
POLIPOS INTESTINAIS
O QUE SÃO? QUAIS SÃO OS SINTOMAS? QUAIS OS RISCOS? O QUE DEVEMOS SABER SOBRE OS POLIPOS INTESTINAIS?
Os polipos intestinais são pequenas excrescências que se situam na parede do cólon.
A maior parte das vezes são benignos… mas nem sempre.
Os polipos intestinais desenvolvem-se a partir da mucosa que atapeta o interior do intestino e do cólon.
Podem ver-se facilmente por colonoscopia, exame que consiste em introduzir, no intestino, um fibroscópio munido de luz e de uma câmara de vídeo.
Existem três tipos de pólipos:
Os polipos adenomatosos (os mais frequentes - cerca de 2/3 dos pólipos),
Os polipos hiperplásicos,
Os polipos associados às doenças inflamatórios intestinais (doença de Crohn, colite ulcerosa).
Os polipos intestinais: benignos ou malignos?
A maior parte dos polipos intestinais são benignos.
No entanto sabe-se que 80% dos cancros do cólon e do recto desenvolvem-se a partir de um polipo, frequentemente adenomatoso.
Por uma medida de precaução, sempre que estes polipos são diagnosticados, deve proceder-se à sua ablação sistemática.
Deste modo, a frequência do cancro colorrectal diminui de 85 a 90%.
Quais são os sintomas?
Uma vez que são benignos (a maioria deles) os polipos não são geradores de sintomas.
E é por isso que se recomenda a colonoscopia como exame de despiste regular. Apesar de tudo alguns polipos podem dar origem a sintomas, seja em função do seu tamanho e/ou do seu risco de transformação em tumor maligno:
Sangramento anal.
Presença de traços de sangue nas fezes.
Modificações na emissão das fezes que duram mais de uma semana, como uma diarreia ou prisão de ventre.
Dores abdominais.
As pessoas com maior risco de desenvolver polipos e um cancro colorrectal devem estar particularmente atentos aos seguintes factos:
Pessoas com mais de 50 anos.
Antecedentes familiares de cancro colorrectal.
Doenças inflamatórias crónicas do intestino: doença de Crohn, colite ulcerosa…
Alimentação desequilibrada: rica em matérias gordas, pobre em fibras.
Tabagismo.
Consumo excessivo de álcool.
Excesso de peso.
Sedentarismo.
São frequentes os polipos?
É frequente haver pólipos e esta frequência aumenta com a idade.
Assim, entre os 45 e 49 anos, calcula-se que 7% da população desenvolve polipos,
entre os 65 e os 74 anos a frequência sobe para os 15%,
chegando aos 33% entre os 65 e 74 anos.
Mas, se os polipos são frequentes, raros são os que darão lugar a um cancro colorrectal.
O despiste do cancro colorrectal na prática
Para lutar contra este tipo de cancro colorrectal, o mais aconselhado será fazer um despiste a todas as pessoas a partir dos 50 anos de idade – um teste que permita detectar a presença de traços de sangue nas fezes.
Um teste de despiste mais precoce, uma colonoscopia logo de início ou uma vigilância particular devem ser tomados em consideração nas pessoas de maior risco: antecedentes familiares, doenças inflamatórias do intestino.
Institut national du cancer, Diagnostic et traitement d’un polype,
Isabelle Eustache.