Rui Rio Ganhou as eleições e é o futuro Presidente do Partido Social Democrata (PSD).
Foi a vitória dos militantes de base contra o Aparelho, os instalados, ou que se quereriam instalar, movidos por interesses pessoais.
Daqui se infere o seguinte. O Aparelho está desfazado dos militantes e porque não é possível mudar os militantes, tem de ser mudado o Aparelho. E é isso que Rui Rio vai fazer, pois não foram meigas as declarações que lhes dirigiu, nem foi a sorrir que o disse.
E avisou, os dirigentes que têm de estar mais ligados aos militantes e devem agir sempre no interesse do Partido e não nos interesses pessoais.
Rui Rio é um resistente, um vencedor nato. Sempre que está para perder, com sondagens desfavoráveis, tudo e todos contra ele, ganha. É a terceira vez que vence os seus opositores e de peso, Santana Lopes, Luís Montenegro, ou Paulo Rangel. E sempre em oposição.
E nesta euforia de vitórias, “picado”, prepara-se para ganhar as Legislativas no dia 30 de Janeiro.
Para já mostra-se disponível para fazer a unidade do Partido, mas só se pode fazer a unidade com quem quiser. E muitos dizem que querem mas no fim não querem unidade nenhuma.
No seu discurso, a certa altura pôs ponto final e parágrafo para falar no futuro, na correcção dos desalinhamentos internos e focar-se só nas Legislativas de 30 de Janeiro.
Agora, disse, é tempo de projectos, ideias que tirem o País do estado de anemia em que tem vivido. A Direita tem estado a arrumar a casa em vez de fazer verdadeira oposição .
Rui Rio, agora eleito, pode preparar a campanha eleitoral.
A pandemia, que vai crescendo, pode ter uma palavra sobre o desfecho eleitoral. Tem de ser uma preocupação nacional, não uma arma de arremesso.
Os portugueses, cansados de crises, exaustos, já aprenderam a interpretar as manobras políticas, como se viu nesta eleição.
Por isso o resultado eleitoral em 30 de Janeiro, pode reservar-nos uma grande surpresa.