EDITORIAL Nº 857 – 15/12/2023

É Natal!
Já entramos no espírito natalício e desta forma não vou lembrar a corrupção que assola o país, que fez com que o Primeiro Ministro se demitisse; vemo-nos, entretanto, com as compras e trocas de palavras festivas que têm lugar nestes dias.
Trata-se de um tempo de reflexão e de família.
Refletimos face ao ano passado e ao ano que se aproxima, ao bom e mau que nos caraterizaram estes doze meses de tantos outros.
Refletimos, também, em família e partilhamos também um pouco de nós com os nossos, valorizando o tempo que vivemos em reunião natalícia.
Temos agora um tempo de paz, que nos isola dos horrores e desgraças alheias, a que somos sujeitos e obrigados a assistir todos os dias, quando a outros aflige.
A Europa, nossa casa, tem sido palco de infortúnios nestes últimos anos. A guerra Rússia /Ucrânia, Israel/Hamas e outros, que pelo mundo, mais uma vez nos fazem lembrar a nossa fragilidade e a imprevisibilidade que acompanha as tragédias.
Faltam líderes, faltam valores, falta humanidade, falta comunhão e congregação de esforços. Não deixa de ser irónico, muitas vezes, que o grande berço das maiores religiões do mundo seja a religião com mais violência gratuita, ostraciza outros povos, incluíndo o seu.
João Paulo II, deu os primeiros passos para unir religiões e, conseguiu em alguns casos. É este o caminho. Não se podem deixar as pegadas de grandes intenções esquecidas no tempo.
A Fundação Champalimaud criou um desafio: “como será o mundo daqui a 100 anos?” Desconhecemos a resposta, na mesma medida que o dia de amanhã é uma incógnita, mas será essencialmente o reflexo do homem que, contra tendências, terá de mudar algumas das correntes nefastas que se têm verificado de ano para ano.
Neste Natal quero agradecer a todos os meus colaboradores, assinantes e publicitários, pois sem todos vós, este Jornal Renascimento não existiria.
Um Feliz Natal.