Lançamento do site: Ruínas Romanas da Raposeira

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www.raposeira.cmmangualde.pt

AS RUÍNAS, CLASSIFICADAS COMO SÍTIO DE INTERESSE PÚBLICO, FORAM ALVO DE RESTAURO EM 2013

NUM PROJETO DA CÂMARA MUNICIPAL DE MANGUALDE QUE REPRESENTOU UM INVESTIMENTO DE 150 MIL EUROS

No âmbito do processo de gestão e programação do sítio arqueológico “Ruínas Romanas da Raposeira”, a Câmara Municipal de Mangualde lança agora um site dedicado exclusivamente a estas ruínas, já classificadas como sítio de interesse público. O site está disponível a partir de hoje - www.raposeira.cmmangualde.pt

Este site vem confirmar a aposta da Câmara Municipal de Mangualde em preservar o Património, uma herança do passado em que é por isso uma obrigação preservar, transmitir e deixar todo esse legado, às gerações futuras.

As “Ruínas Romanas da Raposeira”, na Quinta da Raposeira, em Mangualde, classificadas como sítio de interesse público a 4 de agosto do ano passado, representam uma estalagem Romana, ocupada desde o séc. I até ao séc. IV, e foram alvo de restauro em 2013 num projeto da Câmara Municipal de Mangualde que representou um investimento de 150 mil euros, comparticipado em 60% pelo PRODER. Esta intervenção foi mais uma aposta do município mangualdense na valorização do património. O trabalho foi desenvolvido pela empresa Arqueohoje e permitiu assim a realização de visitas públicas e académicas ao espaço que representa um pedaço da história de Mangualde.

CITÂNIA DA RAPOSEIRA

Este sítio arqueológico é um lugar que corresponde ao que os Romanos designariam por Mansio ou mutatio. Estamos, assim, perante uma estalagem romana, de natureza pública ou oficial, situada junto ao cruzamento de duas importantes estradas imperiais. A estalagem, construída nos inícios do século I d. C., estaria dotada das instalações indispensáveis ao desempenho da sua função enquanto área de descanso e abastecimento: da área termal às cozinhas e aos quartos de dormir, dos armazéns e estábulos a uma forja. Seria, portanto, quer um local de pernoita quer de paragem breve a meio de um percurso, onde os cavalos recuperavam forças e os viajantes poderiam relaxar o corpo nas termas e o espírito na taberna.

Interessante é o espaço das termas, com a sua área de fornalha que podemos observar e que caracteriza melhor a romanidade do local – reflete, antes de mais, uma forma de higiene pessoal, mas, enquanto espaço de encontro e distração, testemunha também um hábito social profundamente enraizado na sociedade romana.Um povoado amuralhado de origem proto-histórica – implantado no monte da Senhora do Castelo – erguia-se e servia de cenário de fundo à estalagem romana.