EDITORIAL Nº 692 – 15/9/2016

SR
Caro leitor,
No passado dia 11 de Setembro, os familiares das vítimas do trágico acidente ferroviário de Alcafache deslocaram-se mais uma vez ao local para assistirem a uma missa em sufrágio das vítimas. Foi um dia marcante para a nossa região e mesmo tendo passado 31 anos, o momento deste acidente inesperado continua na memória dos mangualdenses. Mais de 150 pessoas perderam a vida, sendo que a maioria dos corpos não foram reavidos.
Algumas pessoas tiveram a sorte de se salvar e é com alegria que se agarram à vida, marcam presença em memória dos falecidos e dão o seu testemunho que a todos comove. Ninguém deveria passar por situações como esta, que acaba por ser um trauma vitalício para todos os envolvidos. De todos os testemunhos, teve impacto o relato do senhor que o então Presidente da República Ramalho Eanes levou num meio aéreo para o hospital de Lisboa, permitindo assim que se salvasse. Neste dia, notou-se a falta de condições naquele local para receber as dezenas de pessoas que querem lembrar os que já partiram.
De lembrar também todos aqueles que ocorreram ao local a prestar a sua ajuda de primeiros socorros e que já partiram. Permitam-me aqui lembrar o meu colega que já partiu, na altura comandante do Posto da Guarda Fiscal de Mangualde; António Joaquim Birra, que foi também em socorro de outros Guardas Fiscais que seguiam em serviço nos comboios.
Este lugar em Moimenta de Maceira Dão, como referiu o Secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, merece uma melhor envolvente para que as pessoas se sintam melhor acolhidas e poderia assumir a forma de um Santuário, como o Dr. Soares Marques queria fazer no seu tempo como Presidente da Câmara, com projeto já elaborado.

Abraço amigo,