AIRV – Associação Empresarial da região de Viseu – 40 Anos


A Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV), comemorou no passado dia 21 de Outubro, 40 anos, num digno evento em que tive a oportunidade de estar presente. Parabéns à AIRV, aos seus dirigentes, aos seus colaboradores e aos seus associados.
4 décadas de atividade de uma instituição são já uma expressão de vida e de valor relevante.
O desenvolvimento da economia e da sociedade dependem muito da qualidade e da dinâmica das suas instituições. Sociedades com instituições fortes obtêm melhores resultados de desenvolvimento.
Tive a honra de fazer parte de uma das Direções da AIRV, entre 2014/2016 em representação da Peugeot Citroen e também Presidente do Concelho Fiscal do Conselho Empresarial da Região de Viseu (CERV), que englobava a AIRV a Associação Comercial, etc.
As associações empresariais regionais desempenham um papel importante : conhecem a realidade do tecido empresarial da região, têm uma visão privilegiada do conjunto. São o ponto central de uma rede de relações empresariais e institucionais. Desempenham papel fulcral na requalificação de trabalhadores e empresários e no apoio ao empreendedorismo. São agentes ativos de redes colaborativas entre empresas e entre outras instituições. Deram forte colaboração no aumento de exportações de 28% para 45% do PIB. Tiveram papel importante na dinamização de ações de sensibilização e formação com visitas organizadas a feiras e mercados no exterior e em trazer potenciais clientes estrangeiros a Portugal.
Prestam, por vezes, assistência técnica, consultadoria financeira e jurídica. Fazem estudos e são interlocutores de alguns relevantes organismos. Têm um papel interventivo na reivindicação de reduções de custos de contexto local e nacional. São um virtuoso parceiro social da governação das regiões e do país.

Cada vez mais a riqueza produzida num país e nas regiões depende da qualidade, da dimensão e da eficácia das suas empresas. Há fatores transversais em que as associações podem potenciar o seu desenvolvimento como a qualidade dos recursos humanos, a divulgação de tecnologias, o acesso aos mercados, o nível de fiscalidade, a internacionalização, etc.
As associações empresariais podem ser dinamizadoras e agentes ativos de promoção de ações numa lógica de animação e de eficiência coletiva.
Não basta ter algumas empresas com altos níveis de eficiência. A eficiência só se traduz em valor substantivo se for coletiva.
A região Dão Lafões é relativamente fraca em produtividade e em PIB per Capita. Só com mais e melhores empresas conseguirá melhorar. Tem de atrair mais ativos industriais, mais capital, e introduzir mais tecnologia nas empresas existentes. Atrair mais atividades intensivas em conhecimento para fixar e atrair quadros qualificados e altamente qualificados. É fundamental melhorar o contexto dos fatores críticos de atratividade e fixação de talento e de capital. Só com uma atuação articulada do quadro institucional se poderá aspirar a melhores resultados. A região precisa de continuar a contar com uma AIRV cada vez mais forte e atuante. Um dispositivo indispensável para a economia e para o tecido empresarial da região.
Viseu tem que reforçar a fileira do ensino profissional nas áreas tecnológicas, valorizar o Ensino Superior da região e reforçar a relação deste com as empresas. Tem que reforçar as valências da investigação e da inovação de forma a criar um ecossistema valorizador das fileiras económicas e fazer face aos desafios da inovação. De reforçar a colaboração e a transferência de conhecimento entre as Instituições do Ensino Superior, as entidades do Sistema Ciêntifico e Tecnológico Nacional e as Empresas.
É uma honra contar com a AIRV e com o IPV como associados do STAR Institute, entre outras Universidades e empresas, exatamente no propósito do desenvolvimento desta lógica. O caminho faz-se caminhando.