ABRUNHOSA A VELHA
LUGARES COM HISTÓRIA

Aproveitando estes solarengos dias outonais, fui dar um passeio pelo campo, apreciando as belezas que a natureza nos oferece. Embora estejamos no Outono, este só tem correspondência no calendário, pois o calor continua e até se nota, arbustos e roseiras a querer dar os seus rebentos. Depois de uma olhadela pelas “Poças do Povo” (era a Piscina na nossa juventude) desci pelo típico Caminho da Capela até ao velho templo (Capela de S. Sebastião) com o seu alpendre em granito trabalhado revestido com lindos painéis de Azulejo, de onde se vislumbra a vetusta Serra da Estrela, com toda a sua imponência e esplendor. Um pouco abaixo da capela, encontra-se aquele que é sem dúvida o nosso maior Tesouro e, foi em tempo uma das grandes referências não só na nossa freguesia, mas de toda a região!… o Hotel Mira-Serra… com as suas varandas de cura, onde outrora os hóspedes curavam as suas maleitas. Rodeado de paisagem majestosa, este Hotel possui um clima de escolha, que retempera e tonifica e, toda a sua Quinta envolvente tem duas características que a natureza se encarregou de lhe atribuir. Trata-se de dois elementos terapêuticos naturais o microclima da região e as águas que ali brotam. Infelizmente este tesouro encontra-se há já algum tempo adormecido. Porque nos consideramos pessoas de bem, que sempre quisemos e queremos o melhor para a nossa freguesia e, numa altura em que tanto se fala no turismo de natureza, não estará na hora do Turismo do Centro e restantes entidades darem o seu contributo de forma a encontrar uma solução no sentido desta jóia, voltar a desempenhar as funções para as quais foi construído?… ajudem se puderem… E continuei até à minha/nossa Baltareira, onde passei parte da minha infância… Olhei para a Biblioteca e Correios, descansei no idílico Cantinho dos Poetas, onde a cultura e a Poesia estão vertidos, nos vários painéis de azulejo ali colocados. É um local privilegiado, onde se pode aproveitar o Parque Intergeracional para aliviar o stress e, fazer um pouco de exercício físico. E assim regressei ao meu/nosso largo do Palhal, após esta revisitação a lugares que fazem parte da nossa memória coletiva!…
Júlio António Mendes