EDITORIAL Nº 816 – 15/2/2022

O ciclo político que vai começar agora com um Governo de maioria absoluta do Partido Socialista, o que esperamos todos é que corresponda a um novo desafio, um novo caminho para que leve Portugal a sair definitivamente da cauda da Europa e a trilhar um percurso de crescimento sustentável e de convergência com a União Europeia.
Para isto muito contribuirá o suporte da nova maioria Parlamentar e o afastamento definitivo dos partidos de esquerda, entraves do nosso desenvolvimento.
A maioria absoluta não é um poder absoluto. E muito menos um poder absoluto eterno. Já houve outras maiorias absolutas no passado que terminaram no fim dos seus mandatos, ou mesmo antes.
António Costa deve cumprir o que disse e prometeu. A maioria absoluta deve levar o governo a consensos e compromissos alargados.
Agora que há estabilidade política, deve seguir-se a estabilidade social, o crescimento sustentado da economia.
Não será bom, que os partidos de esquerda derrotados pelo Povo, aproveitem a rua para contestar e serem hostis.
O País precisa de Paz, sair da pandemia e subir um caminho de crescimento, com melhores empresas, empregos e ordenados.
A conjuntura internacional não é muito favorável; subida da inflação, dos preços dos combustíveis, de outros bens e das taxas de juro. E ainda pior as tensões geopolíticas.
A inflação irá manter-se na Zona Euro por mais tempo que o desejado. O Banco Central Europeu ( BCE) vai aumentar brevemente as taxas de juro.
Tudo isto exige do novo Governo que actue com cuidado, com coragem e com políticas acertadas.
A margem de manobra não é grande, mas mesmo assim suficiente para ter êxito.
Ter em conta as empresas, a sua capitalização, o aumento dos salários, todos, muito baixos, a inversão da fuga de talentos e uma boa aplicação do PRR.Todos esperamos que o novo Governo esteja á altura dos desafios.