Em tempo de vindimas, muitos foram os cestos que, no dia 27 de Setembro, se encheram de uvas, na Quinta da Tapada, em Mourilhe. Mais de duas dezenas de Utentes da Misericórdia de Mangualde juntaram-se para reviver esta tradição.
Durante uma manhã os Utentes da Misericórdia de Mangualde sentiram a azáfama típica de uma vindima. Para muitos foi um reviver de uma atividade que fez parte da infância, para a maioria as vindimas são uma prática agrícola ainda bem presente.
Numa terra ainda com carácter bastante rural, vindimar não foi novidade para ninguém. Mas soube bem recordar outros tempos. Quem o diz é a D. Purificação dos Santos, de 86 anos. “Gostei de vir. Isto traz boas recordações…” conta a utente do lar Morgado do Cruzeiro.
Também o Sr. António Amaral, de 82 anos, Utente do Lar Morgado do Cruzeiro, sentiu o mesmo. “Foi bom vir aqui lembrar tempos antigos”, assegura, recordando que noutros tempos, apesar de divertida, vindimar era uma tarefa corrida e sempre cansativa.
“Isto é divertido e faz esquecer do resto. Não dá para pensar nas doenças nem em mais nada”, acredita o Sr. Luis Almeida, de 71 anos, voluntário na Santa Casa da Misericórdia.
No final da manha não faltou o lanche tradicional das vindimas, com pão, azeitonas, chouriço e presunto, entre outros, bem regados pelo tinto da região.
Foi uma manhã diferente para os nossos Utentes, passada da melhor maneira e na melhor companhia, e podemos dizer que deixou um brilhozinho nos olhos de todos eles.
Não deixando passar em falso, agradecemos também à Dª Helena e a todos os que estavam na quinta a ajudar nesta vindima, que tão bem nos receberam, permitindo que os nossos utentes pudessem recordar livremente os seus tempos passados.