EDITORIAL Nº 694 – 15/10/2016

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Caro Leitor,
Portugal, depois do Europeu, encontra-se mais uma vez associado às capas de jornais internacionais, e desta vez pela noemação de um político de carreira e católico, o Engenheiro António Guterres.
Portugal foi ao longo da história o berço de muitos homens de renome a nível internacional. Até em 1276, tivemos o primeiro Papa português, João XXI, a ocupar a cadeira de Pedro durante apenas oito meses, porque um teto desabou sobre ele. Ainda hoje a sua morte é envolta em mistério, uma vez que morreu só. Fomos desde sempre escola de grandes batalhadores e até de conquistadores de além-mundo, mas acima de tudo, de grandes Homens e grandes heróis.
Em semelhança a Durão Barroso, nomeado em 2004 Presidente da Comissão Europeia, segue também António Guterres para um dos cargos internacionais mais cobiçados: Secretário-Geral das Nações Unidas. Denota-se uma certa ironia em ambos estes casos. Ambos abandonaram o cargo de Primeiro-Ministro, papel que razoavelmente desempenharam, e alargaram os horizontes políticos para carreiras internacionais, que desempenham com competências antes inimagináveis.
A memória é sempre curta e para quem não a cultiva, recordemos que foi na altura em que o Engº António Guterres era Primeiro-Ministro, que pela primeira vez desde há muitos anos se ouviu a palavra crise à conta também do rendimento mínimo nacional criado por si, pois pagou para não se produzir. Esta é a mesma palavra que viemos a cultivar até aos dias de hoje. Esperemos que faça um bom trabalho na posição que agora emprega e que se foque nos assuntos internacionais mais prementes, como é a defesa do ambiente, que já se encontra na sua agenda. Por cá, esperemos que os próximos “heróis” não queiram ocupar cadeiras avulso, mas as queiram construir para a colectividade.
Meu estimado Portugal, deixa de ser interessante viver neste país, uma vez que já se fala em novo resgate. Um país com história e que agora não faz história pelas melhores razões.

Um abraço amigo,