O momento político*

Após a realização das Eleições Autárquicas em 26 de Setembro, os eleitos tomaram posse, na Câmara, Assembleia e Juntas de Freguesia.
E quando tudo parecia que iria correr com normalidade, vem a reprovação do Orçamento do Estado, no dia 27 de Outubro, que atirou o País para Eleições Legislativas a realizar em 30 de Janeiro de 2022.
À primeira vista parecia que todos os Partidos da Coligação de Esquerda queriam a aprovação do Orçamento. Mais tarde concluiu-se que não era bem assim. O Partido Socialista, desejoso de se libertar da esquerda, aproveitando as guerrilhas internas nos Partidos da Direita, imaginou chegada a altura de provocar eleições antecipadas e poder alcançar uma maioria para governar como entendesse.
Basta ouvir os parceiros da esquerda para se tirar essa conclusão.
Desta forma só a 30 de Janeiro teremos o novo Parlamento eleito que irá ditar um novo Governo.
No que se refere à política local, no Concelho de Mangualde, após as eleições autárquicas, tudo ficou na mesma. Venceu o PS com menos votos do que nas anteriores eleições ( passou de 69,53% para 54,81%, isto é perdeu 14,70%, elegeu menos 2 Vereadores, de 6 passou para 4.
Por sua vez a Coligação PSD/CDS-PP, subiu em número de votos, de 21,6% para 25,67%, subiu 4% e elegeu 2 Vereadores, quando na anterior Vereação só tinha 1. E o Partido CHEGA elegeu também 1 Vereador.
No entanto, registamos com pesar, que Mangualde perdeu protagonismo a nível Regional. O anterior Presidente era Membro do Comité das Regiões, Vice-Presidente da CIM Viseu Dão-Lafões e Vice-Presidente do Turismo Centro de Portugal, o que agora não acontece.
Para melhor entendermos o início deste período de governação, o Vereador Joaquim Patrício, que encabeçou a Coligação PSD/CDS-PP, disse ao Jornal Renascimento:
“Concluído que foi o processo eleitoral é hora de dar o passo em frente que entendemos ser urgente, assim, para os próximos 4 anos, há a responsabilidade de um grande trabalho em prol do desenvolvimento do nosso concelho, o concelho de Mangualde.
É prioritário zelar pela proteção dos interesses de todo o cidadão, da legalidade, para defender os interesses públicos da autarquia e para respeitar o fim público dos poderes em que nos encontramos investidos, sempre com isenção, imparcialidade, poder de decisão, responsabilidade, participação e colaboração com os particulares, porque o concelho de Mangualde está acima de todos os interesses individuais ou interesses partidários. Não abdicaremos e teremos sempre a preocupação de referir quando necessário, designadamente três preceitos, humildade, coragem e sabedoria. Humildade para não nos sentirmos superiores a quem quer que seja, independentemente da estrutura ou órgão que ocupem, mas obviamente respeitando as hierarquias. Coragem para enfrentar todo e qualquer desafio, para dizermos “olhos nos olhos” aquilo que pensamos .
Sabedoria para não reagirmos às provocações, ofensas, porque quem tem experiência em terrenos pantanosos, normalmente vence, pelo que, não nos revemos nesses espaços lamacentos, aí não nos movimentamos e não temos experiência.
Faremos uma oposição séria, em defesa da legalidade e do interesse público de todos os cidadãos e em estreita colaboração com os documentos que nos forem chegando e com aqueles que entenderem ser necessários e que em devido tempo serão solicitados. Decidiremos em consciência,sempre em defesa do interesse público e tendo como suporte o nosso programa.
É hora do concelho de Mangualde apanhar o comboio da frente.
Nas reuniões de câmara realizadas a 21/10 e 4/11, foram analisados e aprovados vários assuntos antes da ordem do dia e constantes da ordem do dia.
Assim colocámos algumas questões:

Primeira: Mangualde com “ensino superior” e o protocolo com o Piaget,

Segunda: equipamento informático de apoio aos membros do órgão executivo nas reuniões de câmara;

Terceira: A implementação do “Projeto-Piloto de Transporte Flexível a Pedido Ir e Vir” e ao qual aderiram alguns municípios da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões,

Quarta: Estrutura metálica colocada na rotunda de Ançada, o que significa, quem a patrocinou, se houve algum procedimento e pareceres;

Quinta: Transportes escolares e transportes públicos;

Sexta: Obras na Associação de Fagilde/Escola da Roda,tipo de procedimento adotado e ponto de situação

Sétima: Loteamento da Igreja, ponto de situação;

Oitava: Redutores de velocidade no acesso ao Bairro de São João via Estrada da Roda;

Nona: Quantas placas de inaugurações, de lançamentos de obras, de colocação da primeira pedra, foram instalados no concelho de Mangualde até ao dia 26 de setembro último, que tipo de procedimento e qual a entidade que operacionalizou este processo;

Décima: IBR Imobiliária e a Obra Social Beatriz Pais, está a ser efetuada uma obra particular no local, demolição do muro divisório e o que está previsto;

Décima primeira: Cine Teatro Império e a data da comunicação prévia daquela obra;

Décima segunda: No âmbito do conjunto das ETAR que nos últimos anos foram sendo, faseadamente, contratualizadas e executadas a importância da manutenção e um plano devidamente calendarizado;

Décima terceira: Rampa e escadaria de acesso à C.G.D., em betão e no espaço público;

Décima quarta: Cidem, ponto de situação;

Décima quinta:Trabalhadores precários, C.E.I., ponto de situação e impacto.

Décima sexta: Feira dos Santos e quando foi tomada a decisão da não realização e porque motivo;

Foram,também, entre outros,aprovadas legalizações e processos de obras particulares, alterações de diretor de obra, segurança, do Cine Teatro Império e procedimentos concursais para fornecimento de energia.
As atas, que serão públicas, estarão disponíveis no site da câmara( https://www.cmmangualde.pt/municipio/orgaos-autarquicos/camara-municipal/atas/.)”