
AS ÁRVORES ESTÃO A MORRER
As árvores estão a morrer,
Mas ninguém repara nelas.
Agonizam e ninguém vê.
Ou se vê: não tem dó delas!
Pedem à chuva que retorne,
Ao normal dos tempos idos.
Que os ventos soprem suaves
E difundam os seus pedidos.
Pedem à humanidade:
Que cesse a sua agressão.
Árvore que é abatida,
Não cumpre a sua função.
Neste mundo de pirómanos
E loucos por destruição,
Ninguém controla ninguém,
Ou sabe o que é mal ou não!
São poucos os que reparam,
Na sua angústia e lamento.
Ignaro é todo aquele,
Que à chuva chama mau tempo.
Se as bombas e os canhões
Fossem ramos de oliveira,
O Mundo era o paraíso,
E o branco a sua bandeira.
Passa o tempo, vem a desgraça,
Num sinistro acontecer.
Ninguém vive sem as árvores,
E as árvores estão a morrer!