EDITORIAL Nº 645 – 1/9/2014

SR

 

Caro leitor,

Agora e depois das férias merecidas, voltamos ao trabalho e continuamos a desejar que este seja o esforço de cada um para o bem individual e colectivo.

Neste período próprio de relaxamento e retiros familiares, veio ao de cima uma notícia alarmante: o desastre BES. Desvios, buracos, banco mau e novo banco. Tudo foi péssimo. Porque o será para nós. Passamos anos e anos a viver a crise, a austeridade, a Troika e todos os cortes infinitos que nos foram impostos. E depois é isto. Aparece outro episódio deplorável, de administração corrupta e incompetente que consegue movimentar dinheiros públicos a seu favor. Com isto passamos a viver sobressaltados e principalmente descrentes. Não se tinham feito promessas no passado recente? Não foi prometida a regulação e fiscalização de todos os movimentos do Estado? Esqueceram-se que a falência do sistema financeiro tem um impacto directo no Estado? Terão memória curta. Depreende-se que o regular funcionamento das instituições, incluindo a Troika, é insuficiente. Ficamos com mais um imposto para o Zé.

Até coisas mais pequenas do que uma reforma nacional de política nos vão dando um pouco de esperança, ainda que em vão. Por exemplo, quando se vê um filho da terra a fazer parte do governo todos nós mangualdenses sentimos um orgulho de pertença, esperando que faça alguma obra de vulto em prol do nosso concelho. Contudo, volvidos tantos anos, chegamos à triste conclusão que de pouco ou nada nos tem valido ter conterrâneos como representantes nacionais. A título de exemplo, a auto estrada que ficou em Canas de Senhorim. Em observação dos concelhos vizinhos, notam-se as mesmas obras senão menos ainda. Não deixa de ser um orgulho, mas para comer temos de amassar o pão... Alguém nos dará de comer para além de nós mesmos e os nossos?

Abraço amigo