Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, de visita à comunidade mangualdense em Londres


O Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Marco Almeida, esteve de visita à comunidade mangualdense em Londres.
Nesta deslocação, o autarca conheceu de perto o excelente trabalho que os mangualdenses desenvolvem nas mais variadíssimas áreas de atividade.
Ainda houve a oportunidade de estreitar relações com a embaixada de Portugal no Reino Unido e com a Câmara Municipal de Lambeth, cidade no sul de Londres, onde o mangualdense Diogo Costa foi recentemente eleito como vereador.
Para o Autarca mangualdense, “esta visita serviu não só para estreitar relações junto da Embaixada Portuguesa e do Município de Lambeth, onde o mangualdense Diogo Costa foi recentemente eleito como vereador, mas também para enaltecer e manifestar o reconhecimento aos emigrantes mangualdenses radicados no Reino Unido, que são parte integrante da história de Mangualde.”
A visita culminou com um jantar convívio organizado por amigos e amigas de Pedreles, que juntou centenas de mangualdenses, não só residentes da área metropolitana de Londres, mas também muitos que vieram de vários pontos de Inglaterra.
Esteve presente o presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Marco Almeida, o adido da embaixada de Portugal no Reino Unido, Fernando Sousa, o Presidente do Pedreles Beira Dão Clube, Horácio Carreira, e o mangualdense Diogo Costa, vereador da Câmara Municipal de Lambeth.
Marco Almeida diz ainda que esta visita o marcou de forma particular, “porque é difícil encontrar exemplos tão bons de afirmação da unidade, de patriotismo, amizade, hospitalidade e amor à terra.”

Respeitar e apoiar os nossos emigrantes
O Reino Unido tornou-se nas duas últimas décadas o principal destino da nova emigração portuguesa.
Segundo dados recolhidos havia em 2020 mais de 165 mil portugueses no Reino Unido.
O que leva os portugueses a emigrar, sair do seu País?
É sobretudo o resultado das desigualdades socio-espaciais persistentes.
Em suma, as correntes migratórias tendem a dirigir-se de países menos desenvolvidos, ou periféricos, como é Portugal, para outros mais evoluídos e centrais.
A emigração Portuguesa teve o seu pico, no século passado, nos anos de 69/73. Decresceu com a Revolução de 25 de Abril, que gerou expectativas de mudança, melhorou condições de vida, mudança de políticas e o fim da Guerra Colonial.
Com a Integração Europeia em 1986 a emigração retomou uma trajectória de crescimento.
O Reino Unido aparece então como um dos principais destinos. Tem carência de mão de obra nos Sectores mais intensivos em trabalho (Indústria, Construção, Turismo) e nos Serviços.
Foi tal a emigração que rápidamente aumentou mais de 150%.
Mas, o fluxo migratório nos últimos anos é muito diferente. As carências em Sectores fundamentais, no Reino Unido, tendem a seleccionar o emigrante mais qualificado, tendo em conta o seu mais elevado nível de instrução.
Por outro lado, o Reino Unido pratica a política do mérito. Básicamente querem os melhores, os mais qualificados para os lugares para serem compensados com o maior salário possível.
Por isso a probabilidade de emigração dos portugueses para o Reino Unido e o seu sucesso , era tanto maior, quanto mais elevado fosse o seu nível de formação.
E Portugal vai perdendo os seus quadros, os melhores, que anseiam por terem um melhor nível de vida. E vai-se dando a sangria…
Todos os seres humanos devem ser tratados com respeito e dignidade. Mas, os emigrantes que são a força de trabalho dos países que os receberam, têm que ter um tratamento especial. São o trabalho, a riqueza desses países.
Nos dias de hoje, com a Guerra na Europa, temos de ter muita atenção e não confundir refugiados com emigrantes.
Os primeiros fogem dos seus países em guerra, procuram segurança e paz. São uns “emigrantes forçados”!
Os segundos procuram trabalho e remuneração condigna com as suas habilitações, uma nova oportunidade económica.
E enquanto estivermos na cauda da Europa, temos de viver assim!…
António Fortes