de 100 mil habitantes, lidera uma Região, a Beira Alta, de que é Capital, uma área que vai do Douro à Estrela e tem meio milhão de habitantes.
Apostou forte nas novas tecnologias do conhecimento, tornou-se ou está em vias de ser uma Cidade Inteligente. Foi esta a sua estratégia para a captação de investimentos. Colocar a Inteligência ao serviço de um futuro mais sustentável.
E conquistou o lugar de Cidade com a Melhor Qualidade de Vida. Vive-se bem em Viseu!
O Jornal Renascimento quer fazer parte do progresso, do desenvolvimento, das novas tecnologias da Informação e Conhecimento e abre uma Delegação em Viseu.
Viseu acolheu esta ideia de braços abertos. O Jornal Renascimento saberá agradecer.