A Grande Oportunidade


Este é o último Jornal antes do Acto Eleitoral Autárquico que se realiza em 26 de Setembro.
Por isso, esta é a última oportunidade para esclarecer os Eleitores.
O Jornal Renascimento ao longo dos seus 94 anos, sempre teve uma postura independente.
Nasceu em plena Ditadura Republicana, atravessou a Ditadura do Estado Novo, vive hoje em Democracia e sempre, ao longo destes longos anos, se manteve independente de Governos e Grupos. E assim continuará!
Nunca deixou de criticar o que está mal, ou elogiar o que está bem.
Mangualde é o seu berço e quem não se preocupa com ele não é digno de ter nascido aqui.
E é o actual estado, uma espécie de “Plano Inclinado” em que o Concelho se encontra que preocupa muito, os que vivem e amam a sua terra.
Mangualde nos últimos 47 anos de Democracia não se tornou uma terra próspera, não cresceu e nem evoluiu no sentido certo.
De Vila passou a Cidade em Julho de 1986 e quando se previa uma onda de expansão, quase parou no tempo.
Em 1950 atingiu o seu máximo populacional, 25.340 habitantes. Desde então começou o seu declíneo populacional. Desde essa data até ao último Censo de Julho de 2021 perdeu 7.046 habitantes. Uma sangria que não foi, nem é estancada, porque o Concelho não oferece oportunidades aos seus habitantes. Nos últimos dois anos perdeu 270 habitantes e até os estrangeiros residentes começaram a ir embora, 146 pessoas.
São estes os dados Oficiais do Instituto Nacional de Estatística publicados e por isso dados indesmentíveis.
Os Orgãos Oficiais do Concelho em que se inclui a Câmara Municipal, chegam à seguinte conclusão :- “ A dinâmica demográfica do Concelho de Mangualde é sobretudo marcada pelo declíneo populacional, pelo acentuado envelhecimento populacional, por mudanças ocorridas ao nível das estruturas familiares que sinalizam novas formas de vida em família e por um saldo migratório negativo, já que os residentes estrangeiros estão a abandonar o Concelho”.
Não podíamos ter uma radiografia mais nítida do que a conclusão dos principais Orgãos do Concelho de Mangualde.
Chegados aqui, surge a pergunta. O que é preciso fazer para inverter esta situação?
A resposta está no próximo Acto Eleitoral, que tem que ser um ciclo de mudança.
E a decisão está nos Eleitores, no seu Voto, conscientes desta gravíssima situação.
Escolher um Presidente de Câmara, uma Vereação, uma Assembleia Municipal, Junta e Assembleia de Freguesia, não é tarefa fácil.
A escolha está no Voto, Secreto, Consciente, uma arma importante que é preciso saber usar para que não se vire contra nós.
Em Eleições Autárquicas, de proximidade, todos nos conhecemos. Sabemos quem são os Candidatos, os seus valores e os seus deméritos.
Por isso, o Voto, tem de ser bem pensado e colocado no lugar certo.
Um Presidente de Câmara, já que é o máximo responsável, tem de ser uma figura com perfil, sério, trabalhador, que ponha acima dos seus interesses pessoais e partidários o seu Concelho.
Tem de ser um líder, conhecedor profundo do seu espaço e acima de tudo ter uma ideia, um projecto para o seu Concelho e para o espaço envolvente, outros Concelhos, com quem tem de colaborar.
Um Presidente de Câmara não tem de ser indicado pelo Partido, só por que é do Partido, ou amigo do Chefe do Partido.
Um Presidente de Câmara, de Partido, ou Independente, tem de merecer o respeito e a admiração do seu povo, com provas dadas de seriedade, de trabalho demonstrado ao longo da sua vida, para que receba o Voto que o vai eleger e tornar o principal condutor do Concelho.
A Cidade enche-se de Cartazes. Fotografias e frases ôcas, sem nenhuma verdade. Frases que podiam ser outras e que no fundo não dizem nada.
Nas Campanhas eleitorais, os Candidatos menos sérios prometem tudo, para falharem e se esquecerem logo a seguir, se por ventura forem eleitos.
Um Candidato que quer ser eleito tem de apresentar projectos, viáveis, sérios, concretizáveis e não utopias, que de antemão sabem não poder executar.
Ser sério é muito difícil. Prometer tudo e a todos é muito mais fácil.
No entanto o Concelho de Mangualde tem todas as condições para ser de primeira grandeza.
Falta-lhe uma Área Industrial. Mangualde tem indústrias localizadas no Concelho. Isto não é uma Zona industrial. Uma verdadeira Zona Industrial é outra coisa bem diferente e para melhor.
As localidades que estão dependentes de uma grande unidade industrial, onde trabalham centenas de pessoas, às vezes da mesma família, quando há um encerramento é um problema colossal. Ter uma empresa dessas na terra, é quase como ter uma bomba de relógio. Quando rebenta provoca estragos inimagináveis. Aconteceu recentemente em localidades conhecidas.
Ter várias empresas, de pequena, média e grande dimensão é muito mais seguro.
Há outros polos para desenvolver.
Tem a Barragem de Fagilde, uma mancha de àgua magnífica, um lago tão azul como o céu.
Há projectos para o desenvolvimento turístico da Barragem? E pergunta-se :- Porque é que a Barragem de Fagilde não é classificada como praia fluvial?
O aproveitamento da A25, o Terminal Ferroviário são outros grandes projectos para fazer e relançar o Concelho de Mangualde.
A ligação a Nelas. Alguém faz pressão sobre o Governo para fazer uns escassos 16 Kms de autoestrada ?
Que maravilha ligar o Nó de Mangualde a Santa Comba Dão e a Coimbra.
Quantos benefícios traria esta obra?
A ligação à Cidade de Viseu, ao Turismo, à Cultura. Mangualde tem de viver paredes meias com uma cidade de média dimensão como Viseu.
Há muito a fazer, mas tem havido pouca vontade de fazer obra para o futuro. Projectar Mangualde, sair da anemia que a mata.
O Voto no dia 26 de Setembro pode mudar muita coisa. Fazemos “votos” para que assim aconteça.
Vote em Consciência!