Resultados eleitorais em Viseu e Mangualde


As cidades fazem-se a partir dos seus habitantes.
As recentes Eleições Autárquicas tiveram como limite a imaginação.
É mais difícil nas eleições legislativas e europeias disfarçar derrotas.
Mesmo antes do acto eleitoral já todos os partidos faziam todas as reflexões e anunciavam vitórias. Eram todos vencedores!…
Para muitos a noite de eleições foi uma festa, para outros uma desilusão e uma derrota.
Porém, mesmo as vitórias, nalguns casos, foram sem luzes e noutros casos com um sabor amargo a derrota.
O Primeiro Ministro de vez em quando, demasiadas vezes, vestiu o casaco de Secretário Geral do PS, mas foi abusador e excessivo.
Costa carregou a “Bazuca” às costas e deu “bazucadas” a torto e a direito. E transformou o acto eleitoral, com tanto material bélico, quase numa guerra.
Para muitos acabou a festa e segue-se o funeral.
O eleitorado não anda de olhos fechados e votou conforme entendeu.
Em Viseu, Fernando Ruas, volta à casa que conhece, a sua casa, e que governou durante 24 anos. É a sétima conquista da Presidência da Câmara de Viseu. Saíu há oito anos e regressou.
A sua oposição andou a prometer mundos e fundos e Fernando Ruas vai exigir que essas promessas durante a campanha eleitoral sejam cumpridas pelo Governo. Vai virar-se o feitiço contra o feiticeiro. Que venha o Centro Oncológico, a nova Autoestrada e o Comboio.
A votação em Viseu deu-lhe uma maioria absoluta, mas o PS, subiu e por isso terá uma governação mais complicada.
Fernando Ruas é um “Dinossauro” da politica e saberá contornar os escolhos que lhe lançarem.
No Concelho de Mangualde, ganhou o Partido Socialista. Foi porém uma vitória com um acentuado sabor amargo.
Perdeu em relação a 2017, na Câmara , 14,71%, baixou de 6 Vereadores para 4. A nova equipa com excepção de dois elementos que transitam do anterior elenco, é nova, sem experiência de governação. Em contra partida na oposição estão dois Vereadores com grande experiência já que foram Vice-Presidentes da Câmara em anteriores mandatos.
Na Assembleia Municipal o PS também sofreu reveses. Elegeu 13 Deputados, (tinha 16) o PSD/CDS-PP 6 e o CHEGA 2.
Nas Juntas de Freguesia perdeu a Freixiosa para a Coligação PSD/CDS-PP.
A Coligação Juntos por Mangualde – PSD/CDS-PP, não conseguiu atingir as metas que tinha concebido, uma grande mudança, mas recuperou alguma coisa.
Vamos acreditar que após tantas promessas o Interior não seja esquecido.
A maior parte dos Autarcas locais, quase nenhuns, têm dimensão nacional. Afinal o seu Poder Local é uma insignificância.
É bom que atendendo ao momento presente e ao futuro difícil que se avizinha, termine a política do cimento, das festas, de iniciativas irrelevantes mais para promoção pessoal do que de interesse para os Concelhos.
Caminhar para tornar o País mais próspero, mais dinâmico, mais equilibrado, mais igualitário.
Há uma grande diferença entre ser um bom candidato à Câmara e ser um bom Presidente.
Há casos de candidatos que ganharam as eleições se ter transformado numa completa desilusão, em péssimos Presidentes de Câmara. E no mandato seguinte não serem reeleitos.
Os Candidatos e os Presidentes são como os melões. Só depois de abertos podemos avaliar a sua qualidade.
O futuro falará!…